Atualmente, existem 88 facções criminosas espalhadas por todo o território brasileiros, segundo informações do Ministério da Justiça.
Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) apontam que o crime organizado fatura cerca de R$146 bilhões por ano no Brasil.
Boa parte delas estão presentes apenas em pequenos territórios, outras conseguiram expandir suas operações e conquistaram muito poder.
As cinco organizações criminosas mais poderosas no cenário nacional são:
Conhecida como a organização criminosa mais poderosa do Brasil, as autoridades estimam que o PCC movimentou ao menos R$6 bilhões no ano passado.
O grupo nasceu dentro da Casa de Custódia de Taubaté após detentos transferidos da capital paulista criarem um time de futebol chamado Comando da Capital.
Os integrantes do time criaram um estatuto e passaram a se organizar como uma espécie de sindicato do crime.
No início, as autoridades de segurança de São Paulo tratavam a facção como uma lenda urbana, o que só mudou após o PCC organizar uma mega-rebelião que se espalhou por 29 presídios em 2001.
Sua presença se estende por quase todos os estados brasileiros e alcança outros países, como Paraguai e Bolívia.
O PCC domina regiões estratégicas como a fronteira com Pedro Juan Caballero (Paraguai) e usa portos brasileiros para exportar drogas, mantendo parcerias com a máfia italiana ‘Ndrangheta.
O Ministério Público de São Paulo estima que a organização pode ter cerca de 112 mil membros.
A origem do Comando Vermelho remonta ao fim da década de 1970, quando guerrilheiros de esquerda foram presos junto com assaltantes de bancos no presídio de Ilha Grande (RJ).
A convivência fez com que os bandidos comuns aprendessem técnicas de organização mais sofisticadas.
Atualmente, a presença do grupo é confirmada em ao menos 19 estados e a estimativa é o grupo tinha cerca de 30 mil membros em 2020, não foram encontrados números atualizados.
Não há estimativas oficiais sobre o faturamento anual do CV, porém o grupo controla 51,9% dos territórios do Rio de Janeiro.
Atualmente, as organizações criminosas na cidade ganham mais dinheiro com o domínio de territórios do que com a venda de drogas.
Segundo investigadores da Polícia Civil ouvidos pelo jornal O Globo, estimativas apontam que traficantes na favela da Rocinha possuem uma receita mensal de até R$12 milhões e apenas 25% desse valor provém da venda de drogas.
Os criminosos controlam serviços como: transporte, TV e internet, além do monopólio em itens essenciais, como gás e até água mineral.
Um botijão de gás custa R$140 na Rocinha, R$40 a mais do que em outros bairros, e o gatonet, usado por 70% das casas, sai a R$100 por mês no plano mais barato.
Por esse motivo, as facções disputam cada centímetro da capital carioca, transformando a cidade maravilhosa em um verdadeiro campo de guerra.
A Brasil Paralelo investigou esse cenário para entender como isso aconteceu em uma das cidades mais famosas do país e o que pode ser feito para que esse cenário não se repita com o filme Rio de janeiro: Paraíso em Chamas.
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A facção foi criada por traficantes locais com o objetivo de conter a expansão do PCC na região Norte.
O grupo rapidamente consolidou seu poder controlando a estratégica "rota Solimões", usada para escoar a cocaína vinda da Bolívia e do Peru pelos rios amazônicos.
A Operação La Muralla da PF, em 2015, revelou que a organização movimenta milhões por mês através dessa rota do tráfico internacional.
Embora tenha uma forte aliança com o Comando Vermelho (CV), a FDN sempre manteve sua autonomia.
A rivalidade com o PCC aumentou quando a facção paulista começou a "batizar" criminosos locais.
Em resposta, a FDN ordenou a execução de todos os traficantes ligados ao PCC no estado.
A Okaida é conhecida por sua autopromoção em redes sociais e um código de conduta imposto em bairros sob seu controle.
Com cerca de 6 mil membros, o grupo tem hegemonia na Paraíba e vêm expandindo sua atuação para Pernambuco.
O facção surgiu em 2004 nos presídios da Paraíba, o nome é uma forma “abrasileirada” de escrever Al-Qaeda, grupo terrorista responsável pelo atentado de 11 de setembro.
Pouco tempo depois, surgiu uma facção rival na região chamada Estados Unidos, em referência à guerra que o país trava contra o terrorismo.
A Okaida tinha uma forte aliança com o PCC, mas acabou com a relação em 2010, pouco tempo depois a facção paulista se aliou aos Estados Unidos.
O conflito fez com que o grupo buscasse aliança com facções que rivalizam com o PCC, como o CV e a FDN.
Recentemente, a organização sofreu uma cisão, originando a Okaida RB. Essa dissidência adotou uma 'nova doutrina' mais focada nos negócios e menos na violência interna.
A facção surgiu em 2016 com o aval do PCC, a ideia era criar um 'braço armado' do grupo paulista para enfrentar o CV no Nordeste.
Apesar disso, a GDE passou a atuar de forma independente na região, enfrentando o PCC na região.
A alta cúpula do grupo é formada por seis fundadores, cada um ostentando um "anel templário" com suas iniciais, joias de R$7 mil inspiradas em cartéis mexicanos.
A GDE organizou uma onda de ataques que aterrorizou mais de 50 cidades cearenses em setembro de 2019, com atentados a ônibus e prédios públicos.
Além disso, criou lista de autoridades marcadas para morrer, incluindo o então governador Camilo Santana (PT), com recompensa de R$1 milhão.
Os seis líderes foram transferidos para presídios federais e tiveram alguns bens confiscados, o que enfraqueceu a organização.
Ainda assim, o grupo segue como um dos mais poderosos do país.
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