Recentemente, o Vaticano anunciou a canonização de um jovem que tem despertado o interesse de muitos católicos ao redor do mundo. Trata-se de Carlo Acutis, nascido na Inglaterra e criado na Itália, que faleceu em 2006, aos 15 anos de idade.
Desde cedo, Carlo demonstrou um profundo interesse pela religião, apesar de sua família não ser praticante. Influenciado por sua babá, chamada Beata, ele começou a rezar o rosário e a desenvolver uma devoção especial pela Eucaristia.
Desde cedo se aproximou da Igreja e dos Padres e Freiras das suas instituições de ensino. Sua fé fez com que realizasse a primeira Eucaristia aos sete anos de idade devido a uma dispensa especial que conseguiu para comungar mais cedo que o normal.
Aos nove anos, Carlo passou a se interessar por informática, dedicando-se a estudar manuais e trabalhar em projetos voltados a auxiliar instituições e ordens religiosas.
Entre esses projetos, ele idealizou e organizou uma pesquisa que resultou no site "Miracoli Eucaristici" (Milagres Eucarísticos), reunindo informações sobre relatos de milagres eucarísticos ao longo da história.
Carlo também cultivou uma prática de caridade, destinando suas economias, como mesadas e presentes, para ajudar os pobres. Essa dedicação foi evidente durante seu velório, que contou com a presença de muitos daqueles que haviam sido ajudados por ele.
Um de seus cuidadores conta que Carlo chegou a doar todos os seus pares de tênis excedentes para os moradores de rua, ficando com apenas 1 par para si.
Carlo faleceu precocemente devido a uma leucemia M3, também conhecida como leucemia fulminante, que o acometeu de forma rápida.
Segundo relatos de testemunhas, seus últimos momentos foram marcados por serenidade e aceitação, com Carlo demonstrando estar consciente de sua fé e de seu destino.
Após sua morte, a devoção ao jovem Carlo Acutis cresceu significativamente, atraindo peregrinos de várias partes do mundo.
Um dos eventos que impulsionaram sua beatificação ocorreu no Brasil, onde uma família atribuiu a ele a cura de um garoto que sofria de pâncreas anular, uma condição em que o pâncreas se desenvolve errado, fechando o intestino por fora.
Isso fazia com quase todas as comidas que o jovem Gabriel comesse não fossem digeridas e fossem vomitadas. Sua mãe disse que ele estava morrendo aos poucos. Nenhuma cirurgia poderia curar a condição, mas tentar amenizar os efeitos, afirmou a pediatra do jovem ao Fantástico.
Após a mãe ter recorrido à intercessão de Carlo, o pâncreas do garoto deixou de circular o intestino e voltou ao lugar correto, algo naturalmente impossível. Após extensa análise médica, a situação foi confirmada pelo Vaticano como sendo um milagre.
Mais recentemente, um segundo milagre foi reconhecido pelo Vaticano. Trata-se do caso de uma jovem costarriquenha que sofreu um grave trauma cerebral após um acidente. Ela entrou em coma irreversível devido a gravidade do impacto e foi desenganada pelos médicos.
Sua mãe, ao recorrer à intercessão de Carlo e realizar uma peregrinação até Assis, relatou a cura completa e imediata da filha, que não apresenta sequelas desde então. Esse segundo milagre foi determinante para a canonização de Carlo Acutis.
A cerimônia de canonização está programada para o dia 29 de abril de 2025, como parte das comemorações do Ano Santo promovido pelo Vaticano.
Carlo Acutis, que dedicou sua vida à fé, à Eucaristia, à caridade e à tecnologia como meio de evangelização, será oficialmente declarado santo da Igreja Católica.
Conheça detalhes da vida do Beato Carlo Acutis.
Carlo Acutis nasceu em Londres em 3 de maio de 1991, filho de Andrea e Antônia Acutis. A família de origem italiana estava na Inglaterra devido ao trabalho de Andrea, que atuava no mercado financeiro. Carlo foi batizado na mesma cidade, com apenas cinco dias de vida.
Segundo relatos do Padre Fábio Vieira, amigo da família, ao podcast Santo Flow, Andrea e seu pai depositavam em Carlo, a esperança de que ele pudesse dar continuidade aos negócios da família Acutis.
Pouco tempo depois, a família mudou-se para Milão. Embora os pais de Carlo fossem católicos, não eram praticantes. Antônia Acutis, em seu livro O Segredo do Meu Filho, relata que, antes da influência de Carlo, havia frequentado a igreja poucas vezes:
“Eu tinha ido à Missa três vezes: no dia do meu batismo, no dia da primeira comunhão e no dia do casamento. E assim, de fato, também meu marido, embora diferentemente de mim, tendo os pais mais praticantes, de vez em quando frequentava a Igreja”.
O Padre Paulo Ricardo de Azevedo Jr. afirma no episódio Carlo Acutis e a Mensagem de Fátima, que a família Acutis apesar de ser “rica financeiramente, era pobre espiritualmente”.
Embora não tenha recebido influência religiosa direta de seus parentes, Carlo contou com a presença de sua babá, Beata, uma polonesa devota que o orientou em seus primeiros passos na fé.
Por volta dos três anos de idade, Carlo já surpreendia seus pais com perguntas sobre a fé e a existência de Deus. Como relatado pelo autor Herbert Barbosa no livro Carlo Acutis, O Apóstolo da Era Digital:
“Um dia, passou com sua mãe na frente de uma Igreja. Ele quis entrar para saudar Jesus na cruz e Jesus no tabernáculo. Levou também pequenas flores para dar a Nossa Senhora”.
Carlo iniciou os estudos primários em 1995, frequentando inicialmente o Instituto San Carlo, mas, após alguns meses, foi transferido para o Instituto Tommaseo, das Irmãs Marcelinas. Seus professores o destacavam não apenas por sua inteligência, mas também por sua devoção.
Em 16 de junho de 1997, Carlo recebeu sua Primeira Comunhão no convento das Monjas Romitas de Santo Ambrósio. A madre superiora do convento relatou suas impressões sobre o garoto naquele momento:
“Estava tranquilo durante o tempo da Missa, ele começou a dar sinais de ‘impaciência’ quando se aproximava o momento de receber a Sagrada Comunhão. Com Jesus já no coração, depois de um tempo com a testa recolhida entre as mãos, ele começou a se mexer, um tanto agitado, como se não conseguisse ficar parado. Parecia que alguma coisa tinha acontecido com ele, só conhecida por ele; algo grandioso, que ele não conseguia conter”.
As atitudes do jovem Carlo Acutis começaram a tocar os corações de seus pais, que passaram a se inclinar mais para a vida religiosa. À medida que crescia, Carlo passou a frequentar missas diariamente e a recitar o Rosário, influenciando seus pais.
“Desde pequeno, sobretudo depois da primeira comunhão, nunca faltou ao encontro diário com a Santa Missa e o Rosário, seguidos de um momento de adoração eucarística”, declarou a mãe, Antônia Acutis.
Carlos Acutis, nutria um grande amor pela Eucaristia. A ele é atribuída a seguinte frase:
"Quanto mais Eucaristia recebemos, mais nos tornaremos como Jesus, para que nesta terra tenhamos uma antecipação do Céu".
Desde os 9 anos, Carlo demonstrava interesse por informática, como recorda sua mãe. Ele lia livros sobre o tema e desenvolveu habilidades notáveis com tecnologia. Com esse conhecimento, aprendeu a programar websites, que utilizava para auxiliar paróquias e ordens religiosas.
Carlo estudava no Liceu Clássico do Instituto Leão XIII, administrado pelos padres jesuítas, e no verão de 2006 criou um site para apoiar os padres em suas campanhas de ajuda aos necessitados.
Apesar de não utilizar redes sociais, como afirmou o Padre Fábio Vieira no podcast Santoflow, Carlo reuniu e organizou todo o conteúdo e estrutura de um site dedicado aos Miracoli Eucaristici.
O site posteriormente foi disponibilizado por sua mãe Antônia Acutis após a morte de Carlo.
O sacerdote Padre Fábio Vieira, que viveu por algum tempo na casa da família Acutis, relatou que, além de seu amor pelos Sacramentos e pela Virgem Maria, Carlo prestava ajuda espontânea aos pobres.
Na cidade de Assis, conhecida como a terra de São Francisco, santo católico do século XIII que viveu em austeridade e pobreza, Carlo encontrou grande inspiração para sua espiritualidade.
Seguindo o exemplo de seu santo de devoção, ele auxiliava os necessitados da cidade com doações de sua mesada e cobertores para os dias frios.
Seu babá, o indiano Rajesh Mohur, em entrevista para uma TV do Srilanka relatou:
“Os avós lhe davam algum dinheiro, e ele sempre o guardava. Além disso, aos domingos, ele fazia questão de que eu o acompanhasse ao parque para doar todo o dinheiro que havia guardado para os pobres. E tudo isso me fez parar por um momento, me tocou profundamente, e eu pensava: ‘Veja só, a gente aprende tanto com uma criança tão pequena’”.
Sua mãe relata, em seu livro, as ações solidárias de seu filho, destacando a atenção que ele dedicava aos pobres e mencionando que ele frequentemente pedia a Rajesh para acompanhá-lo em suas iniciativas de caridade.
“Fazia o mesmo com os sem-tetos (...) Combinara com Rajesh para levar-lhes comida. Sempre com sua mesada, comprou pratos térmicos, ou pequenas garrafas térmicas e, toda vez que via haver algum desses sem-teto, ele saía e levava-lhe parte de seu jantar, frutas, biscoitos ou sanduíches e bebidas quentes. Quando possível, dava-lhes também roupas”.
E continua:
“Certa vez pediu-me permissão para ir com Rajesh a uma loja do centro para comprar com suas economias sacos de dormir para dar aos pobres. (...) É claro que o autorizei e dei a ele algum dinheiro extra. Senti-me muito orgulhosa de ter um filho tão generoso e altruísta. Santa Teresa de Calcutá dizia que é possível fazer o bem em casa e não há necessidade de viajar para fazê-lo. Em Carlo vejo perfeitamente realizadas as palavras da santa”.
Por seu amor por Assis, Carlo pediu à sua mãe, segundo relatos do Padre Fábio, que fosse enterrado ali.
Esse trabalho social do jovem beato foi evidenciado pela presença de numerosos mendigos e pessoas em situação de pobreza em sua Missa de Corpo Presente, como relatado pelo sacerdote.
Em outubro de 2006, Carlo Acutis começou a apresentar os sintomas da doença que, pouco tempo depois, levaria ao fim de sua vida. Sua mãe, no livro O Segredo do Meu Filho, relata:
“Também meu filho, durante aquelas semanas, não estava cem por cento. Sentia leves dores nos ossos. Tinha pequenos hematomas nas pernas. Todavia, nada que nos fizesse suspeitar de algo grave”.
Pouco tempo depois, em 2 de outubro, Carlo apresentou uma febre de 38ºC. No entanto, devido à vivacidade do menino e ao seu empenho em continuar com suas tarefas, seus parentes não consideraram os sintomas graves.
À noite, seus pais se reuniram com Carlo para a recitação do Terço. Foi então que o beato, de repente, declarou:
“Ofereço meus sofrimentos pelo papa, pela Igreja, para não ir ao purgatório e chegar diretamente ao paraíso”.
No dia 6, Carlo apresentou hematúria, um sangramento na urina. Após a visita de sua médica, exames foram realizados, mas o diagnóstico indicou que não havia nada grave.
No dia seguinte, um sábado, Carlo não conseguia se mover e precisou da ajuda de seu pai para levantar-se e usar o banheiro. Um médico de confiança da família, que os havia atendido em Milão, sugeriu que levassem o menino à Clínica De Marchi.
Antônia narra que, ao levar Carlo à clínica, parou e se lembrou de Santo Alessandro Sauli, que havia se tornado, naquele ano, o protetor de Carlo após uma brincadeira chamada “A pesca do Santo”.
A festa de Santo Alessandro, bispo barnabita do século XVI e considerado padroeiro dos jovens, é celebrada em 11 de outubro. Esse fato teve um grande impacto em Antônia, que percebeu que a Igreja de Santo Alessandro ficava justamente em frente à clínica.
“Instintivamente o confiei a Santo Alessandro e entrei na clínica”.
A mãe do Beato narra como recebeu o diagnóstico do filho:
“Como se fosse hoje, voltam à minha memória as palavras que nos disse o médico pouco depois dos primeiros exames: ‘Carlo foi atingido, sem possibilidade de dúvida, por uma leucemia de tipo M3, ou leucemia promielocítica’”.
Carlo foi transferido para a terapia intensiva, onde foi colocado em aparelhos para auxiliar na respiração. Esses equipamentos, conforme relatado, causavam-lhe grande desconforto, mas ele oferecia esse sofrimento pela conversão dos pecadores.
Os médicos decidiram transferi-lo para o Hospital San Gerardo de Monza, que possuía um centro especializado no tratamento de leucemia tipo M3.
Ao chegar ao hospital e ser acomodado em seu quarto, Carlo pediu que lhe fosse administrada a Unção dos Enfermos. Apesar do sofrimento, ele demonstrava resiliência e seguia sorrindo.
Segundo sua mãe, as enfermeiras frequentemente perguntavam como ele estava, e Carlo respondia:
“Estou bem, há pessoas sofrendo mais que eu”.
A mãe de Carlo, junto com sua avó, permaneceu ao lado do menino durante todo o tempo. Mesmo em sua condição delicada, Carlo demonstrava preocupação com o bem-estar delas, cuidando para que as enfermeiras não interrompessem o descanso de ambas.
Antônia recorda em seu livro que, ao descer da ambulância, Carlo afirmou com serenidade que não sairia vivo daquele lugar:
“Eu não saio vivo daqui; prepare-se”.
Mais tarde naquele mesmo dia, Carlo Acutis entrou em coma. Sua mãe narra o episódio com detalhes:
“Alguns instantes antes de entrar em coma, ele me disse que teve um pouco de dor de cabeça. Não me alarmei com isso, pois continuava vendo-o, sim, sofrendo, mas, ao mesmo tempo, sereno.
No entanto, poucos instantes depois, fechou os olhos, sorrindo.
Não mais os abriu.
Parecia que estava apenas cochilando. Pelo contrário, entrara em coma por causa de uma hemorragia cerebral que, no espaço de algumas horas, o levou à morte”.
Os médicos diagnosticaram morte cerebral às 17h45 do dia 11 de outubro de 2006. Mesmo assim, não desligaram o respirador, esperando que o coração do jovem cessasse as pulsações naturalmente.
Antônia Acutis narra:
“Foi-nos dada a notícia de que o coração de Carlo parou de bater às 6h45 do dia 12 de outubro, vigília da última aparição de Nossa Senhora de Fátima”.
Posteriormente, o corpo de Carlo foi transferido para a Basílica do Despojamento, local onde São Francisco de Assis se despojou de suas vestes e escolheu uma vida de austeridade, renunciando às riquezas de sua família.
Em 23 de janeiro de 2019, o corpo de Carlo Acutis foi exumado. Segundo relato do Padre Fábio Vieira, que presenciou o momento, o corpo estava ressecado, mas sem sinais de decomposição.
O padre afirma:
“Mesmo ressequido, era lindo de se olhar”.
Ao constatar que o corpo de Carlo Acutis estava intacto, os médicos legistas realizaram um tratamento para evitar que, ao entrar em contato com o oxigênio, iniciasse um processo de decomposição. Nesse procedimento, o corpo foi mumificado com o uso de sal.
Além disso, foi confeccionada uma máscara de silicone para o rosto e as mãos de Carlo, com o objetivo de prepará-lo para exposição pública aos fiéis após sua beatificação.
Na manhã de 23 de maio de 2024, o prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, Cardeal Marcello Semeraro, reuniu-se em audiência com o Papa Francisco.
Durante o encontro, o pontífice autorizou a promulgação de vários decretos, incluindo o reconhecimento do segundo milagre atribuído a Carlo Acutis, que oficializará sua canonização como santo da Igreja Católica.
O processo de canonização na Igreja Católica baseia-se na comprovação de milagres atribuídos à intercessão do candidato e em uma análise de sua vida para verificar se ele viveu de forma heroica as virtudes cristãs.
De acordo com o Catecismo da Igreja Católica, são necessários dois milagres cientificamente inexplicáveis para que alguém seja reconhecido como santo.
Esse processo ocorre em etapas:
O Código de Direito Canônico estabelece diretrizes específicas para garantir o rigor das investigações e a validação dos milagres (Cân. 1403 §1).
Durante o processo de investigação sobre as virtudes heróicas de Carlo Acutis, o Vaticano apreendeu e analisou minuciosamente seu computador.
O resultado da análise revelou que o Beato jamais acessou qualquer site que fosse contrário aos ensinamentos de Cristo, evidenciando sua integridade e coerência de vida.
O primeiro milagre atribuído à intercessão de Carlo Acutis, que possibilitou sua beatificação, ocorreu no Brasil, na cidade de Campo Grande, Mato Grosso do Sul.
O jovem Matheus sofria de uma doença rara chamada pâncreas anular, uma condição em que o tecido pancreático circunda o intestino, impedindo a ingestão de alimentos e causando vômitos constantes.
Em entrevista ao programa Fantástico, a mãe de Matheus relatou a angústia de ver o filho perder forças gradualmente, como se estivesse "morrendo aos poucos".
A situação mudou no dia 12 de outubro de 2019, durante a solenidade de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, e data que também marca o falecimento de Carlo Acutis.
Na ocasião, o Padre Marcelo Tenório, que já nutria devoção ao futuro beato e possuía um pedaço de suas vestes como relíquia, expôs esses objetos sagrados ao público.
Nesse mesmo dia, o avô de Matheus recorreu em oração à intercessão de Carlo Acutis. Após esse momento, Matheus foi milagrosamente curado e pôde levar uma vida normal.
O Padre Marcelo Tenório em entrevista ao G1 de Mato grosso do Sul afirmou o seguinte:
"A criança, me lembro bem, estava raquítica e tinha problemas de pâncreas anular. Ela não comia nada, não ingeria nem sólido nem líquido e teve a cura logo depois".
Atualmente, Matheus leva uma vida normal com sua família e se alimenta normalmente desde o milagre atribuído à intercessão de Carlo Acutis. Após o ocorrido, o Vaticano autorizou a beatificação, realizada em 2020 na Basílica de São Francisco, em Assis.
Para que Carlo Acutis fosse elevado ao grau de santo e tivesse seu culto estendido a toda a Igreja Universal, seria necessário o reconhecimento de mais um milagre.
Em julho de 2022, Valéria, uma jovem da Costa Rica e estudante universitária em Florença, sofreu um grave acidente de bicicleta, entrando em coma irreversível devido a um traumatismo craniano.
No Hospital Careggi, os médicos não tinham esperança de sua recuperação. Seis dias depois, sua mãe, Liliana, foi a Assis para rezar no túmulo do Beato Carlos, dedicando o dia inteiro à oração.
Naquela noite, recebeu a notícia de uma melhora inesperada: Valéria voltou a respirar por conta própria e, no dia seguinte, começou a se mover e falar.
Em setembro do mesmo ano, mãe e filha foram a Assis agradecer pelo milagre atribuído ao Beato Carlos.
Ao tomar conhecimento da notícia de que Carlo Acutis será canonizado, a Paróquia São Sebastião, localizada em Campo Grande, e onde atua o Padre Marcelo Tenório, testemunha do milagre que levou à beatificação de Carlo Acutis, emitiu o seguinte comunicado:
“O Papa Francisco recebeu em audiência na manhã desta quinta-feira, 23 de maio, o prefeito do Dicastério das Causas dos Santos, Card. Marcello Semeraro. O Pontífice autorizou a publicação de alguns decretos, entre quais consta o reconhecimento do milagre atribuído à intercessão do Beato Carlo Acutis. A sua festa, portanto, é celebrada no mesmo dia de Nossa Senhora Aparecida. Aliás, são muitos os fatos na vida de Carlo que o ligam ao Brasil, a começar pelo milagre com o qual foi beatificado que ocorreu em nossa paróquia! Viva Carlo Acutis!”.
Carlo Acutis será canonizado em 27 de abril de 2025. A cerimônia será às 10h30min da manhã pelo horário local (6h30 da manhã pelo horário de Brasília) e fará parte das comemorações do ano jubilar, comemorado pela Igreja Católica a cada 25 anos.
O padre Fábio Vieira, em entrevista ao podcast Santoflow, destacou que, apesar de Carlo Acutis ser considerado um candidato ao título de patrono da internet, ele não utilizava redes sociais.
O jovem fazia uso de seu computador exclusivamente para realizar pesquisas que deram origem ao site Miracoli Eucaristici, que mapeava e documentava relatos de milagres relacionados à Eucaristia ao redor do mundo.
Todo o conteúdo do site, incluindo escritos, vídeos e materiais de pesquisa, estava armazenado em um notebook conectado à internet.
“Carlo é candidato a patrono da Internet porque nos mostrou que é possível usar essa ferramenta para o bem”.
Na Exortação apostólica Pós-Sinodal Christus Vivit o Papa Francisco cita Carlo, como exemplo de alguém que usou a criatividade e a comunicação para divulgar a fé:
“Ele sabia muito bem que estes mecanismos da comunicação, da publicidade e das redes sociais podem ser utilizados para nos tornar sujeitos adormecidos, dependentes do consumo e das novidades que podemos comprar, obcecados pelo tempo livre, fechados na negatividade. Mas ele soube usar as novas técnicas de comunicação para transmitir o Evangelho, para comunicar valores e beleza (n. 105)”.
Assistir filmes sobre fé pode ser encarado como uma experiência espiritual de grande valor. O espectador pode visualizar o que antes imaginava e contemplar os elementos fundamentais de sua fé.
Pensando nisso, a Brasil Paralelo lançou a campanha Espiritualidade e Fé.
A seção de filmes sobre Fé, já disponível no streaming da BP, conta com diversos títulos premiados, como:
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