As sedes dos três poderes da República foram vandalizadas, no último domingo, dia 8, por milhares de manifestantes insatisfeitos com o processo eleitoral de 2022. Houve invasão e depredação do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto.
Desde a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, dezenas de manifestações vinham ocorrendo em diversas cidades do país, incluindo acampamentos na frente de QGs do Exército pedindo por intervenção militar. Desta vez, porém, uma semana após a posse do novo presidente, a situação saiu do controle.
A ação durou cerca de seis horas e gerou reação do poder público, com centenas de prisões e o confinamento de cerca de 1,2 mil pessoas em um ginásio da Polícia Federal, em Brasília.
Durante o ataque, puderam-se observar:
A chegada de um grande número de ônibus em Brasília ao longo do final de semana acendeu a suspeita de que alguma ação pudesse ocorrer, mas as forças de segurança pública parecem não ter conseguido evitar que manifestantes adentrassem os prédios públicos, gerando desordem e destruição.
A partir do ocorrido, uma série de medidas foram tomadas pelas autoridades públicas. Entre elas estão:
Algumas horas após o episódio, o Presidente Lula fez um pronunciamento no qual chamou os manifestantes de fascistas e nazistas, atribuindo a responsabilidade dos atos a Jair Bolsonaro. O ex-presidente, que atualmente encontra-se nos Estados Unidos, publicou uma nota repudiando as ações violentas e rebatendo as acusações sobre sua participação nos protestos.
Os representantes do Executivo, Legislativo e Judiciário emitiram uma nota conjunta de defesa da democracia:
“Os Poderes da República, defensores da democracia e da Carta Constitucional de 1988, rejeitam os atos terroristas, de vandalismo, criminosos e golpistas que aconteceram na tarde de ontem em Brasília.”
A nota é assinada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, pela presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Rosa Weber, pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e pelo presidente em exercício do Senado, Veneziano Vital do Rêgo.
Além disso, ministros do STF se posicionaram individualmente contra o ocorrido, entre eles Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes.
Diversos líderes políticos no exterior se pronunciaram condenando os ataques, como os presidentes dos EUA, Canadá, França, Argentina, Colômbia, Venezuela, entre outros.
Na última década, a Praça dos Três Poderes já foi palco de outras manifestações violentas, como em 2013 e 2017. Em 2013 foram três prisões e 127 pessoas feridas. Desta vez, porém, a extensão dos danos e as consequências dos atos foram bem maiores.
O relógio dado pela corte de Luís XIV a D. João VI foi quebrado.
Os invasores também pintaram um bigode em alusão ao ditador-genocida Adolf Hitler em um quadro de José Bonifácio de Andrada e Silva, conhecido como patriarca da independência do Brasil.
O quadro do pintor modernista Di Cavalcanti foi esfaqueado.
O plenário do Supremo Tribunal Federal foi destruído.
O Palácio do Planalto também foi invadido e depredado.
Além das depredações demonstradas acima, também foi registrada a destruição do busto de Rui Barbosa, grande jurista da história brasileira, de um tapete pertencente ao reinado da Princesa Isabel, de um quadro do pintor Portinari, entre outras obras de arte.
Segundo falas públicas de autoridades como o Presidente Lula e o Min. Alexandre de Moraes, o objetivo imediato é garantir a paz no Distrito Federal, identificar e prender os envolvidos na invasão e investigar possíveis fontes de financiamento e articulação dentro do movimento.
O episódio tem sido alvo de constantes análises da mídia e de influenciadores nas redes sociais, de diversas correntes políticas, preocupados com os rumos da democracia brasileira.
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