Além de parlamentar e engenheira, trabalha há décadas em organizações sociais e filantrópicas católicas de Caracas.
Em 2010, chegou à Assembleia Nacional como deputada independente. Ao longo da campanha, adotou um discurso anticomunista, crítico às expropriações.
Como deputada, passou a falar abertamente contra e Hugo Chávez, chegando a enfrentá-lo em público.
Em 2012, María confrontou o presidente durante seu último discurso na Assembleia Nacional. Ela lhe disse que a “Venezuela decente” não queria avançar para o comunismo:
“Como você pode dizer que respeita o setor privado na Venezuela quando se dedica à expropriação, o que é roubar”.
Ele ouviu-a até o fim e respondeu com sarcasmo em meio aos aplausos dos seguidores:
“Ele saiu do ranking para debater comigo. Sinto muito, sinto muito. Mas essa é a verdade. Você até me chamou de ladrão na frente do país, mas não vou te ofender. Águia não caça moscas, deputada”.
Chávez ainda a aconselhou a “vencer as primárias e enfrentá-lo na eleição presidencial”.
Foi nesse período que ela disputou as primárias da oposição pela primeira vez. Acabou perdendo para Henrique Capriles, candidato que desistiu no último minuto.
De acordo com o El País, seu embate com o governo da Venezuela intensificou-se após a vitória de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais de 2013. A disputa foi denunciada pela oposição como fraudulenta.
Em 2014, quando ainda era deputada, promoveu um movimento de protesto para retirar Maduro do poder. A BBC informou que isso lhe custou a perda do mandato devido a uma acusação de “conspiração golpista”.
No ano seguinte, foi impedida de concorrer a quaisquer novos cargos públicos.
Mesmo com a proibição, continuou ativa na oposição ao governo de Maduro, sendo uma das principais líderes de protestos do país. Em um discurso ao senado brasileiro em 2014, declarou:
"O conflito que enfrentamos é entre a falta de respeito aos direitos humanos e às liberdades, entre a ditadura e a democracia, entre a Justiça e os atropelos, entre um regime opressor e um povo que clama por liberdade".
Após o fim do mandato, María viajou o mundo falando sobre a realidade da Venezuela, buscando apoio internacional para ajudar seu país.
María Corina Machado Parisca tem 57 anos e três filhos. Segundo reportagem da BBC de 2023, é a mais velha de quatro irmãs.
Seu pai era um prestigiado empresário do setor metalúrgico, cujas empresas foram nacionalizadas por Chávez. Sua mãe foi uma renomada psicóloga e tenista.
Engenheira industrial com especialização em finanças, Machado trabalhou em diversas empresas industriais até ingressar em organizações de combate à pobreza e de fiscalização eleitoral.
Iniciou a sua carreira política como co-fundadora da ONG Súmate. A organização tinha objetivo de garantir a transparência eleitoral.
Em 2005, encontrou-se com o então presidente George W Bush na Casa Branca, o que a fez ser considerada pelo governo venezuelano como “representante do imperialismo norte-americano”.
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