Ass mulheres de centro-direita dominaram a presença feminina nas eleições municipais de domingo. Das 10.646 eleitas, apenas 20% não pertencem a partidos direita ou de centro.
Os dados foram divulgados pelo GPS Político. Entre as prefeitas, o número é ainda mais significativo.
Das 714 eleitas, 606 pertencem a partidos de centro ou de direita, totalizando 84% das novas chefias-executivas dos municípios brasileiros.
À esquerda, esse número ficou em 111.
O resultado é favorável para a direita e registra um aumento significativo na participação de mulheres na política nacional.
Considerando o cenário geral, o Brasil terá 11.363 mulheres cumprindo mandato entre 2025 e 2028. O número é 9% maior do que no último pleito municipal, em 2020.
Uma das novas vereadoras eleitas deixou o regime cubano para buscar a liberdade no Brasil. Zoe Martinez (PL) venceu com 60.272 votos, a 13ª mais bem votada em São Paulo.
“É muito gratificante. Para dizer a verdade, até mesmo muito admirável e surpreendente”, declarou Zoe Martinez em entrevista ao jornalista Diego Alejandro.
Zoe tem 25 anos, é apoiadora de Jair Bolsonaro e nasceu em Havana, capital de Cuba, e se declara de direita.
Chegou ao Brasil no início dos anos 2010, depois que os pais conseguiram fugir do regime de Fidel Castro.
Não foi só o aumento de prefeitas e vereadoras que chamou a atenção no GPS partidário. O relatório aponta um crescimento da direita e do centro também entre os homens.
Dos 120 mil eleitos, 36,4% têm posicionamento político contrário à esquerda.
De acordo com o cientista político Rafael Cortez, professor do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), o resultado é um termômetro da força de cada partido pelo país.
"Em alguma medida, a eleição municipal dá a balança de poder com que os partidos vão jogar quando forem construir os seus palanques e suas estratégias eleitorais na disputa nacional", declarou à BBC News Brasil.
Estudos revelam que o pleito municipal costuma ser um bom meio de prever o que acontecerá em 2026. Segundo o professor Cláudio Couto, da Fundação Getúlio Vargas, "o eleitor tende a escolher o deputado que tem capacidade de fazer uma campanha mais forte nos municípios. Quem tem prefeito e vereador trabalhando na sua campanha é claro que tem uma vantagem", afirmou Couto à mesma rede de notícias.
A única exceção nesse caso, seria para presidente.
“Nesse caso, a dinâmica é completamente outra, não obedece a mesma lógica”, finaliza.
A TV Senado apurou que o PSD foi o partido que conquistou mais prefeituras, com 886 vitórias. O segundo lugar ficou com o MDB, que venceu em 852 cidades.
Na esquerda, o PT foi o que mais elegeu prefeitos, com 260 cadeiras.
Os escolhidos tomarão posse no dia 1 de janeiro de 2025 e permanecerão em seus cargos até 31 de dezembro de 2028.
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