Michelle Bolsonaro embarcou neste sábado, 18 de janeiro, rumo a Washington D.C. Lá, ela representará o marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro, na posse de Donald Trump.
A cerimônia, que será realizada na próxima segunda-feira, 20 de janeiro, simboliza o retorno do republicano à presidência dos Estados Unidos após uma eleição marcada por tensões políticas e debates acalorados.
Jair Bolsonaro foi impedido de participar do evento após ter seu passaporte retido por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).
Bolsonaro acompanhou Michelle até o embarque, visivelmente frustrado com a decisão da Corte.
Segundo o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, a retenção do documento é uma medida cautelar para evitar riscos de fuga em meio aos processos que investigam o ex-presidente por supostas tentativas de golpe e ataques ao sistema eleitoral brasileiro.
“Gostaria de estar presente, apertar a mão de Trump e demonstrar a amizade entre nossos países, mas confio que Michelle fará isso brilhantemente”, declarou Bolsonaro.
A ida de Michelle gerou reações no cenário político brasileiro, refletindo a polarização que ainda permeia o debate sobre a figura de Jair Bolsonaro. Críticos e aliados discordaram tanto em relação à importância do evento quanto da impossibilidade da viagem do ex-presidente aos Estados Unidos.
A deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) ironizou o episódio, questionando o que a ex-primeira-dama estaria representando.
“A pergunta é: representar o que? Quem é Jair Bolsonaro atualmente? Apenas um ex-presidente, inelegível e indiciado pela Polícia Federal, que pode ser preso a qualquer momento. Ponto”, declarou a parlamentar.
Por outro lado, Carla Zambelli (PL-SP) elogiou a decisão do ex-presidente de enviar a esposa à cerimônia.
“Tenho certeza que nossa primeira-dama [Michelle Bolsonaro] vai representar muito bem o nosso país”, afirmou.
Já Ivan Valente (PSOL-SP) aproveitou para criticar duramente Bolsonaro e o contexto que o impede de viajar.
“Bolsonaro fez de tudo para ir ao baile da posse de Donald Trump, mas o ministro Alexandre de Moraes disse não. Era só o que faltava! Ele responde a um monte de processos e tentou dar um golpe militar. O encontro de Bolsonaro não é com Trump, é com a Papuda”, afirmou o psolista.
O ex-presidente se manifestou sobre o impedimento. Em vídeo no Youtube, afirmou que está triste por Michelle ir sozinha à posse e que as pessoas perguntariam a razão pela qual ele não compareceu à posse. Afirmou também que não existia a possibilidade de que ele fugisse, uma vez que já esteve na Argentina, sem passaporte e não o fez.
"Eu tinha várias pré-agendas acertadas. Quem faz o meio de campo para mim lá é meu filho, Eduardo Bolsonaro, que faz um excelente trabalho de relações públicas e de política internacional. As pessoas vão perguntar por que não estou presente. Amanhã de manhã, vou ao aeroporto aqui em Brasília para acompanhar minha esposa, Michelle, que está triste por estar indo sozinha para os Estados Unidos. Ela vai fazer a sua parte lá e vão perguntar: 'Cadê o Bolsonaro?' Não tenho nenhuma condenação em cima de mim. O Supremo já autorizou gente condenada no passado a sair do Brasil. Não tem nenhuma condenação e essa é uma historinha de possível fuga. Eu estive na Argentina e saí do Brasil; ninguém tem dificuldade para sair do Brasil tendo algum recurso, sem precisar de passaporte. Parece que a justiça aqui é a mais perfeita do mundo, como na Suíça, um relógio suíço. Não queremos brechas aqui, apenas correções."
O deputado Giovanni Cherini (PL-RS) expressou indignação com os desdobramentos jurídicos que impediram a participação de Bolsonaro no evento, destacando o impacto internacional da decisão.
“De maneira absurda e com uma negativa repercussão internacional, Bolsonaro foi impedido de participar da posse do presidente Donald Trump. Enquanto isso, envolvidos na Lava Jato recebem seus direitos e passaportes novamente como se nunca tivessem feito nada. Triste realidade”, criticou Cherini.
Além de Michelle, outros nomes de peso da política brasileira, como o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), também estarão presentes na cerimônia em Washington.
Adilson Barroso (PL-SP)
Bia Kicis (PL-DF)
Cabo Gilberto Silva (PL-PB)
Capitão Alden (PL-BA)
Carla Zambelli (PL-SP)
Coronel Chrisóstomo (PL-RO)
Coronel Fernanda (PL-MT)
Eduardo Bolsonaro (PL-SP)
Giovani Cherini (PL-RS)
Gustavo Gayer (PL-GO)
Joaquim Passarinho (PL-PA)
Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP)
Marcel van Hattem (Novo-RS)
Marcos Pollon (PL-MS)
Mauricio Marcon (Podemos-RS)
Maurício do Vôlei (PL-MG)
Messias Donato (Republicanos-ES)
Sargento Gonçalves (PL-RN)
Silvia Waiãpi (PL-AP)
Sóstenes Cavalcante (PL-RJ)
A posse de Donald Trump é vista como uma oportunidade para fortalecer laços internacionais e manter viva a conexão política que une os dois líderes em uma agenda conservadora global.
O presidente Lula não foi incluído na lista de convidados para a posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Quem representará o Brasil no lugar do presidente será a embaixadora Maria Luiza Viotti. Este evento está previsto para ocorrer na próxima segunda-feira, dia 20.
Informações apuradas pelo jornal Gazeta do Povo revelam que Lula já sabia que não estaria na lista de autoridades que compareceriam ao evento, antes mesmo do convite ter sido encaminhado à Embaixada do Brasil em Washington.
Não é comum que os Estados Unidos convidem chefes de Estado para as cerimônicas de possea; via de regra, são representados por embaixadores.
No entanto, Donald Trump quebrou essa tradição em seu mandato ao convidar alguns para sua cerimônia de posse, entre eles, o presidente chinês Xi Jinping e o presidente argentino Javier Milei. Embora Xi Jinping ainda não tenha confirmado sua participação, há relatos na imprensa argentina de que Javier Milei está presente.
O fato de Lula não ter sido convidado foi atribuído à falta de proximidade entre ele e Trump. Em contraste, o presidente americano é próximo do ex-presidente brasileiro.
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