A economia brasileira cresceu 3,4 % no ano passado. Na manhã desta sexta-feira, 7 de março, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou em seu portal o crescimento do Produto Interno Bruto do Brasil para 2024.
O PIB do país apresentou variação positiva de 0,2% no quarto trimestre de 2024 em relação ao terceiro e encerrou o ano com crescimento de 3,4%, totalizando R$11,7 trilhões.
Do total de valor corrente de R$11,7 trilhões do PIB:
Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, aponta que os principais destaques do PIB pela ótica das atividades econômicas foram:
Os setores juntos foram responsáveis por cerca da metade do crescimento do PIB em 2024.
A taxa média de desemprego foi de 6,6% em 2024, a menor desde que o IBGE começou a calcular o índice, em 2012.
O país bateu o recorde no número de pessoas empregadas, com mais de 103,3 milhões na média do ano, e que juntas ganharam aproximadamente R$328,9 bilhões por mês na média anual.
Em 2024, o consumo das famílias foi o grande responsável pela alta do indicador.
A preocupação dos economistas é que a alta demanda continue a pressionar a inflação, se o Brasil não aumentar a produção na mesma medida.
Segundo Ulisses Ruiz de Gamboa, professor de economia do Instituto de Ensino e Pesquisa.
“A gente está com um crescimento positivo no curto prazo, mas não é sustentável ao longo do tempo. Seria bom se a gente pudesse enriquecer só consumindo, mas isso tem um limite”.
Em 2024, a inflação oficial do país teve alta de 4,83% e ficou acima do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
O grupo do IPCA que mais cresceu foi o de Alimentação e bebidas (7,9%), e pesou no bolso do consumidor. O preço da carne e do café dispararam, impactados também pelo calor histórico e a seca prolongada.
Por conta disso do crescimento da inflação, o Banco Central tem elevado a taxa básica de juros da economia, a Selic. É uma forma de desestimular o consumo para diminuir a demanda e, assim, a inflação.
Assim, a expectativa, segundo o economista Thiago Xavier, é um esfriamento do mercado de trabalho, principalmente a partir da segunda metade de 2025.
“A gente já vê uma desaceleração no consumo, as transferências de renda também vão crescer menos neste ano”.
No Brasil, quem calcula o PIB é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
São levados em consideração dados produzidos pelo próprio instituto, e outros provenientes de fontes externas, como Banco Central do Brasil, Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Secretaria da Receita Federal.
Existem três formas de cálculo mais usadas, que devem sempre chegar ao mesmo resultado. São elas:
Entram nessa conta o consumo das famílias, os gastos do governo e os investimentos das empresas e do governo. Além disso, adiciona-se também o saldo da balança comercial: o que o país exportou menos o que foi importado.
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