O portal Uol News, juntamente com a Folha de São Paulo, realizou nas últimas semanas uma série de sabatinas com os principais candidatos à prefeitura de São Paulo.
A entrevista com a candidata do Partido Novo, Maria Helena, não seguiu o formato das demais, ocorrendo virtualmente em um tempo menor.
Os responsáveis por questionar a candidata foram: Raquel Landim, Josias de Souza e Tales Faria.
O final da entrevista foi marcado por uma tensão. A jornalista Raquel Landin e a candidata protagonizaram uma acirrada discussão sobre aborto.
A entrevistadora acusou Maria Helena de espalhar “desinformação" e a candidata mandou a apresentadora “estudar mais”.
Leia a seguir um apanhado da entrevista.
Em seguida, a candidata foi questionada sobre as supostas restrições ao aborto impostas em hospitais paulistanos.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, enviou, no dia 22 de junho, uma intimação para que os hospitais da prefeitura provassem não limitar os abortos.
O pedido foi realizado após o jurista ter dado um parecer favorável a um pedido do Psol para derrubar uma decisão do Conselho Federal de Medicina (CFM) que proibia a assistolia fetal em gestantes com mais de 22 semanas.
A assistolia fetal consiste em injetar potássio no feto, um procedimento considerado cruel e doloroso.
A pergunta feita por Josias de Souza buscava saber se a candidata respeitaria as determinações do magistrado.
A candidata afirmou que seguiria a lei vigente. Apesar disso, aproveitou a oportunidade para se declarar favorável à norma estabelecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM):
"Tem uma resolução do Conselho Federal de Medicina que não indica um aborto acima de 22 semanas. Porque o feto está com toda a formação necessária e ele pode, sim, na maioria dos casos, sobreviver fora do útero da mãe. Nesses casos, por que não fazer o parto e entregar essa criança para adoção, dado que há tanta gente na fila de espera."
Maria Helena seguiu defendendo a resolução do CFM, porém foi abruptamente interrompida por Raquel Landim, que defendeu a decisão do Ministro.
A apresentadora seguiu acusando a entrevistada de divulgar desinformação, gerando respostas da candidata.
As primeiras perguntas abordaram a relação da candidata com o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está apoiando o atual prefeito Ricardo Nunes.
"Todo apoio é bem-vindo, e o Bolsonaro, hoje, é a maior liderança que nós temos na direita do Brasil. Eu sou, sim, uma mulher, mãe, bem-sucedida, de direita. Então, seria um apoio, sem dúvida, muito bem-vindo, mas ele tem o candidato dele aqui na cidade de São Paulo."
Em seguida, a candidata foi questionada sobre o 8 de janeiro, afirmando não acreditar que tenha se tratado de uma tentativa de golpe.
Após dar sua resposta, a entrevistada foi cortada por Raquel Landim, que fez duros questionamentos sobre as investigações em curso.
"Meu ponto é só o seguinte: não teve nenhuma assinatura de nada, não tem nenhuma prova concreta de nada."
Os entrevistadores perguntaram sobre o papel da candidata à frente da Secretaria de Desestatização durante a gestão Bolsonaro.
Maria Helena respondeu trazendo alguns dos seus resultados no campo:
"O que foi feito em termos de melhora de governança e limpeza, além das privatizações? Estamos falando de, em valores de hoje, cerca de R$300 bilhões em privatizações, o maior programa de privatizações da história desse país. Fora isso, as empresas davam um mega prejuízo para a população, e elas tinham uma dívida maior do que o seu ativo. Terminou que, quando somamos a lucratividade durante os 4 anos da gestão do Guedes, mais ativo e queda de passivo, estamos falando de R$1 trilhão e 300 bilhões."
Maria Helena foi perguntada sobre seu apoio ao fortalecimento da Guarda Civil Metropolitana (GCM).
A candidata afirmou acreditar na necessidade de integração entre as polícias militares, organizadas pelo governo estadual, e as GCMs, sob comando da prefeitura:
“A minha questão é a seguinte: a prefeitura precisa ter protagonismo se de fato queremos garantir a sensação de segurança para a nossa população. E tem que haver integração entre a polícia militar e a Guarda Civil”.
Maria Helena questionou em diversos momentos o tempo limitado que recebeu em comparação aos demais candidatos e o foco em questões nacionais que os entrevistadores trouxeram.
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