Daniel Ortega está no poder da Nicarágua desde 1970, tendo convivido com diversas figuras históricas. Ao longo de seus 77 anos de vida, Ortega viu seu país ser governado por aliados dos Estados Unidos durante o governo de Somoza, foi aliado de Fidel Castro e teve conflitos com o Papa João Paulo II.
O líder da Nicarágua está conectado a grandes eventos da geopolítica atual, como a Guerra Fria e movimentos políticos modernos. Suas relações diplomáticas permitiram que ele conhecesse líderes de diversas nações, alguns com um histórico polêmico.
Confira a lista de líderes considerados ditadores que apoiaram Daniel Ortega:
Em 1970, revolucionários sandinistas, alinhados ao socialismo, tomaram o poder da Nicarágua após 10 anos de ações contínuas de guerrilha. Fidel Castro foi à posse do novo governo para parabenizá-los e auxiliá-los. Naquele dia, Daniel Ortega, hoje o líder do país, foi empossado como líder do governo civil.
Fidel permaneceu sendo um apoiador do regime de Ortega até sua morte. Em 2014, por ocasião do 35º aniversário do triunfo da Revolução Popular Sandinista, Fidel Castro publicou uma nota oficial:
"Saudação à vitória sandinista de 19 de Julho com o mesmo entusiasmo; como se fosse em 26 de Julho de 1953 ou 1° de Janeiro de 1959".
Fidel afirmou que Ortega e sua esposa, Rosario Murillo:
"ocuparão um lugar de honra na história dos povos deste continente, que algum dia poderá contar também com o povo laborioso e inteligente dos Estados Unidos"
O antigo líder cubano foi considerado um ditador devido a suas ações violentas no governo de Cuba. Em 1967, foi condenado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos por criar e manter campos de concentração em Cuba.
Em 1982, os revolucionários sandinistas firmaram um pacto diplomático com a União Soviética. O país comunista manteve a ajuda econômica e militar para o governo de Ortega até sua queda, em 1991.
A União Soviética foi considerada uma ditadura devido a criação dos gulags (campos de trabalho forçado), a repressão social constante e as mortes em massa causados pelo regime.
Atualmente, o presidente russo, Vladimir Putin, manteve a política de cooperação com a Nicarágua. O governo da Rússia parabenizou Ortega pela eleição de 2021 e vem realizando exercícios militares na Nicarágua.
Desde 2007, os venezuelanos Hugo Chávez e Nicolás Maduro declararam apoio a Daniel Ortega devido a seu primeiro mandato presidencial. Em 2021, Ortega ganhou a eleição com 75% dos votos após a prisão de 7 dos seus principais opositores políticos.
Os governos da Alemanha, Colômbia, Costa Rica, Chile, Espanha, Estados Unidos, Panamá, Reino Unido, Uruguai e União Europeia não reconheceram as eleições por falta de transparência no processo, mas Maduro defendeu Ortega:
“O lobby do Departamento de Estados [dos EUA] está ativo contra a Nicarágua buscando que governos covardes se pronunciem contra o povo da Nicarágua, porque se pronunciar contra as eleições na Nicarágua é se pronunciar contra a Nicarágua” disse o ditador da Venezuela em pronunciamento oficial.
Os aliados de Ortega foram chamados de ditadores devido às suas violações a direitos humanos básicos.
Em julho de 2022, na reunião da Comissão de Direitos Humanos da ONU de Genebra, o órgão declarou oficialmente que as agências de inteligência militares e civis da Venezuela funcionam para implementar um "plano orquestrado nos mais altos níveis do governo para reprimir a dissidência através de crimes contra a humanidade".
Após as eleições presidenciais da Nicarágua de 2021, o líder da Coréia do Norte parabenizou Daniel Ortega e firmou o compromisso de trabalhar em união com o país caribenho. Em nota oficial, Kim Jong Un disse:
" [...] aproveito esta oportunidade para expressar minha convicção de que as relações de amizade e cooperação entre nossos povos serão ainda mais intensificadas e desenvolvidas".
Em março de 2013 o Conselho de Direitos Humanos da ONU concluiu que a violação dos direitos humanos na Coreia do Norte "é sistemática, generalizada e foi cometida pela República Popular Democrática da Coreia".
A condenação formal da Coreia do Norte foi assinada pelos governos da Bélgica, França, Reino Unido, Estados Unidos, Japão e muitos outros países membros da ONU.
Em janeiro de 2022, Jinping agradeceu a Ortega pelas felicitações enviadas por ocasião do Ano Novo chinês, através de uma carta oficial. No texto, Xi Jinping afirmou estar disposto a "promover a cooperação em vários campos, bem como apertar as mãos para construir uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade".
Um enviado oficial da China participou da posse de Ortega e se reuniu com o líder nicaraguense.
A ideologia sandinista ainda domina o país. Elvira Cuadra, socióloga nicaraguense, falou sobre as irregularidades que o governo cometeu para comprar os canais de comunicação em entrevista para o novo Original BP, “NICARÁGUA: Liberdade Exilada”:
“Para conseguir o controle desses meios, utilizaram diferentes mecanismos como pressão, chantagem, o uso da publicidade estatal como castigo, extorsão. E isso começou a gerar nos meios nicaraguenses um processo muito rápido de autocensura”.
Estreia hoje (08/02), às 20h, NICARÁGUA: Liberdade Exilada! Uma investigação inédita que explica como foi o processo de tomada do poder na Nicarágua por Daniel Ortega.
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