A Polícia Federal (PF) afirma ter descoberto um plano para matar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes após as eleições de 2022.
De acordo com os policiais, a trama estaria sendo articulada por militares das forças especiais, chamados de kids pretos, e membros do alto escalão do governo Bolsonaro.
A Operação Punhal Verde Amarelo consistia em matar Lula e Alckmin a partir de um envenenamento.
O ministro Alexandre de Moraes, na época presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), seria sequestrado e posteriormente executado.
Uma vez que a chapa vencedora tivesse sido eliminada, Bolsonaro convocaria um regime de exceção e estabeleceria um Gabinete de Crise Institucional chefiado por Braga Netto.
A PF ainda não descobriu o motivo da operação não ter sido levada adiante. As investigações apontam que chegou perto de acontecer.
No dia 15 de dezembro de 2022, uma ação contra Moraes teria sido cancelada enquanto os responsáveis já estavam na rua.
Em uma das trocas de mensagens que aconteceu às 20h57min um dos homens teria dito:
‘Tô perto da posição. Vai cancelar o jogo?’
Dois minutos depois, vem a resposta:
“Abortar… Áustria… volta para local de desembarque… estamos aqui”.
O cancelamento da ação teve alguma relação com a notícia do adiamento da votação que estava sendo realizada naquele dia no Supremo Tribunal Federal.
Ainda não se sabe exatamente a conexão.
Em um trecho de uma suposta conversa entre o secretário Mário Fernandes, autor do plano, e Mauro Cid, é mencionado que o ex-presidente estaria envolvido no planejamento da operação:
“Durante a conversa que eu tive com o presidente (Jair Bolsonaro), ele citou que o dia 12, pela diplomação do ‘vagabundo’, não seria uma restrição, que isso pode, que qualquer ação nossa pode acontecer até 31 de dezembro e tudo”.
De acordo com as investigações, os articuladores estariam divididos em seis frentes diferentes, tratadas pelos agentes como:
As investigações começaram no inquérito das milícias digitais, quando o governo Bolsonaro foi investigado em diversas questões, dentre elas por “uso da estrutura do Estado para a obtenção de vantagens”.
Nas questões referentes a esse tema, a polícia encontrou indícios de que o cartão de vacinação do ex-presidente, assim como de seus familiares e assessores, poderia ter sido fraudado.
Um assistente de ordens chamado Mauro Cid foi detido pela polícia por ajudar nas falsificações.
Após seis meses preso, Cid fechou um acordo de delação premiada com a Justiça. Em seus depoimentos, contou sobre um decreto para chamar um estado de exceção, conhecido como “minuta do golpe”.
As informações levaram a Polícia Federal a iniciar a Operação Tempus Veritatis, para apurar uma suposta tentativa de golpe.
Durante as delações, o militar não contou sobre o plano para assassinar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes.
Por esse motivo, a corporação pediu pelo cancelamento da delação premiada, o STF manteve os benefícios para o delator após depoimento no dia 21 sobre o plano.
A polícia conseguiu reunir informações sobre a chamada Operação Punhal Verde Amarelo por causa de uma varredura no celular de Cid e de outros investigados.
Na terça-feira (19/11), a Polícia Federal prendeu quatro militares acusados de envolvimento com as tentativas de assassinato e um polícial federal.
Os detidos foram:
General Mário Fernandes
Tenente-coronel Helio Ferreira Lima
Major Rodrigo Bezerra de Azevedo
Major Rafael Martins de Oliveira
Policial federal Wladimir Matos Soares.
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