Jair Bolsonaro afirmou que em caso de segundo turno em São Paulo apoiará qualquer candidato contra o psolista Guilherme Boulos. A declaração foi realizada na manhã deste domingo, dia 6 de outubro. O ex-presidente chegou por volta das 9h20 da manhã, na escola municipal Rosa da Fonseca, na Vila Militar, zona oeste do Rio de Janeiro.
No entanto, afirmou também que, em um cenário sem Ricardo Nunes (MDB), apoiaria Marçal:
“Em São Paulo, há uma situação nova: um garoto novo do PRTB meio polêmico. Vamos ver como o povo decide”, afirmou.
O presidente enfatizou que político tem de ter palavra e relembrou uma das várias polêmicas que protagonizou com Marçal ao longo do período eleitoral:
“Depois do encontro, ele afirmou ao Estado de SP que eu o apoiaria. Não falei isso. O vice do Nunes é meu”.
Aos jornalistas também afirmou que o candidato do PRTB precisa ser mais cauteloso:
“Ele (Marçal) é extremamente inteligente, mas falei que tem que segurar um pouquinho. Precisa de moderação. Ele gosta de polêmica, de fazer vídeo para corte”.
Bolsonaro votou ao lado dos filhos Carlos e Flávio Bolsonaro. Ele também circulou ao lado de Alexandre Ramagem, candidato do PL, que ocupa a segunda posição no Rio de Janeiro.
Lula votou em seu berço político, São Bernardo do Campo. O presidente compareceu às urnas eleitorais acompanhado pelo candidato do PT na cidade, Luiz Fernando.
O presidente afirmou que este é um dia especial para a democracia brasileira. Criticou também as notícias falsas durante o período eleitoral:
“Agora, há o surgimento de Fake News, surgimento de candidatos que não tem compromisso, a não ser inventar histórias”.
O ministro Alexandre Padilha, que acompanhou Lula na votação em São Bernardo, falou especificamente sobre a polêmica envolvendo o candidato Pablo Marçal:
“O ato de sexta-feira do candidato, Pablo Marçal, de disseminar um laudo falso, assinado por um médico que nem vivo está mais, até a assinatura parece ser falso, é uma tentativa de perverter o processo democrático brasileiro”, disse, em referência à polêmica sobre o laudo médico apresentado por Boulos.
Ao longo de toda a campanha, Lula (PT) declarou apoio a Guilherme Boulos, candidato do Psol.
Em junho de 2024, Boulos e Lula foram condenados ao pagamento de multas pela realização de campanha antecipada para o candidato do Psol.
Em discurso realizado no dia do trabalho, Lula chegou a afirmar que:
“E eu vou fazer um apelo: cada pessoa que votou no Lula em 89, em 94, em 98, em 2006, em 2010, em 2022, tem que votar no Boulos para prefeito de São Paulo.”
A campanha de Boulos recebeu severas críticas pela falta de participação direta do presidente nos atos eleitorais.
Hoje, Lula e Boulos almoçaram juntos:
“Vou para a minha casa, com a minha esposa, ficar um pouquinho lá e depois vou almoçar com o presidente Lula, porque hoje é aniversário dele”, afirmou Boulos, após ter saído da votação.
O candidato disputa com Nunes e Marçal a liderança nas intenções de votos em São Paulo.
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