Nesta segunda-feira (24), um aluno da Escola Estadual de Sapopemba sacou uma arma e atirou em diversos colegas de classe. Vídeos internos da escola mostram o criminoso ameaçando diversos alunos de diferentes classes.
Mais de 4 alunos ficaram feridos, com uma garota sendo assassinada à queima roupa. Segundo os colegas, o jovem já havia ameaçado os colegas mais de uma vez.
Em entrevista à imprensa publicada pelo jornal Metrópoles, o advogado do aluno explicou suas supostas motivações:
"Os alvos eram dois meninos que faziam bullying com ele por causa de sua transsexualidade. A jovem foi uma fatalidade. Não era para ela esse disparo de arma de fogo, mas, sim, para esses dois jovens.
Na hora que o autor foi efetuar o disparo de arma de fogo contra os dois meninos, ela achou que a arma era de brinquedo e acabou entrando na frente”, disse o advogado Antonio Edio.
Segundo dados coletados pelo jornal Metrópoles, a versão narrada pelo advogado não se sustenta: um vídeo da câmera de segurança da escola mostra o jovem apontando a arma para uma garota e a assassinando à queima roupa.
No instante do disparo, não havia mais ninguém na frente do criminoso. Além do assassinato da jovem Giovanna, de 17 anos, o garoto transsexual atirou em duas garotas de 15 anos, deixando-as feridas na clavícula direita e no abdomem.
Vídeos internos mostram a arma sendo apontada para um grupo de alunas refugiadas em uma sala de aula.
Alguns veículos de mídia ocultaram fatos relevantes sobre o crime. Na notícia do jornal O Globo, por exemplo, não há menções ao contexto que levou aos tiros.
Segundo o blog Mariana Di Moraes, o autor do crime era "Luluzinho da Liberdade", um jovem transsexual que frequentava o bairro Liberdade, em São Paulo. Ele era conhecido por brigas frequentes e por participar de campeonatos de beijo entre homossexuais.
Segundo declarações de conhecidos do criminoso, ele teria atirado nas garotas devido a bullying e brigas entre seus grupos.
Vídeos divulgados pelo jornal Metrópoles mostram ele brigando em sala de aula com duas garotas, apontadas como as garotas de 15 anos que foram alvejadas.
Em um suposto print divulgado pelo blog Mariana Di Moraes, Luluzinho afirma que desejava matar para ter poder sobre a vida das pessoas.
A máscara usada na foto de perfil do autor das mensagens é a mesma que o assassino utilizou no tiroteio da escola.
Em sua fala à imprensa, o advogado afirmou que a culpa foi do Estado, convocando o governador Tarcísio e o Secretário de Segurança Guilherme Derrite a refletirem sobre supostas responsabilidades.
O advogado afirmou que os órgãos do governo deveriam ter ajudado o rapaz. Contudo, o mesmo advogado afirmou que o atirador já recebia tratamento em um Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e era acompanhado pelo Conselho Tutelar.
Segundo ele, não foi o suficiente. Após lamentar o ocorrido, o governador Tarcísio escreveu no Twitter:
"Nesse momento, a prioridade é apoiar os estudantes, professores e familiares. Toda minha solidariedade às famílias e a todos os afetados neste triste episódio".
Uma das coordenadoras pedagógicas da escola conseguiu conter o atirador até a polícia chegar. Como o atirador tem menos de 16 anos, ele foi enviado para a Fundação Casa.
No Brasil, a pena máxima para um menor de idade que cometer qualquer crime, inclusive assassinato, é de 3 anos em regime fechado, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Não existe pena mínima. Os adolescentes que roubarem, matarem ou estuprarem podem ser liberados assim que o seu responsável legal entender que houve ressocialização. Isso já ocorreu no estado de São Paulo em mais de uma ocasião.
Na cidade de Promissão (SP), em 2013, três jovens foram condenados por terem cometido quatro assaltos a uma padaria, mas foram soltos após cinco dias de detenção.
A liberação dos criminosos ocorreu devido à falta de vagas na Fundação Casa da cidade, instituição responsável pela prisão de adolescentes no estado de São Paulo. Os jovens utilizaram facões e destruíram o computador da padaria.
O Brasil possui uma criminalidade semelhante à estatísticas de países em guerra. Segundo dados oficiais do governo brasileiro, a cada 10 minutos 1 brasileiro é assassinado. De todos os homicídios, apenas 8% são resolvidos.
Ainda não foi aplicada uma medida concreta para melhorar a segurança do país, ainda não foi encontrada uma solução real.
A falta de uma proposta que seja sólida e una todos os brasileiros mostra uma coisa: para sanar a doença, é preciso antes realizar um diagnóstico correto, e essa análise parece não ter sido feita adequadamente.
Buscando entender essa situação urgente, a Brasil Paralelo viajou de Norte a Sul, de Leste a Oeste para entrevistar as maiores autoridades do assunto. São mais de 50 entrevistados entre policiais, juízes, advogados, políticos, professores, intelectuais e jornalistas.
A Brasil Paralelo revela, pela primeira vez, as verdadeiras causas da insegurança que afeta todos os brasileiros. O filme Entre Lobos é o fruto de toda essa pesquisa. O longa também mostra o mundo real do combate ao crime, com o dia a dia e as dificuldades das polícias do Brasil.
Foi apresentado um olhar científico para o problema da segurança pública brasileira, amparado em dados e uma longa pesquisa livre de ideologias e desinformação.
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