A Nicarágua foi considerada o país mais corrupto da América Central e o terceiro mais corrupto de toda a América. Segundo a pesquisa de 2022 da instituição Transparência Internacional, a Nicarágua segue piorando suas posições no Índice de Percepção da Corrupção (IPC).
Apenas Venezuela e Haiti estão piores colocados que o país comandado por Daniel Ortega.
O IPC classifica 180 países e territórios segundo as percepções de corrupção no setor público. A escala vai de 0 a 100, quanto mais próximo de 0, mais corrupto, quanto mais próximo de 100, menos corrupto.
O IPC de 2021 colocou a Nicarágua com 20 pontos. No de 2022, ela caiu para 19, ocupando o 167º lugar de 180 países em todo o globo.
A pesquisa da Transparência Internacional revela um aumento significativo na percepção da corrupção na administração de Daniel Ortega e Rosario Murillo.
O informe destaca que os países que obtiveram os piores resultados, como Venezuela (14), Nicarágua (19), Honduras (23) e Guatemala (24), enfrentam problemas estruturais:
“As elites e o crime organizado cooptaram as instituições estatais”.
Ainda segundo o relatório, o problema é tão sério que nestes países não estão sendo tomadas medidas contundentes para combater a corrupção e fortalecer as instituições públicas. Essa situação:
“Facilita as atividades do crime organizado, debilitam a democracia e os direitos humanos e ameaçam o sucesso do cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Também propicia a violência, o dano ambiental e a migração em todo o hemisfério”, assinala o informe.
Delia Ferreira Rubio, presidente da Transparência Internacional, apontou:
“A onipresença da corrupção nas Américas encoraja muitas outras crises que a região atravessa. Os frágeis governos falham em seu trabalho de frear as redes criminais, os conflitos sociais e a violência. Alguns governos, com o pretexto de responder à insegurança, intensificam as ameaças aos direitos humanos ao concentrar o poder”.
Alguns governos, com o pretexto de responder à insegurança, intensificam as ameaças aos direitos humanos ao concentrar o poder.
Em 2022, o jornal Confidencial Digital revelou uma cadeia de corrupção nas cidades de Rivas e Diriamba. O esquema envolvia litígios e apropriações de valiosas propriedades. Ainda segundo a investigação jornalística, o caso abalou estruturas internas da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) gerando:
Néstor Moncada Lau, assessor de segurança da dupla presidencial, está a cargo das remoções e sanções necessárias para investigar o caso de corrupção.
A operação está sendo feita sem transparência e longe dos órgãos responsáveis por investigar e punir os casos, segundo o Confidencial Digital:
“As instituições que por lei deveriam ver esses assuntos, ou guardam silêncio ou são meros executores das ordens vindas de El Carmen (apelido da sede de governo de Daniel Ortega).
A polícia nacional não emitiu uma nota à imprensa sobre o incidente, tampouco a Controladoria Geral da República.
O tema está sendo diretamente cuidado pela cúpula do orteguismo”.
Dia 08 de fevereiro, às 20h, estreia NICARÁGUA: Liberdade Exilada. Uma investigação inédita que explica como foi o processo de tomada do poder na Nicarágua por Daniel Ortega.
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