O corpo do papa Francisco foi trasladado nesta quarta-feira para a Basílica de São Pedro. A procissão fúnebre partiu da Casa Santa Marta por volta das 4h, no horário de Brasília.
Acompanhado por cardeais, bispos e sacerdotes, o corpo foi levado até o Altar da Confissão, sob a cúpula projetada por Michelangelo, no século XVI.
Antes da saída, foi realizada uma oração introdutória na capela da residência papal. Em seguida, dez homens carregaram o caixão nos ombros.
A procissão seguiu pela Via della Sacrestia, passou pela Praça dos Protomártires Romanos e entrou na Praça de São Pedro pelo Arco dos Sinos. Cerca de 20 mil fiéis aplaudiram comovidos a passagem do corpo do papa.
Durante o trajeto, o Coro da Capela Sistina entoou salmos e antífonas do Antigo Testamento. Ao entrar na Basílica, foi cantada uma ladainha com os nomes de apóstolos, mártires e papas canonizados, como São João Paulo II e São Paulo VI.
A cerimônia foi presidida pelo cardeal camerlengo Kevin Farrell, responsável por governar o Vaticano durante o período de sede vacante.
A partir das 6h, pelo horário de Brasília, os fiéis começaram a prestar suas homenagens. Nesta quarta-feira, a Basílica permanecerá aberta até a meia-noite.
Na quinta-feira, reabrirá às 7h e seguirá acessível ao público durante todo o dia. Na sexta-feira, véspera das exéquias, a visitação será encerrada às 19h.
Atendendo a um pedido expresso do próprio pontífice, o corpo de Francisco não foi colocado em um esquife elevado, como era tradição. Em vez disso, o caixão repousa diretamente no chão diante do altar.
O papa será velado em um caixão de madeira e zinco, com vestes litúrgicas vermelhas, mitra branca e terço entre as mãos. O fechamento do caixão está previsto para às 15 horas da sexta-feira.
A simplicidade dos ritos fúnebres reflete o estilo pastoral que marcou os 12 anos de pontificado de Francisco: despojado de pompas, próximo do povo, sempre atento aos mais humildes, como pediu seu testamento.
A Missa das Exéquias será celebrada no sábado, 26 de abril, também na Praça São Pedro.
De acordo com o professor Raphael Tonon, no especial "Papado" exibido pela Brasil Paralelo:
“Ao longo de mais de uma década no trono de Pedro, Francisco despertou paixões e resistências. Conhecido como o Papa dos pobres, ele também enfrentou acusações de populismo e ambiguidade nas suas falas, sendo rotulado por alguns como um peronista eclesiástico, alguém com opiniões instáveis e sem um padrão definido, mas ele será lembrado como um papa de uma igreja mais pastoral e menos burocrática, com maior transparência, combate à corrupção e atenção aos temas sociais”.
No Especial Papado, o professor Raphael Tonon apresenta a trajetória e o legado de Francisco.
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