Em 2024, o Yom Kipur foi marcado por intensos bombardeios. Hezbollah, Hamas e outros grupos apoiados pelo Irã atacaram Israel em um de seus feriados mais sagrados.
Ao longo das 24 horas, sirenes soaram e foi detectado o abatimento de pelo menos um drone cruzando o território libanês. Um representante do Exército afirmou que esses dispositivos "estavam sob vigilância, desde o momento em que cruzaram a fronteira do Líbano".
O oficial israelense ressaltou também que a força aérea interceptou um desses drones com sucesso. Confirmou ainda a ocorrência de "danos a um edifício em Herzliya", na costa central de Israel, mas sem vítimas conhecidas.
No filme From the River to the Sea, a Brasil Paralelo procurou entender a questão profundamente. A produção buscou ouvir quem vivencia o conflito na pele, dia após dia. Autoridades religiosas, militares, civis e professores, tanto da Palestina quanto de Israel compartilharam seus pontos de vista sobre uma das guerras mais complexas da história. Assista gratuitamente From the River to the Sea aqui.
De acordo com as Forças de Defesa de Israel (IDFs):
"Ao longo do fim de semana do Yom Kippur, cerca de 320 projéteis disparados pela organização terrorista Hezbollah cruzaram do Líbano para Israel." Em comparação, 230 projéteis foram lançados pelo Hezbollah em 11 de outubro.
Segundo o jornal The Jerusalem Post, enquanto Israel reduziu a intensidade de seus esforços de guerra contra o Hamas durante o Ramadã, por respeito ao mês sagrado muçulmano, o eixo apoiado pelo Irã tem intensificado suas ações durante os feriados judaicos.
O jornal afirma que o mesmo grupo de países ocidentais que insistiu para que Israel reduzisse os ataques no Ramadã não foi capaz de impedir a intensificação dos bombardeios durante um dos dias mais importantes do ano para a comunidade judaica.
O Hezbollah confirmou os ataques no próprio sábado. A mídia estatal iraniana divulgou uma informação de que eles atingiram uma base de soldados israelenses de Al-Jarrah com mísseis.
Na sexta-feira, as Forças de Defesa Israelenses confirmaram que haviam atacado militantes do Hezbollah e que haviam lançado foguetes no sul do Líbano.
Na sexta-feira, o exército libanês informou que o exército israelense havia atacado um centro militar na cidade de Kafra, no sul do Líbano, matando dois soldados e ferindo outros três.
O exército israelense disse que estava conduzindo um 'exame aprofundado' do incidente e que não tinha conhecimento de nenhuma instalação militar libanesa na área de seus ataques, que, segundo afirmou, eram direcionados a alvos do Hezbollah.
O ministério da Saúde do Líbano informou neste sábado (12) que bombardeios israelenses mataram pelo menos 9 pessoas em dois vilarejos fora dos redutos do movimento radical islâmico Hezbollah.
Conhecido como o "Dia da Expiação", o Yom Kipur é o dia mais sagrado do calendário judaico. É celebrado no décimo dia de Tishrei e marca o fim dos Dias de Temor, um período de dez dias iniciado com o Rosh Hashaná. Esta celebração é enraizada na tradição de Moisés, e dedicada à reflexão, arrependimento e busca pelo perdão divino.
Os judeus acreditam que este é um período em que Deus julga as ações de cada pessoa. É um momento de dedicação plena à penitência, oração e caridade.
O Yom Kipur ocorre ao longo de 25 horas e inclui diversas formas de abnegação, incluindo a abstenção de trabalho, banho e relações sexuais.
O feriado termina com o toque do shofar, sinalizando o fim do jejum e a concessão do perdão divino, seguido por uma refeição festiva.
A importância do feriado é tamanha que até judeus não praticantes frequentemente cumprem os protocolos, tornando-o um momento significativo de união e renovação espiritual na comunidade judaica.
A tensão no Oriente Médio continua a aumentar: enquanto o Hezbollah alega ter realizado um ataque com drones a uma instalação militar israelense em Haifa, Israel solicitou a evacuação de 23 comunidades no sul do Líbano.
Esses confrontos acontecem durante a celebração do Yom Kippur em Israel, período em que fronteiras, aeroportos e a maioria dos estabelecimentos permanecem fechados, e o transporte público não opera.
O Estado judeu afirma ter atacado 280 "alvos terroristas" no Líbano e em Gaza durante o feriado religioso. O exército informou em um comunicado:
"Entre estes alvos estavam infraestruturas terroristas subterrâneas, depósitos de armas, centros de comando militar e células terroristas".
As forças armadas israelenses aconselharam os residentes do sul do Líbano a 'não retornarem' às suas residências.
Esta ofensiva reaviva memórias traumáticas de guerra na população libanesa, que ainda carrega as cicatrizes de conflitos anteriores com Israel, particularmente as incursões de 1982 e o devastador episódio de 2006, um confronto que durou 34 dias e resultou em mais de 1.000 vítimas fatais.
Após enfraquecer o Hamas em Gaza, Israel deslocou, desde setembro, o foco da guerra para o Líbano. As operações visam afastar o Hezbollah das regiões fronteiriças e interromper o lançamento de foguetes.
As autoridades israelenses se comprometeram a permitir o retorno de aproximadamente 60.000 habitantes deslocados ao norte de Israel.
Adicionalmente, o exército designou cinco novas áreas no norte do país, ao longo da fronteira com o Líbano, como "zonas militares restritas", uma vez que suas tropas estão envolvidas em combates terrestres contra o Hezbollah no sul do Líbano.
De acordo com um comunicado oficial do exército israelense, as localidades de Zarit, Shomera, Shtula, e Even Menachem são "declaradas zonas militares fechadas a partir das 20h" deste sábado, no horário local, com acesso proibido.
O presidente da França, Emmanuel Macron, instou na sexta-feira (11) o Hezbollah a cessar imediatamente os ataques contra Israel, acrescentando que um cessar-fogo deve ser "implementado imediatamente" no Líbano. A declaração foi feita durante um encontro com Nabih Berri, presidente da Câmara dos Deputados do Líbano.
Em um discurso televisionado, o primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati, instou Israel e Líbano a retornarem às disposições de um acordo da ONU de 2006 sobre a desmilitarização da fronteira compartilhada pelos países, adotado após a guerra anterior entre Israel e o Hezbollah.
Nos últimos dias, como tornar essa resolução eficiente tem envolvido funcionários dos Estados Unidos, incluindo o Secretário de Estado Antony J. Blinken. Um porta-voz do Hezbollah indicou na sexta-feira que o grupo estava aberto a esforços de cessar-fogo.
Israel tem conduzido incisivos ataques em todo o Líbano nas últimas semanas como parte de uma grande ofensiva contra o Hezbollah, um grupo militante apoiado pelo Irã. Vários ataques em Beirute conseguiram matar seus alvos, incluindo o líder de longa data do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e alguns de seus associados próximos e supostos sucessores.
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