O consulado Geral de Israel promoveu uma coletiva de imprensa junto da Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) e da StandWithUs Brasil. Sem censura, foram exibidas imagens e vídeos extremamente sensíveis mostrando a que ponto chegaram os terroristas do Hamas ao atacar civis judeus.
Foram convocados os representantes dos principais veículos jornalísticos brasileiros. Representando a Brasil Paralelo, dedicarei esta e outras matérias para descrever o que foi dito e exibido. Por questões éticas e pela sensibilidade do conteúdo, as imagens não puderam ser gravadas de nenhum modo.
Por aproximadamente 40 minutos, com dificuldade, o que vimos foi pura barbárie.
Decapitações, corpos carbonizados, civis se tornando alvo em seus próprios carros e casas, terroristas comemorando as capturas, rastros de sangue, enfim, uma verdadeira caça indistinta. Os terroristas matavam quem estivesse no caminho.
O Serviço de Imprensa do Exército israelense compilou o conteúdo a partir de imagens de câmeras corporais usadas por terroristas do Hamas, bem como imagens de câmeras de vigilância, mídias sociais e drones.
Com boa parte do conteúdo sendo inédita, o Brasil é o terceiro país a ter acesso ao material, antes mostrado apenas em exibições especiais das Forças de Defesa Israelenses (IDF), em Jerusalém, e em Nova Iorque.
Assim que a guerra começou, muitas cenas fortes foram exibidas ao redor do mundo. O que ressaltou o Cônsul de Israel no Brasil, é que muitas cenas jamais foram reveladas porque pertence à cultura judaica não expôr os corpos.
Ressaltou que, inclusive, os velórios judeus são feitos com o caixão fechado. Muito menos se exibe a imagem de sangue derramado.
A exibição, contudo, surge em meio a teorias que negam que o Hamas seja um grupo terrorista e que tenham atacado Israel, explica André Lajst, cientista político especialista no assunto e presidente executivo da ONG StandWithUs Brasil.
Explicou que mostrar as imagens se faz necessário para provar o ataque dos terroristas e combater as mentiras que negam os fatos.
Assisti como os ataques foram feitos, atirando em civis indefesos, que tentavam fugir como podiam. Eram friamente assassinados dentro de suas casas e de seus carros. Corpos eram exibidos como troféus, outros incinerados, mulheres, crianças e idosos tão pouco eram poupados.
A invasão aconteceu via terra, mar e ar em vários locais. Os terroristas conseguiram invadir e tomar várias aldeias e kibutzim, bem como várias bases militares e postos avançados.
Infiltraram-se nas cidades de Sderot e Ofakim e começaram a dirigir-se para a cidade de Be’er Sheva. Outro foco do ataque foi um festival de música que acontecia na área, no qual centenas de jovens israelenses se divertiam.
De acordo com o relato do consulado, as atrocidades cometidas estão em uma escala nunca antes vista desde os acontecimentos do massacre do Estado Islâmico (ISIS) em Sinjar, em 2014.
O compilado de imagens revela pessoas mutiladas, incineradas, massacradas na própria cama e decapitações. Homens e mulheres foram violentamente mortos a tiros enquanto simplesmente dançavam num festival de música.
Em um documento enviado pelo consulado, consta os números das baixas israelenses:
“Depois que as forças de segurança israelenses neutralizaram os terroristas e recuperaram o controle da região, descobriu-se que mais de 1.400 pessoas foram assassinadas e mais de 3.500 ficaram feridas – muitas delas gravemente, e mais de 230 pessoas foram sequestradas e levadas para a Faixa de Gaza, estivessem vivos ou mortos - entre eles crianças a partir dos 3 anos de idade e homens e mulheres idosos com mais de 75 anos de idade.
Para contextualizar, este é o maior número de judeus massacrados em um único dia desde o Holocausto.”
Em uma das cenas inéditas que pudemos ver, captada pelas câmeras de uma das casas invadidas, um pai tenta fugir com seus dois filhos. Ao ver onde o pai tinha se escondido com seus filhos, um dos terroristas lança uma granada contra eles.
No registro, é possível ver apenas o pai caindo sem vida. É possível perceber que ele usou seu próprio corpo protegendo as crianças, o que o fez receber a maior parte do dano da explosão.
Os filhos foram mantidos reféns e choravam em estado de choque, pedindo pela mãe enquanto um dos terroristas vasculhava a geladeira da casa.
Eram jovens que deveriam ter de 12 a 15 anos. Um perdeu a visão em um dos olhos, ambos estavam com sangue e ferimentos pelo corpo. Choravam em desespero, temendo pela vida e também se perguntando por que estavam vivos.
A câmera exibe ainda a chegada da mãe e a reação dela ao ver o corpo do marido. Imediatamente entrou em estado de choque e precisou ser segurada para não perder o controle.
Em outro registro, um dos terroristas é filmado tentando decapitar um homem com uma enxada. Aparentemente, era o primeiro que matava e se sentia orgulhoso por isso, repetindo o golpe no pescoço da vítima.
Um dos momentos mais perturbadores que, no entanto, não envolveu uma cena explícita do assassinato foi o áudio de uma ligação. Pudemos ouvir o que representa a mentalidade dos terroristas do Hamas a partir da fala de um jovem que estava no ataque.
Trata-se da gravação de sua ligação para os pais. Muito satisfeito, muito orgulhoso e com euforia, ele pede que seus pais vejam as fotos que ele havia enviado no WhatsApp. O motivo? Ele comemorava ter assassinado 10 judeus com as próprias mãos. Pede que o pai se orgulhe dele e repete: seu filho é um herói, seu filho é um herói.
Quando os pais pedem que ele volte, ele pergunta: Por que retornar?
E retoma a sua “conquista”, seu “ato de heroísmo” digno de “louvor”: ter assassinado 10 judeus.
Em várias cenas, os terroristas atiravam em corpos já em putrefação, chutavam, pisavam. Alguns eram levados. Havia comemoração. Ressalto que não se tratava de combatentes israelitas, mas de civis, donas de casa, jovens, crianças, indefesos.
André Lajst explicou que de toda a população palestina, de 10% a 15% possuem a mentalidade de destruir o Estado de Israel, e que, desses, 3% seria capaz de pegar em armas, o que corresponde a milhões.
São, segundo disse, o que compõe os perfis: Islã Militante Radical Sunita e Islã Militante Radical Xiita. Explicou que o Hamas recebeu treinamento Iraniano e que jamais haverá acordo de paz, uma vez que a paz é justamente o que não querem e aquilo a que mais eles se opõem, conforme seu próprio estatuto.
André esclareceu sobre a existência de um eixo de resistência, que é contra a normalização do Oriente Médio, e que o Hamas é apenas uma das peças, movimentadas pelo Irã.
Relembra ainda que o Irã é contra os acordos de Abraão e movimenta guerras locais para que não haja paz.
Junto da destruição do povo judeu, a intenção desse eixo de resistência é, de acordo com André, o alcance do Estado Islâmico em toda a palestina, o que vitimizaria também os cristãos.
O principal termo usado por André, criado por ele, é a deshamasificação da Faixa de Gaza, ou seja, a eliminação não somente da capacidade militar do Hamas, mas sobretudo da mentalidade, da educação feita, da manipulação exercida pelo Hamas para que as pessoas já cresçam almejando a destruição dos Judeus e do Estado de Israel.
O Hamas atua usando civis como escudo humano, ressalta Rafael Erdreich, Cônsul de Israel no Brasil. E foi além, mostrou que o Hamas instala suas bases para disparar mísseis próximos a escolas, hospitais, mesquitas, restaurantes, hotéis e edifícios diplomáticos. Essas instalações ficam a menos de 100 metros, em alguns casos a menos de 50 metros de ambientes frequentados por civis.
Ao mesmo tempo, impedem os palestinos de buscarem as zonas seguras e dizem que a segurança deles é um problema de Israel e da ONU.
Um dos dados apresentados também revela um mapa apontando que 550 mísseis que caíram em Gaza foram disparados pelo próprio Hamas e falharam. Parte sequer é disparada, ocasionando explosão já no início, outros são lançados e caem sem alvo específico, na própria Faixa de Gaza.
Disse também que o Hamas controla o Ministério de Saúde em Gaza, mente os números, controla jornalistas e que nenhuma informação que venha de Gaza é confiável, uma vez que é controlada pelo grupo terrorista.
A uma das jornalistas que contrapunha as informações apresentadas com dados vindos de Gaza, o cônsul perguntou:
“O Hamas não faz Fake News? Você não sabe muito sobre o Hamas, não sabe que eles mentem”.
Indagando sobre o motivo da coletiva de imprensa, um outro jornalista perguntou:
Vocês querem nos fazer pensar que Israel está justificado em atacar? Vocês nos chamaram para nos convencer mostrando essas imagens?
Ao que oCônsul e André Jast responderam:
“Notamos uma onda de negacionismo. Jornalistas e professores de renome estão começando a espalhar teorias de que o Hamas não teria atacado, que seria uma manipulação de Israel.
Queremos provar o que aconteceu e combater a negação dos fatos mostrando os horrores que eles cometeram. Não haverá paz enquanto o Hamas existir”.
Você pode se aprofundar mais nesse tópico com uma aula do professor e cientista político Heni Ozi Cukier, HOC, explicando esses 5 mitos sobre o conflito Israel e Hamas.
Em uma outra pergunta, uma jornalista citou falas do presidente Lula e outros dois presidentes, tratando a investida de Israel na Palestina como genocídio.
O Cônsul:
“Quais são as fontes que esses presidentes da América Latina possuem para essa informação? Eu mostrei aqui exatamente quem controla a informação que está saindo de Gaza. [...] A informação que está saindo de Gaza é distorcida.”
“Eu estou dizendo com 100% de segurança, Israel está atacando o Hamas, Israel está chamando a todos os civis para saírem da zona de conflito, Israel está dando condições para eles receberem ajuda humanitária, mas esse é o objetivo, o objetivo é só o Hamas.”
André aproveitou para explicar que é um erro usar a palavra genocídio para caracterizar esses acontecimentos. Genocídio envolve a eliminação de um povo, de uma tribo e nessa situação há muçulmanos contra muçulmanos, além do quê, Israel não quer a eliminação do povo muçulmano ou dos palestinos, mas tão somente o Hamas, grupo terrorista.
Em um slide, os objetivos de guerra israelenses foram expostos para esclarecer o que se pretende com a invasão da Faixa de Gaza.
Afinal, por que esse cenário de guerra é constante? O conflito entre Israel e Palestina perdura há mais de 70 anos. Desde a fundação do Estado judeu, sucessivas guerras aconteceram.
Saiba que as raízes históricas do conflito remontam ao Império Romano e temos um vídeo que explica o que aconteceu para que qualquer um consiga entender.
Toque aqui para assistir.
Caso prefira ler, confira também este artigo que detalha as origens do conflito: Conflito Israel x Palestina.
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