K-Pop se tornou um dos estilos musicais mais ouvidos no mundo, ao mesmo tempo, a série que mais foi vista na história da Netflix, também é sul-coreana, e o primeiro longa-metragem de língua estrangeira a vencer o Oscar, foi o filme sul-coreano Parasita, vencedor em 2020.
Essa onda coreana, chamada no país de “Hallyu”, começou há muitos anos, em 1990. A partir de um investimento estatal, a cultura sul-coreana se tornou uma potência.
Neste ano, em meio a uma forte crise econômica, a Coreia do Sul lidava com a entrada de diversos produtos estrangeiros em seu território e a progressiva perda de sua cultura e identidade.
Em 1995, o governo iniciou um projeto político conhecido como Hallyu (Onda Coreana).
Por meio de investimentos no setor cultural, o Estado promoveu o desenvolvimento de produtos nacionais que se destacariam sobre os estrangeiros.
Muito mais que produtos culturais, o objetivo da política era expandir a influência do país em relação à comunidade internacional, uma estratégia de “soft power”.
Um soft power é um termo das Relações Internacionais que define quando uma nação utiliza de bens culturais para se beneficiar politicamente.
Em entrevista à Brasil Paralelo, Enrico Misasi, Secretário Municipal de Relações Institucionais, explica a estratégia:
“No âmbito internacional você pode exercer o poder porque você tem um exército mais qualificado e maior, ou porque você tem armas nucleares; você pode exercer o poder por barganha econômica, pela importância que você tem nas relações econômicas internacionais; ou você pode exercer por essa credibilidade, por este ‘soft power’, pela força que a sua imagem tem perante os outros.”
Depois de 27 anos, os resultados são visíveis:
“O governo da Coreia do Sul percebeu isso, eles começaram a investir massivamente em cultura e de tal maneira que hoje o K-Pop e o audiovisual sul-coreano invadiu as casas do mundo inteiro. É bastante curioso a gente pensar que o imaginário de um adolescente brasileiro esteja sendo influenciado por um investimento estatal que começou lá em 1997, na Coreia do Sul. Há uma banda bastante famosa, BTS, cujo valor representa uma porcentagem muito grande do PIB da Coreia do Sul, um PIB já bastante significativo.” explica Hugo Langone, poeta e editor.
Segundo apuração do UOL, a banda rende ao menos 3,5 bilhões de dólares por ano para o país.
Segundo o blog Colab da Puc Minas, apenas no ano de 2020, o Ministério da Cultura da Coreia do Sul recebeu mais de 6 trilhões de Won em investimentos (cerca de R$ 25 bilhões), quase 2% do orçamento total do país voltado para o setor.
“E muitas vezes esse poder exercido de maneira suave é mais eficaz e mais eficiente do que o poder que vem junto da coercitividade e a possibilidade de punição.” afirma Enrico Misasi.
A banda BTS é tão influente que é escolhida para campanhas políticas e publicitárias. Em 2022, a banda participou de uma visita à Casa Branca para falar com o presidente Biden sobre diversidade.
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