Às vésperas da posse do ditador Nicolás Maduro para seu terceiro mandato, a oposição venezuelana chamou o povo às ruas.
Protestos tomaram conta de diversas cidades venezuelanas e aconteceram simultaneamente em outros países.
A ditadura também convovou seus simpatizantes para uma manifestação de apoio à posse de Maduro.
Ao longo das últimas semanas, Edmundo Gonzaléz que afirma ter ganhado a eleição, tem se reunido com líderes internacionais como Javier Milei e Joe Biden para conseguir apoio.
Apesar de ter um mandado de prisão na Venezuela, González disse que vai voltar ao país para tomar posse como novo presidente.
A oposição tem apresentado as atas das urnas eleitorais, que indicam uma vitória de 67% dos votos para González.
O ministro de interior e braço direito de Maduro, Diosdado Cabello, disse que o opositor será preso no momento que entrar na Venezuela.
As ruas do país estão cheias de cartazes de procurado oferecendo US$100 mil por informações que levem à prisão de González.
A principal líder da oposição também tem um mandado de prisão emitido pela ditadura chavista.
Na tarde de hoje (9/1), a conta oficial do partido Vamos Venezuela, de María Corina, emitiu uma nota dizendo que ela teria sido sequestrada pelas forças do governo.
Pouco tempo depois, a rede de televisão estatal Telesur divulgou um vídeo de Corina dizendo estar em segurança:
"Estou bem, estou segura, hoje é 9 de janeiro, saímos de uma manifestação maravilhosa, me perseguiram, minha bolsa caiu, a carteirinha azul onde eu tinha meus pertences, caiu na rua, e já estou bem, a salvo, e a Venezuela será livre."
Em seguida, o partido divulgou outra nota dizendo que a líder tinha sido detida, forçada a gravar alguns vídeos e depois liberada:
Machado, que estava se escondendo há meses, contou em suas redes sociais que a casa de sua mãe tinha foi cercada por forças do governo recentemente.
O regime confirmou ontem (8/1) a prisão do genro de González, acusado de ter ligação com um agente do FBI e estar envolvido em supostos planos de golpe de Estado.
O ex-candidato à presidência Enrique Marqués também foi detido sob as mesmas acusações.
Além de organizar o protesto popular, a oposição tem convocado os militares a abandonarem o regime.
Em um vídeo, Edmundo González afirma que será o comandante em chefe das Forças Armadas bolivarianas após sua posse hoje.
O presidente eleito chamou os militares para “garantir a soberania e o respeito à vontade popular”.
Ele reforçou o chamado dizendo que a alta cúpula teria corrompido a instituição e invertido seus valores:
“É nosso dever agir com honra, mérito e consciência, norteados pelos valores que nos unem como instituição fundamental da República. É necessário pôr fim a uma cúpula que distorceu os princípios fundamentais e morais de nossas Forças Armadas”
O ministro da Defesa, Vladimir Padrino, respondeu em um vídeo onde criticou as palavras de González:
“Rechaçamos categoricamente e com absoluta veemência esse ato palhaço e bufão de política desprezível”.
Apesar disso, María Corina Machado disse em uma entrevistas recentes que está em contato com alguns militares e policiais que estariam “ponderando” sua decisão.
Aliados históricos, a relação entre Maduro e Lula azedou ao longo do ano passado.
O atrito começou por causa das eleições presidenciais de 2024, após Lula criticar algumas falas de Maduro. O venezuelano com algumas alfinetadas no brasileiro.
A situação piorou depois de Lula pedir as atas eleitorais para reconhecer oficialmente o resultado da eleição e chegar a defender um novo plebiscito.
O atrito ficou ainda mais sério depois do Brasil não ter apoiado a entrada da Venezuela nos BRICS+.
O procurador-geral Tarek Saab chegou a acusar Lula de ser um “agente da CIA” e ter forjado um acidente para não ir ao evento.
Além disso, a chancelaria venezuelana criticou o papel brasileiro como uma “ação hostíl”.
Depois dessas declarações, Nicolás Maduro disse que o Itamaraty “sempre conspirou contra a Venezuela”.
A polícia bolivariana também publicou uma imagem de Lula com uma legenda dizendo “Aquele que se mete com a Venezuela se dá mal”.
Apesar dos problemas diplomáticos, o governo brasileiro vai enviar a embaixadora Glivania de Oliveira para representar o país oficialmente durante a posse de Maduro.
O gesto ajuda a legitimar o presidente venezuelano e pode indicar o início de uma reaproximação entre os dois países.
A Brasil Paralelo foi até a Venezuela para ver a stuação real do país na série original Infiltrados Venezuela.
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