Nas últimas semanas, foi divulgado que investidores da bolsa de valores estão retirando seu capital do fundo de investimento. Segundo artigo da Nord Investimentos, a dificuldade do governo em entregar a meta fiscal pode ser um dos fatores que justifica esse movimento.
O site Capital aberto reportou que até 26 de março de 2024 houve uma saída líquida de R$22,5 bilhões em recursos estrangeiros. Em valores absolutos, R$30 bilhões foram retirados do Brasil neste ano.
Nesse cenário, o mercado financeiro entende que existe muito risco em perder dinheiro ao investir na bolsa brasileira. Isso faz com que os investidores retirem seu dinheiro do Brasil e invistam em mercados que tenham menores perdas.
Entre os fatores para as retiradas dos investimentos está o aumento do chamado risco fiscal. Na prática, isso revela que os investidores veem alto risco de perdas financeiras caso invistam na Ibovespa, a bolsa de valores do Brasil.
Esse risco é calculado pela capacidade do governo em manter o equilíbrio do orçamento anual. Quando o governo arrecada mais do que gasta, temos um superávit. Quando o governo gasta mais do que gasta, temos um déficit.
No dia 15 de abril, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a meta fiscal será alterada de um superávit de 0,5% para um saldo de zero. Isso significa que o governo espera gastar exatamente tudo o que arrecadar.
Essa mudança gera no mercado financeiro uma instabilidade no arcabouço fiscal. Esse conjunto de regras e medidas é como um grande planejamento financeiro do país. Seu objetivo é equilibrar as contas públicas e garantir que setores como saúde, educação e segurança pública tenham recursos.
Outro ponto crucial que pode explicar a alta saída de investidores do Brasil é a taxa de juros, Selic. Quanto maiores os juros, mais rentável se torna investir no país.
Ontem o jornal americano Financial Times publicou uma matéria informando que o aumento da inflação no país pode fazer com que o Banco Central aumente a taxa de juros. Essa medida, segundo o periódico, serviria para redução de custos e melhora no mercado financeiro.
Com maiores taxas de juros, melhores os ganhos dos investidores em ações e consequentemente mais atrativo o mercado.
No dia 10 de fevereiro de 2024 a Brasil Paralelo analisou a situação do mercado financeiro brasileiro. Assista aqui a análise com Lucas Ferrugem e o presidente do Instituto Mises Brasil e comentarista da CNN, Hélio Beltrão
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