Nesta quarta-feira, 26 de março de 2025, o presidente Bolsonaro se tornou réu pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta tentativa de golpe de Estado, Jair Bolsonaro concedeu uma coletiva. O ex-presidente falou à imprensa às 14h06 na saída do gabinete de Flávio Bolsonaro, em Brasília. O ex-presidente declarou que as acusações são graves e infundadas.
“Parece que tem algo pessoal contra mim. As acusações são muito graves e infundadas”.
O STF aceitou a denúncia da PGR, que aponta Bolsonaro como líder de um plano para subverter a democracia após as eleições de 2022, com base em eventos como os ataques de 8 de janeiro de 2023 aos Três Poderes.
Bolsonaro questionou a narrativa apresentada pelo relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, que exibiu um vídeo com cenas dos invasores nos prédios dos Três Poderes.
Também citou o atual ministro da Defesa, José Múcio, que, em entrevista recente, declarou que o que ocorreu em 8 de janeiro “não foi golpe”.
“As manifestações pacíficas sempre serão pacíficas. Mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população”, repetindo trecho de um discurso de novembro de 2022, no qual reconheceu a derrota nas urnas e pediu atos pacíficos.
O ex-presidente ainda destacou que, após o discurso, deu início à transição de governo.
“Ato contínuo, começamos a transição”, afirmou, sugerindo que suas ações não indicavam intenção golpista. A coletiva ocorre em um momento de alta tensão política, com o julgamento no STF ainda pendente dos votos de dois ministros, mas já com maioria formada para abrir uma ação penal contra Bolsonaro e sete aliados. O caso segue sob os olhos do país, enquanto o réu busca rebater as acusações que podem levar a penas severas.
O ex-presidente usou a coletiva para rebater as acusações sobre os eventos de 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores invadiram os Três Poderes.
Bolsonaro sugeriu que o processo contra ele tem motivações políticas, chamando-o de "um teatro processual que estão fazendo para me tirar de uma possível eleição em 2026". Ele também afirmou que o Brasil vive "um momento de intranquilidade" por causa da "criatividade de alguns".
Além disso, destacou que não poderia ter participado de golpe, pois nem estava no Brasil na data:
“Eu estava nos Estados Unidos, não tinha como eu dar um golpe por telepatia”.
Disse também que, se estivesse devendo alguma coisa, não estaria aqui.
Bolsonaro também defendeu o Projeto de Lei da Anistia, que tramita na Câmara dos Deputados:
“É passar uma borracha no que aconteceu, é fazer o Brasil voltar à normalidade”.
Enquanto isso, Luiz Fux, cujo voto consolidou a maioria, trouxe um contraponto ao julgamento.
Em seu voto, ele anunciou que revisará a pena de Débora Fabiane, condenada por pichação no 8 de janeiro, dizendo:
“Quero analisar o contexto em que se encontrava essa senhora”.
Fux também afirmou que, dos 81 réus julgados pelo STF pelos atos, a maioria agiu “sob violenta emoção”, um aspecto que pode influenciar futuras análises do caso de Bolsonaro e seus aliados.
O julgamento segue sob intensa atenção nacional, com desdobramentos que prometem agitar o cenário político até 2026.
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