O museu de Lille devolveu cerca de 600 objetos ligados à cultura indígina brasileira que estavam na instituição francesa. Os ítens foram repatriados ontem, 11 de julho. A presidente da Funai, Joênia Wapichana, divulgou que as peças voltarão ao acervo brasilerio.
A coleção inclui cocares, brincos, chocalhos, máscaras e braçadeiras produzidas no século XX por povos indígenas que vivem na região norte do Brasil.
O caso começou em 2004, quando a Funai emprestou os objetos para o tradicional museu francês. Os objetos deveriam ter sido devolvidos 5 anos depois. Quando o prazo terminou, o museu manifestou o interesse em renovar a parceria por mais 5 anos, porém as negociações não avançaram e os objetos foram mantidos na França.
Em 2015 o governo brasileiro passou a solicitar a devolução do material, mas teria sido ignorado pelos franceses. O Museu Nacional dos Povos Indígenas acionou o Ministério Público Federal entrou com um processo formal em parceria com o Itamaraty para solicitar formalmente a devolução do material, o que gerou um impasse sobre o custeio do transporte do mesmo. Após um longo impasse, a instituição francesa aceitou devolver as peças, mas se recusou a pagar o transporte, que custou cerca de R$1 milhão. A Funai concordou em arcar com este custo para finalizar a questão.
Em 2015 o governo brasileiro passou a solicitar a devolução do material, mas teria sido ignorado pelos franceses. O Museu Nacional dos Povos Indígenas acionou o Ministério Público Federal entrou com um processo formal em parceria com o Itamaraty para solicitar formalmente a devolução do material, o que gerou um impasse sobre o custeio do transporte do mesmo. Após um longo impasse, a instituição francesa aceitou devolver as peças, mas se recusou a pagar o transporte, que custou cerca de R$1 milhão. A Funai concordou em arcar com este custo para finalizar a questão.
Questões burocráticas e a pandemia de Covid-19 atrasaram o processo que só foi concluído essa semana. Uma equipe do Museu Nacional dos Povos Indígenas esteve na França no final de 2023 para vistoriar as peças e essa semana, elas foram encaminhadas ao Brasil, em duas remessas.
O acervo inclui quatro máscaras Cara-Grande do povo Tapirapé, usadas no ritual Tawã para personificar espíritos guerreiros. Feitas de madeira Tauã e decoradas com penas de arara, as máscaras representam conflitos históricos com os Kayapó, Karajá e Kopi. Após o ritual, as máscaras são destruídas para que os espíritos retornem ao lago.
Os 611 objetos indígenas brasileiros serão agora colocados em exibição no Museu Nacional dos Povos Indígenas, que reformou suas reservas técnicas para garantir a preservação adequada.
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