Volodymyr Zelensky é o atual presidente da Ucrânia, tendo sido empossado em 20 de maio de 2019. Sua campanha pregava a paz e o fim da corrupção, mas o que poucos ucranianos esperavam é que ele lideraria as forças armadas no maior conflito da Europa desde a Segunda Guerra Mundial: a guerra contra a Rússia.
Zelensky foi eleito com a promessa de varrer a corrupção endêmica gerada pelos antigos oligarcas soviéticos. Outra de suas promessas era encerrar a crescente hostilidade com a Rússia, que havia culminado na guerra de Donbass.
Sua fama se deu graças à carreira como comediante e ator, especialmente na série Servo do Povo, em que interpretou um candidato improvável na eleição presidencial.
O roteiro virou realidade: o Partido Servo do Povo foi criado e Zelensky se candidatou à presidência mesmo sem ter participado de nenhum cargo político.
Ele não apresentou um plano de governo, tendo usado as redes sociais para publicar algumas propostas. A população deu seu voto de confiança, mas a realidade se mostrou complexa.
Em 2022, Zelensky foi eleito a pessoa do ano pela revista Time devido a sua resistência à invasão russa. Muitos o consideram um herói por ter recusado a proposta dos EUA de asilo político e ter ficado para lutar.
Suas atitudes criaram um mito em torno de sua figura, apoiada por muitos ucranianos. No entanto, seu governo apresentou escândalos que podem fazer sua campanha cair por terra:
Esses e outros escândalos promovidos por Zelensky passaram a revelar uma Face Oculta pouco apresentada na mídia, algo que apenas uma escavação cuidadosa poderia promover, e foi isso que foi feito no Original BP Face Oculta.
Ao longo da vida, muitas pessoas são criadas para acreditar em ídolos, ouvir narrativas que transformam homens, movimentos e instituições em entidades inquestionáveis. A história completa, porém, muitas vezes é muito diferente.
Para lançar luz ao que foi escondido, a Brasil Paralelo tem exposto os segredos dessas figuras com o programa Face Oculta.
Um dos novos episódios que serão publicados no canal do YouTube da Brasil Paralelo revelam fatos pouco divulgados sobre Volodymyr Zelensky.
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Acompanhe o artigo para saber mais sobre a vida de Volodomyr Zelensky.
Volodymyr Oleksandrovych Zelensky nasceu em 25 de janeiro de 1978, em Kryvyi Rih, na então República Socialista Soviética da Ucrânia, parte da União Soviética (atual Ucrânia).
Sua família é judia não praticante, assim como o próprio Zelensky. Seu pai, Oleksandr Zelensky, é professor universitário e chefe do Departamento de Cibernética e Hardware de Computadores, enquanto sua mãe, Rymma Zelenska, trabalhou como engenheira.
Durante a infância, Zelensky viveu por um tempo em Erdenet, na Mongólia, onde seu pai trabalhava. Ele retornou à Ucrânia e frequentou o ensino médio em Kryvyi Rih. Desde cedo, mostrou aptidão para a comédia e o entretenimento, mas também focou em sua formação acadêmica, obtendo um diploma em Direito pela Universidade Nacional de Economia de Kiev.
No entanto, ele nunca trabalhou como advogado, pois seu interesse sempre esteve voltado para a atuação.
Zelensky começou sua carreira no entretenimento no final dos anos 1990, participando de competições de teatro e comédia estudantil. Sua habilidade natural para o humor e a improvisação logo o destacou no cenário local, levando-o a integrar pequenos grupos teatrais que se apresentavam em festivais de comédia da antiga União Soviética.
Seu talento chamou a atenção no famoso programa competitivo de humor KVN ("Klub Vesyólykh i Nakhódchivykh" ou "Clube dos Engraçados e Inventivos"), uma espécie de liga de comédia muito popular entre os países pós-soviéticos.
Representando sua cidade e, posteriormente, a Ucrânia, Zelensky começou a se consolidar como uma figura carismática e divertida. Seu estilo cômico, muitas vezes sarcástico e focado em críticas sociais sutis, rapidamente conquistou o público.
Com o tempo, ele fundou, ao lado de colegas, o grupo de comédia Kvartal 95 em 1997. Inicialmente, o grupo focava em esquetes e apresentações ao vivo, mas logo expandiu suas atividades para programas televisivos, shows e até roteiros cinematográficos.
O Kvartal 95 tornou-se um dos principais nomes do humor na Ucrânia, conhecido por seu estilo leve, crítico e acessível.
Na década de 2000, Zelensky começou a atuar em produções cinematográficas, especialmente comédias românticas, como "Love in the Big City" (2009) e "8 First Dates" (2012).
Sua presença nos cinemas ajudou a ampliar ainda mais sua popularidade, transformando-o em uma figura querida na Ucrânia e em outros países da antiga União Soviética. Ao mesmo tempo, o grupo Kvartal 95 expandia sua influência, produzindo shows de televisão e filmes de sucesso.
O ponto alto de sua carreira artística veio em 2015, quando estrelou a série de TV "Servant of the People" (Sluga Narodu). Na trama, Zelensky interpretava Vasyl Holoborodko, um professor de história comum que, após viralizar criticando a corrupção política em um vídeo, é eleito presidente da Ucrânia.
A série foi um sucesso imenso, não apenas pela qualidade do humor, mas pela crítica direta à corrupção política e à falta de representatividade.
O sucesso de Servant of the People foi tão grande que extrapolou as telas, abrindo caminho para sua transição real para a política anos depois.
A transição de Volodymyr Zelensky do entretenimento para a política foi tão inesperada quanto impactante, transformando-o de comediante e ator querido em um líder político reconhecido mundialmente.
Sua trajetória política começou em meio a uma onda de descontentamento popular com a elite política tradicional da Ucrânia, marcada por corrupção, falta de renovação e uma crescente crise econômica e territorial.
O cenário político era dominado por figuras tradicionais, como o então presidente Petro Poroshenko, que, apesar de prometer reformas, foi criticado por sua incapacidade de combater a corrupção de forma eficaz e por estagnação em questões econômicas.
Ao mesmo tempo, o público demonstrava crescente desilusão com a política. Nesse contexto, a imagem de Zelensky como alguém de fora do sistema político, mas profundamente conectado à voz do povo, começou a ganhar força.
A série televisiva Servant of the People, lançada em 2015, desempenhou um papel fundamental em sua transição política. Zelensky interpretava Vasyl Holoborodko, um professor comum que, sem qualquer experiência política, é eleito presidente após um discurso anticorrupção viralizar.
O sucesso do programa foi tão grande que não apenas consolidou Zelensky como uma figura amada, mas também criou uma marca política poderosa.
Em 2018, a equipe de Zelensky registrou o nome Servant of the People como um partido político, sinalizando que algo maior estava por vir.
Zelensky anunciou oficialmente sua candidatura à presidência em 31 de dezembro de 2018, durante um discurso transmitido pela televisão. Sua entrada na corrida eleitoral surpreendeu muitos, especialmente porque ele não possuía nenhuma experiência política formal.
Ele apostou em uma campanha inovadora, simples e próxima do eleitorado:
No segundo turno das eleições de abril de 2019, Zelensky venceu o então presidente Petro Poroshenko com 73% dos votos em sua primeira candidatura política. Zelensky foi apoiado especialmente por jovens, trabalhadores urbanos e aqueles insatisfeitos com a classe política tradicional.
Zelensky promoveu algumas reformas econômicas com o objetivo de modernizar a Ucrânia:
Em suas medidas políticas, as ações Zelensky geraram debates acerca de suas intenções.
A criação de tribunais anticorrupção e a centralização de poder foram realizadas com a justificativa de combater a ilegalidade e manter a ordem, mas muitos afirmam que essas medidas podem ser tidas como concentração de poder.
Em 2021, foi aprovada uma lei que classifica formalmente indivíduos como "oligarcas" com base em critérios econômicos e de influência política. A lei busca restringir sua participação em processos governamentais, mídia e grandes contratos estatais.
Críticos afirmam que a Lei Antioligárquica pode ser usada seletivamente para perseguir adversários políticos, enfraquecendo o equilíbrio democrático.
Alguns fatos são apontados como provas do perigo das medidas de Zelensky:
Em 2014, separatistas russos possivelmente apoiados pela Rússia dominaram o território ucraniano da Crimeia. Em 2019, separatistas russos iniciaram conflitos militares na cidade de Donbass.
A situação já era de conflito, mas as autoridades russas afirmavam estar abertas ao diálogo. Um porta-voz de Putin afirmou que o principal interesse russo na eleição ucraniana de 2019 era ver um candidato disposto a resolver o conflito, e o próprio Putin sustentando que Donbas era uma questão interna da Ucrânia.
Na análise do ex-presidente do Cazaquistão, Nursultan Nazarbayev, àquela altura a Rússia estava disposta a negociar, e retiraria o apoio aos separatistas de Donbas em troca, por exemplo, da garantia de que a Ucrânia não se juntasse à OTAN.
Desde o fim da Guerra Fria, os EUA e a Rússia tinham um acordo de paz, conquanto a OTAN não avançasse para o Leste Europeu, o que poderia ser uma ameaça para o território russo.
A OTAN não cumpriu o pacto e avançou. A Ucrânia seria o maior avanço, fazendo com que mísseis intercontinentais estivessem na fronteira da Rússia.
Empossado presidente, os esforços de Zelensky se concentraram na elaboração de um acordo nos moldes do fracassado Protocolo de Minsk que, assinado em 2014 pela Ucrânia, pela Rússia e por representantes das auto-declaradas República Popular de Donetsk e República Popular de Lugansk, implementava cessar-fogo e a retirada de armas pesadas, entre outras iniciativas para arrefecimento do conflito. O novo acordo chegou a ter seus passos iniciais efetivados com uma troca de prisioneiros em setembro de 2019 e com a aceitação, por Zelensky, de uma demanda central de Putin: o recuo das tropas ucranianas da linha de contato com Donbas.
Entretanto, esse seria o auge do progresso de Zelensky em direção à paz, após o qual um desconcertante declínio seria observado. Poucos meses depois, em dezembro de 2019, o discurso de Zelensky já estava reformulado, com o Estado ucraniano disposto a ceder menos às Repúblicas separatistas de Donbas e se mostrando menos interessado em um desengajamento militar imediato.
No início de 2021, tropas ucranianas já retornavam para a linha de contato com Donbas, violando o acordo com Putin.
Em 2022, Zelensky usou os poderes de exceção concedidos pela Lei Marcial para suspender a atividade de 11 partidos políticos acusados de manter vínculos com a Rússia, e para fechar veículos de imprensa pró-Rússia, instituindo uma “política de informação unificada” no país, em que todos os canais de notícias passaram a ser obrigados a transmitir as mesmas informações.
A medida foi criticada por políticos ucranianos como autoritária. Um deputado do partido Solidariedade Europeia, também fundador de um canal afetado pelo decreto, classificou a decisão de “ilegal e injusta”. Segundo ele, “o povo está lutando pela liberdade, não pela ditadura”.
Zelensky quebrou o acordo e pediu para ingressar na OTAN e na União Europeia. Nessas circunstâncias, Putin invadiu a Ucrânia em 2022, iniciando o maior conflito militar da Europa desde a II Guerra Mundial.
O presidente ucraniano explorou o antagonismo entre o Ocidente e a Rússia. A destruição de um avião da Malasya Airlines por rebeldes pró-Rússia no contexto da guerra de Donbas, que matou centenas de cidadãos europeus e um norte-americano, foi um dos pontos explorados.
A aproximação com a Europa Ocidental e o ingresso na União Europeia eram sonhos antigos da Ucrânia, já representados, até mesmo, em uma cena de humor da série Servant of the People.
As iniciativas deram certo e ele conseguiu o apoio do Ocidente, recebendo armas, munições e soldados.
Com tropas motivadas e o apoio moral, bélico e financeiro das potências ocidentais, Zelensky liderou a improvável resistência à invasão, conseguindo frustrar a expectativa de rápido avanço das forças russas e obrigando Putin a empenhar mais dinheiro e esforços na ofensiva.
Porém, juntamente com a resistência ucraniana veio o prolongamento da guerra e as novas buscas de Zelensky, com apetite cada vez mais insaciável, por ajuda do Ocidente.
Em uma sequência de progressos e recuos de ambos os lados, ao custo de um milhão de pessoas mortas ou feridas, a guerra segue sem perspectiva de desfecho, enquanto a Ucrânia só vê aumentar sua dependência de doações estrangeiras, assim como a agressividade e a ambição nos discursos de seu líder.
Atuando contra o discurso de pacificação e diplomacia que tinha prometido na campanha, Zelensky fechou a diplomacia e passou a falar em “vitória completa", demonstrando vontade de prosseguir com a guerra.
Enquanto isso, a falta de perspectiva para o fim da guerra acarreta a falta de perspectiva também para o fim do mandato de Zelensky.
A lei marcial em vigor na Ucrânia impede que eleições sejam convocadas, afinal, o enfraquecimento do país por um evento tão divisivo quanto eleições presidenciais poderia ser fatal em tempos de guerra.
Grande parte da população, dedicada ao cumprimento de seus deveres militares, estaria impedida de votar, assim como os milhões de refugiados que saíram do país. Zelensky foi empossado em 2019 para governar até maio de 2024, porém, ainda permanece no poder sabendo que tão longo será seu mandato quanto longa for a guerra.
Com apoio ostensivo do Ocidente, a imagem de herói propagada mundo afora e uma presidência sem prazo para acabar.
O professor de relações internacionais Michel Desch afirmou que Zelensky poderia estar se sentindo mais confortável no cenário de guerra do que se sentiria em um cenário de paz, alertando a população para uma escalada autoritária.
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