Um levantamento recente realizado pelo Instituto Paraná Pesquisas revelou que, em um cenário sem a candidatura de Pablo Marçal (PRTB), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) lidera as intenções de voto para as eleições presidenciais de 2026. Bolsonaro registra 37,3%, enquanto o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece com 34,4%, configurando uma vantagem de 2,9 pontos percentuais.
Nos cenários alternativos, com Marçal na disputa, os números indicam empate técnico entre Lula e Bolsonaro. Além disso, o instituto também simulou cenários sem os dois líderes políticos. Nesses casos, figuras como Michelle Bolsonaro e Tarcísio de Freitas (Republicanos) ganham destaque, dependendo das combinações de candidatos.
A pesquisa ouviu 2.018 pessoas entre os dias 7 e 10 de janeiro de 2025, com margem de erro de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, e um nível de confiança de 95%.
A pesquisa provocou reações intensas entre parlamentares tanto do governo quanto da oposição.
Aliados de Lula manifestaram confiança na reeleição do petista. Por outro lado. figuras ligadas a Bolsonaro exaltam sua força mesmo com que chamam de “covardia eleitoral”, em alusão às inelegibilidades impostas pelo Tribunal Superior Eleitoral.
O deputado Carlos Jordy (PL-RJ) argumentou que a liderança de Bolsonaro na pesquisa explica o motivo de ataques ao ex-presidente, tanto no Brasil quanto no exterior. Ele destacou o que chamou de “sistema” atuando contra o ex-chefe do Executivo.
“Está aí a razão pela qual o sistema quer destruir Bolsonaro. Mesmo com a covardia eleitoral e toda narrativa arquitetada, ele é o favorito à Presidência”, disse o parlamentar.
O deputado Rodrigo Valadares (União-SE), por sua vez, apontou o levantamento como um reflexo do descontentamento popular com o governo Lula. Para ele, o atual presidente tem enfrentado dificuldades em áreas sensíveis, o que estaria levando o Brasil a um retrocesso.
“Esses números não são só sobre Bolsonaro. São um recado claro de que o governo Lula está desconectado da realidade do povo. A ineficiência em áreas críticas e a falta de liderança estão levando o Brasil a um retrocesso”, declarou Valadares.
Entre os governistas, a avaliação foi diferente. Para o deputado André Janones (Avante-MG), os números não representam uma ameaça à reeleição de Lula. Ele se mostrou confiante em uma vitória contra qualquer adversário. “Em 2026, venceremos qualquer um que vier contra Lula”, pontuou.
Já o deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, reiterou que Lula será o nome do partido em 2026 e rechaçou qualquer discussão sobre sucessão do atual presidente da República.
“Lula será candidato à reeleição em 2026. Debate de sucessão em 26 não existe internamente [do PT]”, defendeu Guimarães.
Os números do levantamento feito pelo Paraná Pesquisas, embora preliminares, reforçam que a disputa de 2026 poderá seguir o padrão de polarização que tem marcado a política brasileira nos últimos anos.
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