Neste sábado (28/08), uma das maiores operações policiais do Brasil contemporâneo completou um mês: a Operação Escudo. Mais de 600 policiais de batalhões de todo o Estado de São Paulo foram convocados para pacificar a baixada santista, região na qual 6 policiais foram assassinados em menos de 1 ano.
Já foram realizadas mais de:
Entenda a origem, as críticas e os principais resultados da Operação Escudo.
No dia 27 de julho, em Guarujá, o policial militar Patrick Bastos Reis estava fazendo ronda policial com seu parceiro. Ao longo do percurso, os dois foram abordados por criminosos que começaram a disparar.
Na troca de tiro, Patrick foi atingido no tórax e não resistiu aos ferimentos. Seu parceiro foi atingido na mão e conseguiu escapar com vida. O secretário Derrite apontou que outros 5 policiais foram mortos na baixada santista desde o início do ano.
Em entrevista ao jornal Estadão, o promotor Silvio de Cillo Loubeh afirmou que é normal que traficantes disparem contra policiais nessa região da baixada santista:
“Infelizmente, essa é a realidade da Baixada Santista. Nesses lugares, a polícia é sempre recebida a tiros para proteger os pontos do tráfico de drogas”.
O promotor aponta que a região da baixada santista é de interesse dos traficantes devido a possibilidade de escoar suas drogas pelos portos da região. O grupo criminoso Primeiro Comando da Capital (PCC) é um dos principais grupos da região.
André do Rap e outros nomes importantes da administração do PCC são oriundos da baixada santista.
Patrick era membro de um reforço convocado pelo governador Tarcísio desde o início do ano. Seu assassinato evidenciou os altos índices criminais da baixada santista, instigando a operação Escudo para pacificar a região.
Foram convocados mais de 600 policiais de todo o Estado de São Paulo para atuar na Operação Escudo.
A operação policial não tem sido fácil. Diversos tiroteios marcaram a resistência dos traficantes em abrir mão da região, totalizando 22 assassinatos.
O secretário de segurança pública, Guilherme Derrite, comentou em seu Twitter os resultados alcançados:
"Em um mês de operação, já são 665 presos, sendo 253 procurados, 43 adolescentes apreendidos, 85 armas e 906 kg de drogas. O chefe do PCC de Santos , conhecido como NK, foi capturado após resistir à prisão.
O caso de NK é o retrato de que ainda temos criminosos oferecendo resistência ao policiamento. Por essa razão, nós não temos prazo para encerrar a Operação Escudo".
A polícia de São Paulo também afirmou que o crime organizado teve prejuízos superiores a 2 milhões de reais devido às apreensões da Operação Escudo.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, anunciou um aumento do efetivo policial e uma nova unidade em Guarujá. Segundo Derrite, a intenção do governo é pacificar a região e eliminar os Estados paralelos do tráfico.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo realizou uma pesquisa com os moradores da região para entender os impactos das operações na região. Segundo os dirigentes da instituição, 85% dos moradores estão felizes com as ações contra os criminosos.
Contudo, empresas de mídia como a rede Globo afirmam que a operação está cometendo abusos na região.
O programa Fantástico, da rede Globo, afirmou que existem divergências entre os laudos da polícia e os laudos de especialistas consultados. O programa afirmou ter tido acesso aos laudos oficiais, encontrando incongruências entre a versão da polícia e o que de fato aconteceu.
Para o Fantástico, algumas vítimas foram executadas pela polícia enquanto não representavam perigo para os policiais. O programa também afirma que a Operação Escudo cometeu tortura e violência excessiva.
A rede Globo também noticiou o protesto de algumas centenas de moradores e da ONG Movimento Mães de Maio contra a Operação Escudo, ocorrido na câmara municipal de Guarujá.
Os manifestantes afirmaram que abusos policiais estavam sendo cometidos, incluindo assassinato de pessoas inocentes.
Em uma entrevista à Jovem Pan, Guilherme Derrite foi questionado sobre a atuação do governo sobre os supostos abusos policiais cometidos na Operação Escudo. Derrite respondeu:
"Para mim, não passam de narrativas. Grande parte dos policiais possuem câmeras corporais, além das câmeras nos locais dos confrontos dos policiais e criminosos. O IML não encontrou nenhuma dessas supostas torturas.
Sobre os relatos de execuções, compartilhados pela Folha de São Paulo, em nenhum deles existe um documento legal, um testemunho sobre supostos abusos. Nenhuma das supostas testemunhas buscou um meio legal para fazer uma denúncia".
Em outro momento da entrevista, Derrite afirmou:
"Nós fizemos pesquisas com a população das regiões da Operação Escudo. Mais de 85% dos moradores apoiam operações contra o crime organizado".
Em 2023, no Brasil, já aconteceram mais de 10 mil homicídios, tendo o número de roubos de caminhões e cargas aumentado em 22% em 2023, apontou a Associação de Proteção Veicular APVS Truc, e um aumento de 29% no roubo de motos em São Paulo, a maior cidade do país.
É comum que os brasileiros temam a violência. A falta de segurança pública é tida por muitos como o maior problema do país.
O que explica a insegurança do Brasil? Um experimento social realizado em Nova York pode ter a resposta.
Dois carros idênticos foram abandonados em dois bairros distintos. Um foi colocado no Bronx, bairro de alta criminalidade em Nova York; o outro em Palo Alto, na Califórnia, uma zona rica e tranquila.
O carro do Bronx foi vandalizado e teve suas peças roubadas, enquanto o de Palo Alto manteve-se intacto. Para avaliar outras possibilidades, os pesquisadores resolveram quebrar o vidro do carro na Califórnia para ver o que aconteceria.
Com a quebra do vidro, foi desencadeado o mesmo processo de roubo, violência e vandalismo.
Por que o vidro quebrado no veículo abandonado num bairro supostamente seguro foi capaz de desencadear todo um processo de delitos? Evidentemente, não foi devido à pobreza. Baseada nessa experiência, a teoria das janelas quebradas foi desenvolvida.
A teoria das janelas quebradas foi abordada em Entre Lobos, o maior documentário sobre segurança pública já feito no Brasil. É o primeiro filme a falar sobre o crime a partir da perspectiva da vítima.
A investigação buscou entender as verdadeiras causas do crime, as raízes do maior problema do Brasil.
Sem o devido diagnóstico, o problema não pode ser solucionado. Entre Lobos foi criado para que as verdadeiras raízes do crime sejam conhecidas por toda a população.
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