No ano 1979, o governo da China decretou que as famílias poderiam ter apenas um filho, a fim de retardar o crescimento populacional.
Casais que descumpriam as regras pagavam multas altas, perdiam seus empregos e eram forçados à pratica de abortos, especialmente de bebês do sexo feminino.
Mais de 300 milhões de abortos foram feitos deste a implementação da "política do filho único" da China.
"Prevendo uma crise demográfica como resultado, o governo entendeu que, a longo prazo, a medida reduziria a força de trabalho da China e aumentaria o ônus com saúde e seguridade social", informou a BBC News.
A política do filho único foi cancelada, e em 2016 as famílias ganharam permissão para ter até dois filhos. Mas o período foi insuficiente para equalizar as taxas de natalidade e mortalidade.
Sete anos depois, o país mais populoso do mundo vive agora o maior recuo demográfico em 60 anos.
Em 2022, a população da China foi estimada em 1,4 bilhão de pessoas - queda de 850 mil pessoas em relação a 2021.
Os números foram divulgados nesta terça-feira (17) pelo Escritório Nacional de Estatísticas da China, ligado ao governo.
Segundo a Reuters, a queda na população da China foi a primeira registrada em seis décadas. A última redução foi em 1961, no final do período conhecido como “A Grande Fome”, resultante da política agrícola de Mao Tsé-Tung.
A taxa de natalidade nacional atingiu uma baixa recorde em 2022: foram 6,77 nascimentos para 1.000 mulheres. Em 2021, o índice era de 7,52 para 1.000.
Em 2022, o número de mortes também superou o número de nascimentos.
A China registrou sua maior taxa de mortalidade desde 1976: 7,37 mortes por 1.000 pessoas, ante 7,18 no ano anterior.
Economias desenvolvidas da Ásia, como a Coreia do Sul e o Japão, também viram seu crescimento desacelerar junto à queda nas taxas de natalidade e ao envelhecimento da população.
Em outubro de 2022, o presidente chinês Xi Jinping fez do aumento das taxas de natalidade uma prioridade. O governo passou a oferecer incentivos fiscais e melhores cuidados de saúde da mulher no período gestacional.
Xi Jinping disse em um Congresso do Partido Comunista, que ocorre a cada cinco anos, em Pequim, que seu governo "buscará uma estratégia proativa" em resposta ao envelhecimento da população do país.
1989 foi um ano decisivo na história da China. Mais de 1 milhão de pessoas foram à Tiananmen (Praça da Paz Celestial) protestar contra o Partido Comunista Chinês.
O governo suprimiu os protestos com violência, assassinando milhares de civis desarmados.
Qualquer menção às manifestações de 1989 é proibida pelo governo chinês. A imprensa e a internet do país não permitem que o assunto seja comentado ou que as imagens do ocorrido circulem pela população.
O que ocorreu para que os milhões de manifestantes perdessem a disputa política em 1989? Como o governo chinês conseguiu controlar a população e a imprensa para não noticiarem o massacre de Tiananmen?
Esse é o assunto tratado no filme Tiananmen: O Partido Comunista Contra o Povo, já disponível no streaming da Brasil Paralelo.
Documentos sigilosos foram analisados e testemunhas dos protestos foram abordadas pelos criadores do filme, criando uma das análises mais profundas do regime comunista contemporâneo da China.
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