Após a Operação Tempus Veritatis ter prendido membros do governo Bolsonaro sob a acusação de uma tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente se manifestou hoje (09/02) em suas redes sociais para apresentar sua defesa.
Em vídeo, o advogado de defesa de Bolsonaro afirma:
"A descoberta de um documento [proclamando Estado de Sítio] na sede do Partido Liberal rapidamente causou rumores e controvérsias na imprensa, alimentando especulações sobre o envolvimento direto do ex-presidente na investigação.
A defesa de Bolsonaro esclarece que o documento encontrado não se trata de uma prova do envolvimento do ex-presidente em um golpe de estado. O documento é, na verdade, uma minuta armazenada no telefone celular do tenente-coronel Mauro Cid".
Segundo a defesa, documentos foram feitos sem o conhecimento de Bolsonaro. Após a PF descobrir os documentos no celular de Mauro Cid, Bolsonaro recebeu o texto de seu advogado em 2023 após a publicação do processo:
"Bolsonaro, buscando se informar sobre todos os elementos da investigação em andamento, solicitou através de seu advogado, no dia 18 de outubro de 2023, que o referido documento fosse enviado para seu telefone celular ou aplicativo de mensagens. Recebido o documento, Bolsonaro, preferindo não ler em uma tela pequena, solicitou à sua assessoria que imprimisse o documento em papel".
O advogado concluiu:
"Esse episódio reafirma que o ex-presidente não tinha conhecimento ou qualquer envolvimento na elaboração de minutas que pudessem comprometer o estado democrático de direito. A defesa enfatiza que Bolsonaro desconhecia completamente qualquer minuta feita sem seu conhecimento.
A defesa planeja apresentar uma ata notarial das mensagens trocadas, diretamente nos autos da investigação, para esclarecer os fatos e evitar qualquer confusão sobre o documento encontrado. Isso visa assegurar que o fato não receba mais relevância do que o inicialmente suposto".
Hoje (09/02), também foi o dia em que o ministro Alexandre de Moraes disponibilizou a gravação completa de uma reunião privada entre Bolsonaro e seus ministros, utilizada pela PF na Operação Tempus Veritatis.
Na reunião, Bolsonaro conversa sobre o sistema eleitoral e suas preocupações com o país. Em seu perfil na rede social X, o ex-presidente destacou um trecho em que ele nega a possibilidade de um golpe militar:
"Nós vamos esperar chegar 23, 24, pra se foder? Depois perguntar: por que que não tomei providência lá trás? E não é providência de força não, c*! Não é dar tiro. Ô PAULO SERGIO[Nogueira, ex-ministro da Defesa], vou botar a tropa na rua, tocar fogo aí, metralhar. Não é isso, p*".
Essas foram as últimas manifestações do ex-presidente e da Justiça brasileira. Para ficar informado sobre os próximos eventos, inscreva-se na newsletter do Portal da Brasil Paralelo.
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