A Polícia Civil do Rio de Janeiro descobriu que uma facção criminosa de origem religiosa, conhecida como Tropa de Arão, adquiriu fuzis anti-drone fabricados na China.
O grupo faz parte do Terceiro Comando Puro (TCP) e controla o território conhecido como Complexo de Israel.
A descoberta foi feita durante uma operação, que resultou na apreensão de um arsenal sofisticado e na prisão de 11 suspeitos, incluindo lideranças do grupo.
Os fuzis anti-drone foram encontrados junto a outros armamentos de alto calibre em um bunker subterrâneo na comunidade do Quitungo, zona norte do Rio.
Entre os itens apreendidos estavam também 28 quilos de cocaína, 20 quilos de maconha, 30 tabletes de haxixe, granadas, fuzis convencionais e pistolas. A operação foi resultado de meses de investigação e monitoramento das atividades da facção.
A polícia suspeita que as armas tenham sido adquiridas para proteger o território da facção contra ataques de grupos rivais e operações policiais que utilizam drones.
Segundo as autoridades, o próprio grupo vêm usando drones para lançar granadas contra rivais de outras facções, em um modelo similar ao que acontecia no começo da guerra da Ucrânia.
"Este é um armamento de guerra, com tecnologia avançada. Sua presença nas mãos de criminosos representa uma grave ameaça à segurança pública", afirmou o delegado Gustavo de Mello de Castro, diretor do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE).
O Rio de Janeiro já foi retratado como um paraíso tropical por alguns dos maiores artistas do Brasil, mas atualmente é controlado por facções criminosas.
Diversos grupos controlam territórios e disputam poder, transformando a cidade em uma verdadeira zona de guerra.
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A facção, liderada pelo traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como "Peixão", controla diversas comunidades na zona norte do Rio.
O grupo se destaca por misturar símbolos religiosos com atividades criminosas, utilizando versículos bíblicos em grafites nos territórios controlados pelo grupo.
O delegado Antenor Lopes, diretor do Departamento-Geral de Polícia da Capital, ressaltou a complexidade do cenário criminal:
"Estamos enfrentando organizações cada vez mais estruturadas e com acesso a tecnologias antes restritas a forças militares. Isso exige uma constante atualização das nossas estratégias de combate ao crime".
As autoridades investigam como os fuzis anti-drone foram importados da China e chegaram às mãos dos criminosos.
Suspeita-se do envolvimento de uma rede internacional de tráfico de armas, o que pode levar a desdobramentos diplomáticos.
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