A última curiosidade da lista mostra palavras da Princesa Isabel que poucas pessoas conhecem. E pensar que o santuário que hoje recebe quase 12 milhões de pessoas ao longo do ano começou com uma primeira igreja onde nem se celebrava missa, em 1743.
Posteriormente, uma igreja maior foi construída em uma terra doada por uma viúva logo no ano seguinte. O primeiro santuário foi construído com taipa e pilão, por isso não resistiu ao tempo, apresentando risco de desmoronamento em menos de 100 anos da sua fundação.
Hoje, o cenário é diferente e as possibilidades são muitas. Confira.
Considerado o maior templo católico do Brasil, a nova Basílica foi construída no século XX, tendo suas atividades iniciadas em 03 de outubro de 1982. Naquele dia, a imagem achada pelos pescadores no rio Paraíba foi trasladada para o novo prédio que tem 70 metros de altura em sua Cúpula Central, a qual possui um mirante que pode ser visitado através de tour guiado. Lá fica o museu Nossa Senhora Aparecida, no qual o visitante tem acesso a história do templo.
Nele, estão expostos todos os mantos que já cobriram a imagem desde que foi encontrada nas águas do rio Paraíba.
Em 1978, um jovem chamado Rogério Marcos invadiu a igreja e conseguiu pegar a imagem de Nossa Senhora Aparecida transformando-a em cacos e poeira. Uma restauração foi então realizada no MASP no mesmo ano. Outros danos menores também foram causados por tentativas posteriores de retirar moldes.
O local contém ainda amostras da água e da areia preta do fundo do rio, responsável pela aparência preta do rosto da imagem.
O tour tem o valor de R$15,00 por pessoa e o tempo de visitação é de 1h30Min em grupos de até 25 pessoas. Também é possível acessar um jardim suspenso.
O Santuário tem a capacidade de receber até 40 mil pessoas em cada missa e começa a recuperar a visitação do período pré-pandemia. Antes da crise, a média anual era de 12 milhões de visitantes. Em 2019, último ano antes do início das quarentenas e isolamentos, o Santuário Nacional foi visitado por 11.963.635 de devotos.
Entre janeiro e dezembro de 2023, o local recebeu mais de 8 milhões de peregrinos, 84% deles aos finais de semana. O mês preferido dos visitantes foi o de setembro, quando o país teve um feriado prolongado que durou do dia 7 ao dia 10 daquele mês.
Em 2022, o Santuário manteve a média de 8 milhões de peregrinos, superando em 60% o ano anterior, em que a média de visitação foi de 5.014.815 pessoas. A média foi 139% maior do que em 2020, primeiro ano de pandemia da Covid-19 no país, em que 3.371.127 de visitantes foram até o santuário.
Conhecida como “Basílica Nova”, o atual santuário foi consagrado pelo Papa São João Paulo II em 1980. Três anos depois, o local foi declarado como “Santuário Nacional” pela Confederação dos Bispos do Brasil (CNBB).
Bento XVI foi o segundo Papa a visitar o local. A visita foi em 2007 durante a abertura da V Conferência Episcopal Latino-americana do e do Caribe.
Durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Rio 2013, o Papa Francisco esteve no santuário para visitar a imagem, como parte de sua visita ao Brasil.
Os papas Francisco, Bento XVI e João Paulo II. Imagem: CNBB.
Qualquer pessoa pode realizar pesquisas no acervo de memória do santuário. É preciso agendar previamente e se cadastrar pelo Telefone (12) 3104-1559. São mais de 20 mil imagens, slides, filmes e negativos que contam a história do santuário, que faz parte da história do próprio Brasil.
No ano de 1868, a princesa Isabel enfrentava dificuldades para engravidar. Buscando a intercessão de Nossa Senhora, viajou até Aparecida para pedir a graça de ter um filho. Pouco tempo depois, deu à luz seu primogênito, Pedro. Isabel e seu marido tiveram mais três filhos.
Isabel foi expulsa do país após a Proclamação da República, em 1889. Antes de partir, porém, mandou fazer para Nossa Senhora Aparecida uma réplica em miniatura da coroa que usaria como imperatriz. Junto à joia, enviou um bilhete que dizia:
“Eu, diante de Vós, sou uma Princesa da terra e me curvo, pois és a Rainha do Céu e Te dou tão pobre presente que é uma coroa que seria igual à minha, e se eu não me sentar no Trono do Brasil, rogo que a Senhora se sente nele por mim e governe perpetuamente o Brasil”.
A coroa permanece sobre a cabeça da imagem, que está em exibição na Basílica Nova.
O Santuário Nacional funciona todos os dias sendo de segunda a quinta-feira de 9h às 17h; sexta feira de 9h às 18h; sábado de 8h às 18h e domingo de 8h às 17h.
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