Daniel Noboa comemora sua reeleição no último domingo com uma declaração de impacto: “Esta vitória foi histórica”.
A fala marca o início de um novo ciclo no Equador que enfrenta problemas como a escalada da violência, instabilidade política e crise energética.
Aos 36 anos, Noboa tornou-se o presidente mais jovem da história do país, após vencer as eleições antecipadas em 2023. Agora, com uma bem-sucedida eleição, promete dar continuidade ao projeto de reconstrução nacional que chamou de “Novo Equador”.
Seu discurso de vitória foi recheado de simbolismos e promessas de renovação:
“Este evento foi histórico, esta vitória também foi histórica, uma vitória de mais de dez pontos, uma vitória de mais de um milhão de votos, onde não há dúvidas de quem é o vencedor e que se baseou na perseverança, na luta, no trabalho de cada um dos membros desta equipe, desta equipe que busca este novo Equador”.
Filho de um dos empresários mais ricos do país, com formação em negócios e administração pública, Noboa busca unir experiência empresarial à política.
Antes de assumir o cargo, atuou na empresa da família e passou por universidades nos Estados Unidos e na Europa.
O tom comemorativo do presidente reeleito foi ofuscado por declarações da candidata derrotada, Luisa González.
Ligada ao ex-presidente Rafael Correa, González se recusa a reconhecer o resultado e pediu a recontagem dos votos, afirmando que houve “fraude grotesca”.
“Me nego a acreditar que exista um povo que prefira a mentira à verdade. Vamos pedir a recontagem e que se abram as urnas (…) é a mais grotesca fraude eleitoral”
Embora ainda não tenha apresentado provas, o gesto de González amplia a tensão política no país, e ecoa um cenário já conhecido no Brasil e em outras democracias da América Latina.
Noboa assume o desafio de governar um país polarizado, com alto índice de criminalidade e pressão por resultados imediatos.
Sua gestão será observada com atenção por outros países da região, inclusive o Brasil, que mantém relações econômicas e comerciais com o Equador.
A disputa ideológica entre um projeto liberal com viés empresarial e uma esquerda ligada ao populismo regional reacende debates que vão além das fronteiras equatorianas.
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