Os republicanos perderam nas urnas. O partido surgiu em 1870, cresceu, mas não conseguiu vigor o suficiente para emplacar os seus candidatos. Nas eleições de 1886, a última do império, 22 deputados liberais foram eleitos, 103 conservadores e nenhum republicano.
Os membros desse partido criticaram o processo eleitoral, denunciando manipulações e fraudes. Nos votos, dificilmente o país deixaria de ser uma Monarquia, já que o regime era consenso entre o Partido Liberal e o Partido Conservador. Na perspectiva deles, necessitava-se de uma alternativa para instituir a República.
Segundo José Murilo de Carvalho em A Formação das Almas, o republicanismo possuía três correntes:
O positivismo teve uma grande aderência entre os militares. Principalmente por Benjamin Constant, professor que ganhou popularidade entre os jovens cadetes. Em certa medida, parte da caserna já enxergava a República como um modelo superior à Monarquia, mas alguns acontecimentos vieram a jogar os soldados na linha de frente do golpe. Essa oposição entre exército e governo se mostrou uma oportunidade para aqueles republicanos que queriam depor o regime.
Após a Guerra do Paraguai (1964 - 1970), os militares voltaram para o seu país com algumas insatisfações: a escravidão continuava no país, o exército tinha baixo investimento e eles eram punidos ao irem publicamente reclamar dos problemas.
A estrutura ainda colonial da legislação militar facilitava a interferência política no quartel, é o que pontua João Camilo de Oliveira Torres em Presidencialismo no Brasil.
Essa insatisfação foi utilizada por um grupo de republicanos para cooptar o Exército para um movimento contra o governo. No início, eles não objetivavam derrubar a monarquia, mas sim o governo.
Desde 1847, a pessoa responsável por governar o Brasil era uma espécie de primeiro-ministro chamado de Presidente do Conselho de Ministros. Na época, quem ocupava este cargo era o Visconde de Ouro Preto.
Os militares acreditavam que seu gabinete intervia muito no exército e o classificaram como um inimigo da instituição. Contra Ouro Preto, Deodoro da Fonseca, militar de carreira e de alta patente, concordou com o movimento e usaria a sua força para tirá-lo do poder.
Programado para acontecer no dia 15 de novembro ao final da noite, o golpe foi antecipado para a manhã. A notícia falsa de que Deodoro da Fonseca seria preso e de que Dom Pedro II colocaria no lugar de Ouro Preto um de seus grandes inimigos, levou o movimento a mirar para além do governo, o marechal Deodoro da Fonseca queria agora derrubar a monarquia.
No vídeo abaixo, você pode entender este acontecimento de forma mais completa:
O vídeo que você assistiu é um trecho da série Brasil: a Última Cruzada. Esse documentário, que é um dos maiores sucessos da Brasil Paralelo, contou a História do Brasil resgatando heróis que durante muito tempo foram esquecidos ou ridicularizados por motivos ideológicos.
A exibição especial da série está acontecendo neste dia 15 de novembro e pode ser assistida por você clicando no link abaixo. Nessa série, você entenderá mais sobre toda a história do Brasil, incluindo a queda da monarquia. Aproveite:
Como um veículo independente, não aceitamos dinheiro público. O que financia nossa estrutura são as assinaturas de cada pessoa que acredita em nossa causa.
Quanto mais gente tivermos conosco nesta missão, mais longe iremos. Por isso, agradecemos o apoio de todos vocês.
Seja também um membro da Brasil Paralelo e nos ajude a expandir nosso jornalismo. Clique aqui.
Cupom aplicado 37% OFF
Cupom aplicado 62% OFF
MAIOR DESCONTO
Cupom aplicado 54% OFF
Assine e tenha 12 meses de acesso a todo o catálogo e aos próximos lançamentos da BP