Na manhã de 6 de novembro de 2013, o papa Francisco caminhava pela Praça de São Pedro após a audiência geral, onde milhares de fiéis se reuniam.
Entre eles, Vinicio Riva, de 53 anos, aguardava com sua tia, Caterina Lotto. Ele veio de Isola Vicentina, na região de Vêneto, Itália, em uma peregrinação organizada pela Unitalsi, associação que apoia pessoas com doenças ou deficiências.
Vinicio era portador de neurofibromatose tipo 1, uma condição que cobria seu rosto e corpo com tumores.
Assim que a audiência terminou, o papa Francisco desceu do altar, como fazia questão de fazer, para saudar os enfermos.
Sem hesitar, Francisco tocou o rosto de Vinicio, beijou sua testa e o envolveu em um abraço que durou cerca de um minuto.
O gesto, capturado por câmeras, ganhou o mundo, lembrando os abraços de São Francisco de Assis aos leprosos.
“Ele nem sequer pensou se deveria ou não me abraçar. Não sou contagioso, mas ele não sabia disso. Só o que ele fez foi acariciar todo meu rosto e me fazer sentir amor”, disse Vinicio ao Daily Mail em 19 de novembro de 2013.
“Primeiro beijei sua mão, enquanto ele com a outra acariciava minha cabeça e as feridas. Depois me atraiu para si em um forte abraço, beijando meu rosto. Minha cabeça estava contra seu peito, e seus braços me envolviam. Tentei falar, mas a emoção era muito forte.”
Aquele minuto mudou sua vida. O abraço do Papa não apenas o fez sentir visto, mas também trouxe uma mensagem ao mundo: a dignidade humana transcende a aparência.
A imagem do encontro tornou-se um símbolo de inclusão.
Quer conhecer os detalhes do pontificado do Papa Francisco? A Brasil Paralelo preparou um material exclusivo no Especial Papado, onde o historiador Raphael Tonon explora a trajetória de um dos papas mais acolhedores da história da Igreja. Assista agora gratuitamente!
Maria José Marques da Silva Carvalho, conhecida como Dona Zeza, vivia com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), uma doença neurodegenerativa que aos poucos limitava seus movimentos e sua voz.
Em abril de 2024, essa brasileira, movida por um sonho antigo, embarcou para o Vaticano com o apoio de amigos e familiares.
A viagem era um desafio monumental: a ELA limitava sua capacidade de se comunicar e se locomover, mas a fé a impulsionava.
Na audiência no Vaticano, Francisco a recebeu com atenção. Apesar das barreiras impostas pela doença, ele se aproximou, abençoou-a e demonstrou proximidade.
O gesto, registrado pelo Vatican News e compartilhado em uma postagem no X (@vaticannews_pt) em 19 de abril de 2024, foi um reflexo da mensagem do Papa de que os doentes não são um peso, mas parte essencial da comunidade cristã.
“Minha fé é maior do que a minha doença”, expressou ao Vatican News.
Em postagem no X, o Vatican News enfatizou que a postagem no X destacou como o gesto reforçou a mensagem de uma Igreja que acolhe, especialmente aqueles que enfrentam doenças graves. Para Dona Zeza, o encontro foi a realização de um sonho, mas também um lembrete de que sua luta tinha valor aos olhos de Deus e da Igreja.
Leia também: Morre o papa Francisco na segunda-feira pós-Pascoa, aos 88 anos de idade
Em setembro de 2022, a Praça de São Pedro recebia famílias para uma Audiência Geral. Entre elas, estavam pais e mães de crianças com atresia de esôfago, uma condição congênita que impede recém-nascidos de se alimentar normalmente, exigindo cirurgias e cuidados intensivos.
Essas famílias, vindas de diferentes partes da Itália, enfrentavam rotinas exaustivas de hospitais e tratamentos.
Uma delas era Elisabetta Moretti, de Recanati, que trouxe seu filho Francisco, de seis anos, para o encontro. A viagem ao Vaticano era uma pausa na luta diária, uma chance de encontrar apoio espiritual.
Durante a audiência, o papa Francisco entregou terços aos doentes, abençoou cada criança presente, incluindo o pequeno Francisco.
Além disso, abençoou as famílias, conversou com os pais e ofereceu gestos de carinho,
O encontro foi mais do que uma formalidade. Foi um momento de esperança, valorização daquelas crianças e reconhecimento da dedicação de cada família. t
As palavras do papa, registradas pelo Vatican News, ecoavam sua mensagem constante:
“O primeiro cuidado que necessitamos na doença é uma proximidade cheia de compaixão e ternura.”
Para Elisabetta e outras famílias, o gesto de Francisco foi a comprovação de que a Igreja estava ao lado deles, não apenas em palavras, mas em ações. Segundo o Vatican News, as famílias saíram do encontro acolhidas e fortalecidas para continuar sua jornada.
O encontro com a fé é capaz de mudar completamente a história de uma vida. Em Oficina do Diabo, o personagem Pedro tem a vida destruída após se perder em meio a ilusões e valores fúteis. Ao retornar às origens, tem a oportunidade de se reerguer por meio da fé.
Clique aqui e assista à Oficina do Diabo.
Em 23 de junho de 2021, o Papa Francisco recebeu Mattia Villardita, um voluntário italiano que se vestia de Homem-Aranha para visitar crianças com doenças graves em hospitais. Mattia, ex-paciente pediátrico, dedicava-se a levar alegria a jovens em estado terminal. Durante uma audiência no Vaticano, Francisco cumprimentou-o, ainda com a máscara do personagem, e reconheceu seu trabalho. O gesto, relatado pelo jornal O Tempo, emocionou o voluntário e destacou o apoio do Papa a iniciativas que aliviam o sofrimento infantil.
O encontro reforçou a visão de Francisco de uma Igreja próxima dos vulneráveis. Mattia, inspirado pelo reconhecimento, intensificou seu trabalho, conforme noticiado pelo O Tempo. O momento, registrado pelo Vatican News, mostrou como um gesto simples pode valorizar ações solidárias, incentivando a comunidade a apoiar quem enfrenta a dor.
Todos os anos, em 11 de fevereiro, o Dia Mundial do Doente é marcado por mensagens do Papa Francisco, que reforçam seu compromisso com os que sofrem, especialmente aqueles em condições graves ou terminais.
Em 2024, na mensagem para o 32º Dia Mundial do Doente, ele escreveu:
“O primeiro cuidado que necessitamos na doença é uma proximidade cheia de compaixão e ternura.”
O texto, publicado pelo Vaticano, pedia aos cristãos que adotassem o “olhar compassivo de Jesus” para cuidar dos marginalizados, como pacientes da COVID-19 que enfrentaram a solidão sem visitas. Francisco usava essas mensagens para chamar a Igreja a agir, transformando palavras em gestos concretos.
Na mensagem de 2023, o papa voltou à parábola do Bom Samaritano, destacando que “a doença pode tornar-se desumana se vivida no isolamento.”
Ele pediu que os doentes fossem tratados com dignidade, acima de suas condições médicas, em uma mensagem que, segundo o Vaticano, buscava combater a indiferença.
Durante esses anos, Francisco complementava suas palavras com ações: visitas a hospitais, encontros com pacientes terminais durante viagens apostólicas e abraços a idosos e vítimas de guerras.
Como um veículo independente, não aceitamos dinheiro público. O que financia nossa estrutura são as assinaturas de cada pessoa que acredita em nossa causa.
Quanto mais pessoas tivermos conosco nesta missão, mais longe iremos. Por isso, agradecemos o apoio de todos.
Seja também um membro da Brasil Paralelo e nos ajude a expandir nosso jornalismo.
Cupom aplicado 37% OFF
Cupom aplicado 62% OFF
MAIOR DESCONTO
Cupom aplicado 54% OFF
Assine e tenha 12 meses de acesso a todo o catálogo e aos próximos lançamentos da BP