Cientista político, com mais de 24 anos de experiência na formulação e gestão de políticas de controle do crime e da economia ilícita, para o setor público e privado, no Brasil e no exterior.
Se atender aos dois critérios elementares – compromisso com acurácia e controle interno –, a IA será uma peça fundamental na melhoria da segurança pública no Brasil.
A tecnologia é uma poderosa ferramenta de políticas de segurança, nunca sua substituta. Ela não substitui duas figuras determinantes: a liderança política e o policymaker.
Não houve debate sobre segurança pública na Assembleia Constituinte de 87/88, apenas sobre polícia. Precisamos reconstruir um arcabouço legal de segurança que garanta proteção à sociedade e justiça às vítimas.
Prefeituras fazem a diferença quando atuam na dissuasão à desordem, violência doméstica e varejo de produtos ilícitos. Para tanto, políticas públicas precisam ser habilmente formuladas.
O governo federal é responsável pelo controle do crime transnacional em 16,7% do território. O histórico de desempenho na área não endossa qualquer aumento de prerrogativa ou poder.
A segurança pública se tornou o tema de maior preocupação dos brasileiros. Mas, qual é a responsabilidade de prefeitos, governadores, presidentes e parlamentares na área?
A perspectiva política que ignora a violação dos direitos à intimidade dos policiais é a mesma que quer impedir qualquer tipo de reconhecimento facial de criminosos, sob a alegação de preservar "direitos à intimidade" e evitar "controle social".
O fim da saída temporária é o início da reforma do sistema de justiça criminal. O que o STF pode decidir é se ela será feita por etapas ou por uma ampla reforma constitucional no Congresso Nacional.
Segurança é um jogo de soma zero. Se a capacidade de imposição da lei for restituída, um ciclo virtuoso poderá florescer e reconstruir o Rio Grande; se falharmos nessa recuperação, um ciclo vicioso pode comprometer a reconstrução do estado.
Aquilo que é consenso técnico-científico há duas ou três gerações na maioria dos países, aqui é motivo de disputa ideológica, à esquerda e à direita.
Seja qual for o resultado da votação no Congresso sobre o veto à Lei Sargento Dias, a segurança pública já demonstrou que pode unir o país.