O Hamas denominou o atentado de Operação Tempestade Al-Aqsa e justificou como um “passo necessário e uma resposta normal a todas as conspirações israelenses contra a população palestina”.
Ainda segundo o grupo terrorista, o rápido colapso do sistema militar israelense pode ter gerado algumas falhas como civis que teriam virado alvo acidentalmente e que muitos israelenses foram vitimados pelo próprio exército de Israel e pela polícia.
Essas afirmações se mostram falsas quando confrontadas com a documentação do dia do ataque. Vídeos mostram membros do Hamas matando civis desarmados, realizando sequestros, práticas de tortura e alvejando corpos de vítimas para certificar de que elas estavam mortas.
Esse posicionamento de que o assasinato de civis foi um acidente, faz parte de uma prática de grupos terroristas de se posicionarem como vítimas após receberem uma retaliação por um ataque realizado.
O professor de Política Internacional, Tanguy Baghdadi, pontua como esse grupo usa essa tática:
“A gente sabe que é um poder muito desigual. Israel tem um poder de fogo muito maior, muitas vezes maior do que o poder do Hamas. O que grupos terroristas e guerrilheiros tentam fazer quando estabelecem um ataque como esse, não é exatamente uma vitória de um para um, mas oferecer uma resistência simbólica em um primeiro momento e a denúncia da opressão.”
Pelo ar, mar e terra. A invasão dos terroristas do Hamas foi feita usando carros, motos, lanchas e parapentes, além dos disparos de mísseis contra o sistema de defesa israelense conhecido como domo de ferro.
Segundo o líder do grupo, Ali Barakeh, a ofensiva foi secreta até dentro do próprio Hamas e apenas um pequeno grupo de pessoas estavam cientes da operação que esperou Israel estar preocupado com os dias festivos em seu país.
O evento referido é a Festa de Sucot, em que o povo judeu relembra a sua história. Também era um sábado, quando os adeptos dessa religião tiram o dia para Deus.
Mísseis foram disparados da Faixa de Gaza em direção a Israel por volta das 06h30. Em grande volume, eles visavam sobrecarregar o sistema de defesa do país. Sirenes foram acionadas em diversas cidades, inclusive em Jerusalém e Tel Aviv. Elas alertavam os cidadãos a correrem para os bunkers, a fim de se protegerem do ataque.
Enquanto o bombardeio chamava atenção do sistema de defesa, o Hamas mobilizou seus membros para fazerem uma invasão por terra ao sul de Israel. A barreira feita com arames, muros e câmeras de Israel foi rompida em instantes.
Essa derrota militar dos israelenses se deu pelo nível de coordenação dos ataques simultâneos. Ao mesmo tempo em que essa barreira terrestre era atravessada, terroristas tentavam entrar voando com parapentes e por barcos.
Soldados israelense foram mortos, assim como terroristas, mas o resultado final foi o ingresso do Hamas dentro do território israelense.
O grupo terrorista utilizou o Telegram para compartilhar as imagens do ocorrido. Algumas mostravam escavadeiras destruindo os muros de defesa.
Segundo as autoridades israelenses, eles atacaram 27 lugares do país, com a ordem de eliminar qualquer alvo que encontrassem.
Próximo à cidade de Re’im, acontecia um festival de música eletrônica que foi interrompido pelo barulho dos mísseis. Em seguida, centenas de pessoas se tornaram vítimas de uma chacina.
Havia brasileiros presentes, um deles era um DJ da festa, Juarez Petrillo, que é pai do também DJ Alok. Outros três eram Rafael, Rafaela e Ranani.
Rafaela e Rafael deram o seu relato para o novo filme da Brasil Paralelo que analisa a guerra entre Israel e o Hamas. Infelizmente, Ranani faleceu no dia assassinado pelos terroristas.
O trio de amigos tentou se proteger em um bunker, mas os terroristas atiraram granadas dentro do esconderijo e em seguida fizeram disparos contra as pessoas que lá estavam. De 48 pessoas escondidas, apenas dez sobreviveram.
Rafaela contou no filme, que estreia no dia 07 de outubro, que ela pensava que morreria como uma judia no holocausto, devido ao calor insuportável e do gás gerado pelas granadas.
Após horas nessa situação, Rafaela ouviu a voz de um homem que gritava perguntando quem estava vivo. Era um soldado do exército israelense que reagia à invasão.
O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, declarou que o país estava em guerra. Os terroristas foram expulsos, mas durante dias a região ficou isolada e a segurança foi reforçada.
Na fuga, eles levaram mais de 150 reféns. Essas pessoas foram vítimas de abuso sexual, tortura e violência psicológica.
Quase um ano após a invasão, cerca de 100 pessoas ainda estão sob o poder do Hamas. Estima-se que 70 delas vivas. Israel anunciou que irá iniciar uma operação no norte de Gaza para libertar os últimos reféns.
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