O Drex é uma espécie de dinheiro virtual criado pelo Banco Central. Diferente do PIX, ele não é apenas um sistema de pagamentos, mas algo como uma versão digital do real.
Na prática, é similar às criptomoedas ou ao bitcoin. A única diferença é que ele será controlado pelo Banco Central, ao contrário de outras moedas digitais.
Isso implica acesso direto do governo informações sobre como o cidadão gasta o seu dinheiro. Segundo críticos, a longo prazo, isso pode ser um risco à liberdade.
Para o cientista político Adriano Gianturco, o Drex é uma oportunidade para o governo monitorar como e com o que cada um gasta seu dinheiro. Ele teme que, no futuro, até mesmo o que uma pessoa pode comprar seja determinado pelo Estado.
“Se após alguns anos, estados digitalizarem suas moedas bloquearem contas bancárias por razões legais ou arbitrárias, não podemos nos surpreender, pois é isso que está se desenhando. Não existem boas intenções nesse sentido, e sim o controle total dos recursos que sustentam sua família e garantem liberdade e autonomia”, comentou durante o Cartas na Mesa, programa ao vivo da Brasil Paralelo.
A deputada Júlia Zanatta (PL-SC) também é contra o Drex. Para ela, trata-se de uma oportunidade para o governo criar impostos.
"Se tudo se tornar digital, quem ganha é o Estado que poderá taxar qualquer movimentação financeira", disse em entrevista ao mesmo programa.
Julia Zanatta acredita que o assunto merece ser melhor discutido, permitindo à população um melhor entendimento da questão. No entanto, deixa claro que não é contra a moeda digital.
"O Drex pode aumentar o controle social; informação é essencial para que a população compreenda e participe da decisão”.
O Drex é a nova moeda digital, já em testes. A iniciativa promete incentivar a compra online, permitindo inclusive que as pessoas assinem contratos digitalmente.
Segundo o Banco Central, a moeda deverá começar a operar ainda em 2025.
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