Apesar de faltarem dois anos para as próximas eleições, o mercado já começou a pensar sobre as próximas eleições para presidência da República.
O Instituto Quaest fez uma pesquisa com funcionários de fundos de investimentos para descobrir o que o mercado acha do cenário político.
Para 70% dos entrevistados, Lula vai ser o candidato da esquerda para a próxima eleição.
Apesar de acreditarem na candidatura, apenas 34% dos entrevistados acreditam que ele seja o favorito para vencer a eleição.
O número é muito menor do que no último levantamento, ainda em março, quando 53% acreditavam no favoritismo.
Caso o presidente não concorra por algum motivo, 82% dos entrevistados acreditam que sua candidatura seria substituída pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O mercado confia mais em Haddad do que em Lula, ainda assim, 75% dos entrevistados falaram que confiam pouco ou nada no ministro.
Aproximadamente 55% dos entrevistados acreditam que Bolsonaro vai ser preso antes da eleição.
O número aumentou se comparado ao último levantamento de março, antes do suposto plano para matar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes vir a público. Na época, a porcentagem chegava a 47%.
A expectativa do Supremo Tribunal Federal (STF) é julgar o caso ainda no ano que vem, para que o resultado do processo não tenha tanta interferência nas eleições de 2026.
Para 88% dos entrevistados, a oposição seria a maior beneficiada pela prisão de Bolsonaro.
Ao mesmo tempo, 76% não acreditam que a descoberta do suposto plano vai fazer diferença para a campanha de Lula.
Apesar de estar inelegível e de poder ser preso antes mesmo da eleição, Bolsonaro e seus aliados têm afirmado que o ex-presidente ainda é o principal candidato no campo da direita.
O presidente do Partido liberal (PL), Valdemar da Costa Neto, disse que Bolsonaro ainda é o candidato da sigla:
“O Bolsonaro é o candidato. Vamos trabalhar para isso, para o Bolsonaro ser o candidato, porque ele é o dono dos votos. Ninguém tem a votação do Bolsonaro no país”.
No início de novembro, o ex-presidente falou durante uma entrevista da Veja que ainda se considera candidato.
Segundo o ex-presidente, ele é o único candidato com a projeção necessária para vencer o PT:
“Estou vivo. Com todo o respeito, chance só tenho eu, o resto não tem nome nacional. O candidato sou eu”
Bolsonaro disse na mesma entrevista que poderia apoiar o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, “só depois do enterro” de sua candidatura.
Por causa da proximidade entre os dois, 78% do mercado enxerga Tarcisio como o principal nome para substituir Bolsonaro caso ele não consiga reverter a inelegibilidade.
Os eleitores do mercado financeiro preferem todas as outras opções ao presidente Lula ou a Haddad.
Quando foram perguntados sobre possíveis cenários de segundo turno, todos os candidatos conseguiram mais apoio com folga:
A pesquisa foi feita entre os dias 29 de novembro e 3 de dezembro e levou em consideração funcionários de 105 fundos de investimentos em São Paulo e no Rio de Janeiro.
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