Uma mulher perseguida por suas ideias após sair da faculdade. Outras assustadas e com medo de falar o que pensam por medo de sofrer assédio. Uma universidade pública onde um partido organiza grupos para atrair estudantes para movimentos.
Essas foram algumas da situações que a equipe da Brasil Paralelo encontrou ao entrar nas universidades públicas brasileiras. As equipes tentaram entrevistar alunos e professores para saber como é o dia a dia no campus.
Os depoimentos estarão disponíveis em Unitopia, documentário que mostra como está a realidade nessas instituições, por exemplo os problemas que enfrenta a liberdade de expressão quando o discurso não é alinhado mais à esquerda.
Um dos casos mais emblemáticos foi de uma profissional do mercado financeiro em Pernambuco. Ela contou como é a perseguição que ainda sofre, vinda de um antigo professor.
Depois de humilhá-la na faculdade, ele agora promove uma campanha difamatória contra ela. Silvio Luiz Medeiros dirigiu o documentário e conta o que ela disse:
“Os estagiários da universidade chegam para trabalhar e já tem uma opinião sobre ela. O professor a difama até hoje, muitos anos depois de ela se formar. Ela conta que a faculdade foi um ambiente de muita opressão”.
Medeiros também contou que a maioria das mulheres que aceitaram dar entrevistas foram dissuadidas da ideia.
“Pais, maridos, namorados. Todos fizeram elas voltarem atrás. Creio que por medo de um futuro assédio moral”.
Na Universidade de São Paulo (USP), um grupo de alunas que denuncia abusos se recusou a dar entrevista. Disseram que não gostariam de chamar tanto a atenção.
“A impressão que eu tive é a de que as pessoas só querem ficar em silêncio, se formar e pronto. Uma verdadeira espiral do silêncio”.
A situação não é diferente com as professoras. Uma docente de Franca, interior de São Paulo, contou estar em tratamento devido às perseguições na universidade.
“Ela iria gravar com a gente, mas seu psiquiatra não deixou. Disse que ela não aguentaria uma possível retaliação”.
Das três únicas que aceitaram falar, duas não estão no Brasil. Até mesmo estudantes conhecidas da equipe preferiram se manter em silêncio.
“Isso é muito triste. É um ambiente de muita hostilidade à circulação de ideias”.
De todas as instituições visitadas, as cariocas foram onde mais ocupação ideológica foi encontrada. Na Universidade Federal Fluminense, a sede do PSOL fica ao lado do campus.
Pessoas contaram que o partido organiza “coletivos” de movimentos sociais para receber os alunos.
“É como um comitê de boas vindas. Só que as meninas são aliciadas pelas feministas, os negros pelo movimento negro. Eles acolhem muitos que saem do interior estudar e acabam inserindo essas pessoas no movimento”
A equipe da Brasil Paralelo também esteve em universidades americanas. De acordo com Medeiros, o contraste é nítido. Lá, apesar de haver movimentos alinhados à esquerda, as coisas não são tão explícitas.
“No mural de uma faculdade estavam lado a lado um cartaz de movimento feminista e outro convidando para atividades religiosas. Isso não aconteceu aqui. Visitamos muitas universidades brasileiras. Se eu vi um cartaz com ideias alinhadas ao conservadorismo, foi muito”.
O retrato do depoimento de Medeiros sobre as universidades estará disponível no dia 17 de setembro em Unitopia, novo original Brasil Paralelo. Clique aqui e cadastre-se para assistir ao primeiro episódio.
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