A cruz original utilizada na Primeira Missa celebrada no Brasil em 1500 está a caminho do país em uma peregrinação que marca os 525 anos do evento.
O evento é intitulado “BRASIL COM FÉ - Celebrando os 525 anos da Primeira Missa no Brasil, Terra de Santa Cruz”.
O evento “BRASIL COM FÉ” é uma iniciativa do Movimento Brasil com Fé, em parceria com o Santuário Cristo Redentor e o Instituto Redemptor.
O movimento divulgou que a peregrinação tem como objetivo promover a fé, a união e o diálogo inter-religioso, além de marcar os 200 anos do estabelecimento de relações diplomáticas entre Brasil e Portugal.
A cruz, atualmente preservada no Museu da Sé de Braga, em Portugal, será o centro de uma série de celebrações e eventos em diversas cidades brasileiras.
A peregrinação busca resgatar o significado histórico e espiritual da Primeira Missa, considerada um marco fundamental na formação da identidade brasileira.
A jornada da cruz começou em Portugal, passando por Braga, Fátima, Cascais e Lisboa entre os dias 12 e 14 de abril.
A chegada ao Brasil será em São Paulo no dia 15 de abril, e a peregrinação seguirá por outras cidades até o dia 26 de abril, culminando com a celebração dos 525 anos da Primeira Missa em Santa Cruz Cabrália, na Bahia.
A cruz retorna a Portugal em 27 de abril.
A peregrinação da cruz inclui as seguintes cidades:
10h30: Programa mais você, com Ana Maria Braga
12h: Missa celebrada na Catedral Metropolitana da Sé, presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer
13h: Procissão da Catedral da Sé para o Pateo do Collegio no centro histórico da cidade;
15h: Cerimônia institucional na Fiesp (Federação das indústrias do Estado de São Paulo)
16h: Ato solene ecumênico no Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo)
18h: Cerimônia Institucional no palácio dos Bandeirantes
Esta peregrinação representa um momento de reflexão espiritual, resgate histórico e celebração da fé, com o objetivo de promover a união e a esperança entre os povos.
A Primeira Missa no Brasil, celebrada em 26 de abril de 1500, na Praia de Coroa Vermelha, em Santa Cruz Cabrália, Bahia, é reconhecida como um marco da história nacional.
Presidida pelo franciscano Frei Henrique de Coimbra, o evento na Aldeia do Descobrimento reuniu portugueses e indígenas dias após a chegada de Pedro Álvares Cabral.
Mais do que consagrar a terra ao cristianismo, a missa representou um encontro entre culturas e crenças distintas.
Na Carta de Pero Vaz de Caminha episódio é relatado da seguinte maneira:
“Ao domingo de Pascoela pela manhã, determinou o Capitão ir ouvir missa e sermão naquele ilhéu. E mandou a todos os capitães que se arranjassem nos batéis e fossem com ele. E assim foi feito. Mandou armar um pavilhão naquele ilhéu, e dentro levantar um altar mui bem arranjado. E ali com todos nós outros fez dizer missa, a qual disse o padre frei Henrique, em voz entoada, e oficiada com aquela mesma voz pelos outros padres e sacerdotes que todos assistiram, a qual missa, segundo meu parecer, foi ouvida por todos com muito prazer e devoção”.
A cruz usada na Primeira Missa encontra-se preservada no Museu da Sé de Braga, em Portugal, desde o século XVI. Além de seu papel religioso, ela simboliza amor, união e conexão entre os povos.
Guardada há mais de 500 anos, a peça reflete o legado do encontro de 1500, carregando valores que atravessam o tempo e as fronteiras entre Brasil e Portugal.
Era uma quarta-feira de Páscoa, 22 de abril de 1500, quando o mar trouxe uma frota portuguesa ao que hoje chamamos de Brasil.
Sob o comando de Pedro Álvares Cabral, mais de 1.400 homens cruzaram o Atlântico em 13 navios, o sol refletindo nas velas enquanto o vento salgado empurrava as embarcações rumo ao desconhecido.
O objetivo oficial era alcançar a Índia por uma rota marítima, já que o caminho comercial por terra estava bloqueado por nações rivais. Mas o destino reservava outra história.
Quatro dias depois, no primeiro domingo após a Páscoa, 26 de abril, a areia da Praia de Coroa Vermelha, na Bahia, testemunhou um marco:
Frei Henrique de Coimbra, franciscano de túnica simples, ergueu uma cruz de madeira e celebrou a Primeira Missa diante de uma multidão de portugueses e nativos.
O som do latim ecoou entre as árvores, enquanto olhos curiosos se cruzavam — de um lado, marinheiros cansados da longa travessia; do outro, indígenas que nunca haviam visto tais homens ou rituais.
A chegada, batizada de “Descobrimento do Brasil”, abriu as portas de um território vasto, diferente de tudo que Cabral conhecia em Lisboa.
Antes desse dia, séculos de eventos prepararam o palco, e o que começou na Coroa Vermelha lançou as bases do crescimento e desenvolvimento do país.
Se você ama a história do Brasil e quer mergulhar nesse passado, a série Brasil: A Última Cruzada, da Brasil Paralelo, disponível no canal do youtube da Brasil Paralelo, reconta esse resgate com detalhes nunca vistos.
Assista ao primeiro episódio:
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