Em uma guerra, a primeira baixa é sempre a verdade. E no caso da entre Israel e a Palestina, a guerra de narrativas pode piorar a situação.
A guerra ganhou um novo capítulo no ano passado, quando membros do Hamas invadiram o território israelense e mataram milhares de pessoas.
A rede de notícias Al Jazeera lançou um documentário investigativo sobre o atentado, focando especialmente no fator surpresa da ofensiva. A análise foi feita em parceria com o Intercept Brasil.
O filme apresenta as diferentes perspectivas dos envolvidos na guerra. A análise proposta pelo filme é de que o ataque do Hamas em Gaza foi usado como justificativa para a extrema violência contra famílias inteiras em Israel.
Nem mesmo crianças foram poupadas das estratégias que envolviam sequestros, estupros e até assassinatos de israelenses.
O vídeo da Al Jazeera é dublado em português e está disponível gratuitamente no Youtube.
Em determinado momento, um dos membros do Hamas declara que seus companheiros se sentiam silenciados.
Bassem Naaim relatou que as ofensivas dos terroristas foram para evitar a exclusão da Palestina do cenário mundial.
“A situação em Gaza está prestes a explodir. E se isso acontecer, nunca permitiremos que exploda dentro das cidades. Vamos direcioná-las para a fronteira, para aqueles que estão prendendo, oprimindo e sitiando nosso povo”.
O documentário revela que o Hamas divulgou vídeos do treinamento de seus ativistas, acessados pelo exército israelense. No entanto, Israel teria ignorado o aviso, achando que os terroristas não teriam poder para tal ofensiva.
Na madrugada de 7 de outubro, os terroristas se reuniram em locais pré-determinados pelas lideranças. Só então, receberam as instruções do que deveria ser feito.
“Nenhum deles tinha ideia de que a operação aconteceria naquele dia. Apenas um seleto grupo militar e poucos membros da cúpula política sabiam o que iria acontecer”, declarou Naaim.
Desde o momento que as primeiras informações começaram a chegar, Israel subestimou os ataques.
De acordo com um dos conselheiros do Departamento Israelense de Segurança Nacional, professor Chuck Froelich, as Forças de Defesa de Israel duvidaram de que os ataques alcançariam as proporções que alcançaram:
“O exército não foi colocado de prontidão, o que seria o normal na situação. Os militares acreditavam que o Hamas tinha problemas maiores para armar um ataque contra Israel”, afirmou um dos entrevistados.
Por volta das 6h30 da manhã, o massacre começou. A facilidade com que entraram em Israel chocou até mesmo os combatentes do Hamas.
Lá, famílias inteiras foram encurraladas dentro de casa. O secretário de Estado Israelense, Antony J. Blinken, conta sobre um homem que ficou cedo na guerra enquanto sua esposa foi mutilada. Sua filha teve os tornozelos cortados. Só depois, foram mortos.
Ações assim já estavam ocorrendo enquanto Israel se organizava para montar uma contraofensiva.
O filme termina com uma perspectiva sobre o que acontece na Faixa de Gaza, com crianças e mulheres sem acesso a tratamentos básicos de saúde. No entanto, não deixa claro quem são os responsáveis pela guerra
Batizado de “7 de outubro”, o documentário pode ser uma fonte de informações para quem deseja formar sua opinião sobre o que realmente está acontecendo em Gaza.
No entanto, transmite uma impressão mais favorável à causa palestina do que israelense.
Resta ao espectador a missão de analisar os fatos e juntar as peças para concluir qual é a verdade.
Quer entender a guerra entre Israel e a Palestina de modo profundo e imparcial? Clique aqui e assista From the River to the Sea.
Cupom aplicado 37% OFF
Cupom aplicado 62% OFF
MAIOR DESCONTO
Cupom aplicado 54% OFF
Assine e tenha 12 meses de acesso a todo o catálogo e aos próximos lançamentos da BP