“Por que eu parei de usar pronomes neutros?”, a jornalista Megyn Kelly abriu seu programa na última sexta-feira (02) respondendo essa pergunta. A comentarista política e apresentadora americana apontou porque mudou de posição em relação à luta transgênero e afirmou que o “crescimento da ideologia trans” a motivou a mudar.
“Nos anos 2000 eu fui uma defensora deles [ativistas transgêneros]. Pareciam inofensivos, não podiam causar nenhum dano e eu não os queria ofender”.
De 2004 a 2017, Kelly foi âncora do canal Fox News e de 2017 a 2018 apresentadora na NBC News. Em sua fala ela dividiu como o ativismo transgênero impactou sua carreira, sua vida pessoal e a de sua família.
“Em 2016, estavam debatendo leis para impedir que pessoas transgêneros pudessem acessar banheiros do sexo que se reconheciam, eu escondi o tema dos editoriais por me aliar ao movimento transgênero. Essas pessoas não estão incomodando ninguém, porque incomodá-las? Eu não vi nenhum dano que isto poderia causar.”
A apresentadora militou pela causa em seus programas.
“Em 2018, na NBC, eu fui a host de programas com pessoas transgêneros, um deles inclusive tinha um segmento de ‘crianças transgêneros’. Eu liderei a audiência para aplaudi-los e encorajá-los para que aceitassem ser quem são.
Eu queria apoiar aqueles que sofriam, eu não vi dano algum em aceitá-los”.
Mas a apresentadora revela que percebia os sinais de que a questão de gênero se tornaria um problema.
“Em 2020, os sinais estavam por todos os lados sobre os problemas de transição de gênero”.
O ponto que fez Megyn Kelly se questionar se apoiava de fato a ideologia de gênero foi a questão dos atletas trans. Homens que se identificavam como mulheres passaram a dominar os recordes nos esportes femininos nos Estados Unidos.
“Quando eu cometi o deslize de chamar os atletas trans de homens biológicos, me retrucaram afirmando que isso era ofensivo. Eu tentei me justificar dizendo que era uma tentativa de esclarecer as coisas, mas comecei a me questionar sobre todo esse policiamento de linguagem. Por que eu deveria negar a realidade para ser educada?”
A apresentadora dividiu que, enquanto o problema dos transgêneros escalava nos esportes, as escolas de Nova York começaram a empurrar a força a teoria de gênero para seus filhos e as demais crianças.
“Escolas, como as de nossa Nova York começaram a empurrar a ideia de que gênero é algo maleável como um menu de restaurante. Nossos filhos na terceira série eram constantemente questionados se estavam certos de que eram garotos. Depois, os termos garotos e garotas foram abolidos das escolas, os pais não iam às escolas mais buscar seus filhos ou filhas, mas sim seus estudantes.
Crianças insatisfeitas com seus corpos eram imediatamente tidas como trans, ignorando o fato que 90% das crianças vão crescer e superar esses sentimentos se apenas lhe permitirem amadurecer.
As escolas facilitaram e ajudaram crianças em suas transições de gênero fornecendo nomes e mudanças de guarda-roupas, enquanto implementavam políticas para manter tudo isso em segredo dos seus pais. As crianças precisavam ser protegidas daqueles que mais os amam.”
O problema alcançou um novo patamar, na visão de Kelly. Em 2021, ela mudou-se com a sua família para Connecticut pois não queria que os filhos crescessem educados com base nas teorias de gênero. Mas os danos que ela não enxergava no movimento de gênero começaram a aparecer.
“Em 2021, eu me mudei com minha família para Connecticut e aí que o terremoto irrompeu. Dificilmente um dia se passou sem que o noticiário tivesse uma história de uma prisioneira estuprada por um criminoso que convenientemente declarou-se trans logo antes de ser preso.
Nos noticiários, ciclistas perdendo competições para homens biológicos que venceram a competição e sumiram com os prêmios em dinheiro.
Associações pediátricas adotando ‘cuidados de afirmação de gênero’ como única solução possível para crianças sofrendo de qualquer possibilidade de confusão de gênero.
Um garoto de vestido, violentamente estuprando uma menina num colégio na Virginia, enquanto a administração tentou encobrir o caso.
Uma atleta de vôlei com danos permanentes depois que um atleta trans a atingiu com uma bolada após um corte com força excessiva.
Hospitais se gabando do quanto faturaram com cirurgias de gênero, inclusive em adolescentes.
Adolescentes celebrando seus seios amputados antes dos 16 anos, eliminando para sempre a capacidade de amamentar. Crianças com tantos bloqueadores hormonais que são incapazes de reproduzir e atingir o prazer sexual. Tudo isto enquanto seus pais e médicos afirmam ‘tudo isto foi com o consentimento deles’.”
“Aos poucos, vamos conhecendo pessoas que voltaram atrás na transição, pessoas corajosas o suficiente para assumir que a mudança foi um erro. Crianças que apenas estavam ansiosas, tristes ou até crianças no espectro do autismo empurradas às pressas para uma transição de gênero que parece mais uma agenda política do que uma preocupação legítima com a saúde mental das pessoas.”
Um dos casos mais notórios do movimento transgênero foi o do nadador William Thomas, depois da transição Lia Thomas. Até os 20 anos considerou-se homem e disputou torneios de natação contra outros homens, alcançado a classificação de 462º em sua liga.
Aos 21, Will Thomas fez a transição para Lia Thomas, daí em diante, passou a vencer todos os torneios que disputou.
Na Ivy League Women's Championship, Lia Thomas venceu os 500 metros rasos com 7 segundos de diferença para a segunda colocada.
Diversas pessoas tentaram reclamar, mas foram caladas, segundo Kelly. Segundo a apresentadora, Lia concedeu uma entrevista dividindo como se sentia bem derrotando as outras competidoras.
Em um dos campeonatos da NCAA, Lia Thomas empatou com a nadadora Riley Gaines. As duas conseguiram empatar em primeiro lugar, mas Thomas ficou com o troféu.
No pódio, Gaines não reclamou, mas uma semana depois ela criou coragem e expôs seu lado do caso. A nadadora foi agredida fisicamente por ativistas transgêneros.
“Kellie-Jay Keen, advogada para os direitos das mulheres, também foi alvo repetidas vezes do movimento trans. Na Nova Zelândia ela foi atacada com suco de tomate e seria agredida pelo grupo de manifestantes, não fosse pela intervenção da polícia.”
“E lá estava eu, junto com milhões de outros vendo: aí está a ameaça, aí está o dano!
Está mais que na hora de se levantar contra o lobby trans que busca privar as mulheres de seus espaços e seus direitos, aos homens que apenas se dizem trans para acessar espaços de sororidade conquistados por mulheres fortes, aos homens que deixaram seus cabelos crescer, colocaram vestidos e filtros no tiktok e nos ameaçaram as mulheres se não os permitíssemos que entrassem em nossos espaços, ao mutilamento precoce de nossas crianças por médicos orientados apenas pelo dinheiro, ao estupro continuo de nossas irmãs nas cadeias e ao roubo de nossas medalhas e oportunidades de vitórias.
Como podemos nos levantar contra tudo isso se somos coniventes? Como podemos lutar pelos fatos se defendemos essa ficção de que um homem pode se tornar uma mulher, que a transição é possível
Isso não faz sentido porque não é verdade, e nós sabemos que não é. E manter essa mentira está machucando muita gente, principalmente meninas e mulheres.
Eles dizem que pronomes são um droga de entrada, eles abrem as portas para essas mentiras que levam a danos reais, a pessoas reais, a mulheres de verdade”.
Megyn Kelly explica que não defende algo que seja contra as pessoas transgêneros. “Pessoas com disforia de gênero podem se articular para criar seus espaços e eu os apoiarei, para criar suas categorias abertas nos esportes, eu os apoiarei”.
“O problema não é mulheres perdem nos esportes, o problema é: garotas saem feridas, mulheres perdem seu senso inato de prazer de passar tempo com apenas mulheres.
Crianças também devem ter a liberdade de crescer e como adultos escolher o que são, mas crianças não devem estar submetidas aos riscos das agressivas transições de gênero nem na escola e nem nas mãos de ditos médicos. As clínicas que permitem isso devem parar ou serem fechadas”.
A apresentadora conclui e explica porque não usa pronomes neutros:
“Por todas essas razões eu resolvi basear minhas conversas sobre gênero nos mesmos valores que já governam minha vida: verdade e realidade, eu não usarei pronomes preferidos, uma decisão baseada no direito das mulheres e na segurança das crianças”.
Os movimentos sociais pautam o debate público, são responsáveis por cancelamentos, carreiras encerradas e o silenciamento de vozes dissidentes. Muito se fala sobre o que criticam, mas pouco se fala sobre as origens de suas ideias.
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