O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, tem manifestado a aliados o desejo de deixar o cargo. Segundo informações obtidas com exclusividade pela Brasil Paralelo, ele alega que sua missão na pasta já foi cumprida. Essa possibilidade abriu espaço para especulações sobre seu sucessor e um dos principais cotados para assumir o posto é seu vice, Geraldo Alckmin.
Atualmente, Alckmin acumula a vice-presidência com o comando do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Ele e o PSB, seu partido, preferem que permaneça à frente do MDIC, mas o vice já sinalizou que está disposto a aceitar novos desafios, caso o presidente da República precise.
Se confirmada a saída do atual titular da Defesa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deseja um nome de confiança para liderar a pasta, capaz de amenizar as tensões e controlar eventuais animosidades com os militares. Quem mais se encaixa nesse perfil desejado é o vice-presidente, avaliam interlocutores.
Entre os cotados, além de Alckmin, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também é visto com bons olhos pelas Forças Armadas, por ser considerado um perfil moderado e alinhado ao diálogo. Já a possibilidade de indicação do ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski gera resistências entre os militares, que o enxergam como uma figura de viés mais ideológico, o que poderia trazer uma politização indesejada para a pasta, tradicionalmente marcada por seu caráter técnico e estratégico.
A possível saída de Múcio ocorre em um momento delicado para o Ministério da Defesa.
Embora mantenha boa relação com as Forças Armadas, o ministro enfrentou desgaste devido aos cortes no orçamento da Defesa e aos debates sobre reduções nos benefícios dos militares.
Essas questões enfraqueceram a relação entre o ministério e os militares, que agora veem em Alckmin a possibilidade de negociar um orçamento com menos cortes, caso ele assuma a função.
Por outro lado, Alckmin recentemente minimizou rumores sobre uma ampla reforma ministerial, afirmando que as mudanças no governo devem ser pontuais. Além disso, ele demonstrou confiança na continuidade de José Múcio na pasta, pelo menos no curto prazo.
Aliados esperam que Lula se reúna com Múcio nas próximas semanas para discutir a possibilidade de mudança no comando da pasta. Enquanto isso, as Forças Armadas aguardam definições que podem impactar diretamente seu funcionamento e planejamento estratégico, especialmente em relação ao orçamento.
Se confirmada a mudança, a indicação de Alckmin para a Defesa pode trazer novas dinâmicas para a relação entre o governo e os militares, num momento em que os desafios orçamentários e administrativos seguem no centro do debate.
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