A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) foi fundada em 1961 pelo presidente John F. Kennedy para concentrar e auxiliar civis fora do território americano durante o período da Guerra Fria.
Essa semana a agência fundada por Kennedy entrou nas pautas do mundo todo, após passar a ser investigada por Elon Musk. O bilionário é o atual líder do DOGE, departamento que tem como objetivo reduzir os gastos do governo.
Em seu perfil X afirmou sua intenção de fechar a agência que estaria utilizando indevidamente o dinheiro público e que o presidente Donald Trump está de acordo com sua decisão.
“Ficou evidente que não se trata de uma maçã com um verme dentro, o que temos é simplesmente um ninho de vermes. Temos que nos livrar de tudo, está além de qualquer conserto. Vamos fechá-la”. Afirmou Elon Musk.
A informação foi confirmada por Trump e por sua porta-voz Karoline Leavitt. Desde a última segunda-feira o site da agência estava offline e voltou ao ar com uma nota em tom de despedida, e falando sobre o futuro de seus funcionários:
Recentemente o nome da USAID esteve presente nos veículos de imprensa brasileiros, depois de Mike Benz, ex-funcionário do departamento de estado americano, afirmar em uma entrevista que a agência agiu em uma campanha de desinformação no Brasil.
Segundo Mike, a USAID teria promovido ‘uma guerra santa de censura’ influenciando nos resultados das eleições de 2022 no Brasil.
“A USAID declarou uma ‘guerra santa de censura’ contra todos os grupos populistas, incluindo Bolsonaro. Steve, estou te dizendo agora, se os EUA não existissem, Bolsonaro ainda seria o presidente do Brasil, e o Brasil teria uma internet livre e aberta”.
Com os últimos movimentos das investigações de Musk contra a agência, alguns parlamentares brasileiros decidiram abrir um requerimento para a criação de uma CPI para investigar o investimento da agência com ONG 's brasileiras.
Uma das ONG 's suspeitas de envolvimento com a agência é o Instituto Felipe Neto. O influenciador nega qualquer envolvimento com a Agência americana USAID.
A USAID é uma das principais agências de assistência internacional, sendo responsável por 42% de toda a ajuda humanitária fornecida globalmente, segundo a ONU. Em 2023, teve orçamento de US$50 bilhões, conforme a plataforma USASPENDING.
A instituição opera em mais de 100 países e está sob coordenação do Conselho de Segurança Nacional, do Secretário de Estado e do Presidente dos Estados Unidos.
De acordo com a agência, sua missão é:
“Fazemos parcerias para acabar com a pobreza extrema e promover sociedades resilientes e democráticas, ao mesmo tempo em que avançamos em nossa segurança e prosperidade”.
A agência foi criada em um contexto de tensão política entre os EUA e a União Soviética, e inicialmente foi utilizada para promover os interesses da política externa americana.
Durante as primeiras décadas, a agência assumiu o papel de combater a expansão do comunismo em países em desenvolvimento.
A partir da década de 1990, passou a colaborar com ONGs em nações pobres.
Entre as principais missões da USAID estão o fornecimento de fundos emergenciais para desastres e o combate à pobreza. Ao longo dos anos, a organização trabalhou em apoio às vítimas dos terremotos no Haiti e na reconstrução do Afeganistão após a guerra de 2001.
Em 2024, a agência anunciou um investimento de 17,8 milhões de dólares em um projeto de proteção da Amazônia, em parceria com ONGs brasileiras, como o Instituto Socioambiental e o Instituto Ouro Verde.
A USAID passou recentemente a ser investigada pelo chefe do Departamento de Eficiência Governamental dos Estados Unidos, Elon Musk.
A USAID entrou em pauta após Elon Musk afirmar, durante uma transmissão de áudio no X, que pretende fechar a agência e que o presidente Donald Trump estaria de acordo com a decisão.
Musk atualmente lidera o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), responsável por iniciativas de redução de gastos públicos. A transmissão contou com a participação do ex-diretor do departamento, Vivek Ramaswamy, e dos senadores Joni Ernst e Mike Lee.
“Ficou evidente que não se trata de uma maçã com um verme dentro, o que temos é simplesmente um ninho de vermes. Temos que nos livrar de tudo, está além de qualquer conserto. Vamos fechá-la”. Afirmou Elon Musk.
Elon Musk investiga a USAID após a agência destinar 68 milhões de dólares ao Fórum Econômico Mundial. O montante faz parte de dois acordos de financiamento.
No site USASPENDING, os repasses da agência são descritos como “assistência externa da USAID para programas no exterior".Um usuário da plataforma X questionou os gastos, e Elon Musk respondeu à publicação. A pergunta feita pelo usuário foi:“Por que a USAID doou mais de US$68 milhões para o Fórum Econômico Mundial?”.
Na segunda-feira (3) Karoline Leavitt, secretária de Imprensa da Casa Branca e porta-voz do presidente americano Donald Trump, afirmou que o órgão teria investido dinheiro em “prioridades absurdas”.
“Se analisarmos os últimos anos, fica claro que a agência investiu dinheiro em prioridades absurdas. Como pagadora de impostos norte-americana, não quero que meu dinheiro vá para isso. E sei que o povo norte-americano também não quer. É por isso que Elon Musk foi encarregado pelo presidente Trump de intervir”.
No dia seguinte, terça-feira, o governo anunciou que colocará os funcionários em licença. Somente os responsáveis por funções críticas permanecerão trabalhando.
O site da USAID, que havia sido desativado na última segunda-feira, voltou ao ar com uma nota anunciando medidas administrativas para funcionários não essenciais da agência.
O comunicado, em tom de despedida, também informa que colaboradores em outros países devem retornar aos Estados Unidos dentro de 30 dias, com a logística da viagem sendo organizada pela própria agência.
Veja a nota na íntegra:
“Na sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025, às 23h59 (EST), todo o pessoal contratado diretamente pela USAID será colocado em licença administrativa globalmente, com exceção dos funcionários designados responsáveis por funções críticas para a missão, liderança central e programas especialmente designados. O pessoal essencial que deve continuar trabalhando será informado pela liderança da Agência até quinta-feira, 6 de fevereiro, às 15h00 (EST).
Para o pessoal da USAID atualmente destacado fora dos Estados Unidos, a Agência, em coordenação com as missões e o Departamento de Estado, está preparando um plano, de acordo com todos os requisitos e leis aplicáveis, no qual a Agência providenciará e pagará a viagem de retorno aos Estados Unidos dentro de 30 dias e providenciará a rescisão dos contratos PSC e ISC que não forem considerados essenciais. A Agência considerará exceções caso a caso e prorrogações de viagem de retorno com base em dificuldades pessoais ou familiares, preocupações com mobilidade ou segurança, ou outros motivos. Por exemplo, a Agência considerará exceções com base no período escolar de dependentes, necessidades médicas pessoais ou familiares, gravidez e outros motivos. Mais orientações sobre como solicitar uma exceção serão fornecidas em breve.
Agradecemos pelos seus serviços”.
Recentemente, a USAID chamou a atenção do público brasileiro após um ex-funcionário do Departamento de Estado dos EUA afirmar, em entrevista, que interferiu no processo eleitoral no Brasil.
Em entrevista ao programa The War Room, Michael Benz afirmou que a agência atuou no Brasil durante as eleições de 2022 e teria prejudicado a campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro.
As declarações foram feitas na última segunda-feira, 3 de janeiro, a Steve Bannon, ex-conselheiro de Donald Trump. Benz, que chefiou a divisão de informática do Departamento de Estado no primeiro governo Trump, disse que a USAID teria promovido uma 'guerra santa de censura'. Segundo ele:
“A USAID declarou uma ‘guerra santa de censura’ contra todos os grupos populistas, incluindo Bolsonaro. Steve, estou te dizendo agora, se os EUA não existissem, Bolsonaro ainda seria o presidente do Brasil, e o Brasil teria uma internet livre e aberta”.
As declarações levaram parlamentares brasileiros a apresentar um requerimento para a criação de uma CPI que investigue a influência da USAID no Brasil.
O influenciador Felipe Neto publicou em sua rede social X na última quarta-feira para responder à acusação que o liga à USAID. Segundo Felipe Neto, ele estaria sendo acusado de receber dinheiro da agência americana.
Imagem: Site pplware.
Após as investigações de Elon Musk sobre a USAID, a ONG do influenciador levantou suspeitas. Em novembro de 2024, o IFN e outras ONGs foram acusadas de receber recursos dos EUA para combater campanhas de desinformação.
De acordo com o Felipe Neto, sua ONG tem como objetivo atuar na área de saúde mental de crianças e adolescentes em escolas públicas, recebendo apoio financeiro de iniciativas privadas e públicas, como Tik Tok, Google e a Prefeitura do Rio de Janeiro.
Também afirmou que o instituto recebeu da Embaixada dos Estados Unidos o valor de R$24.965,00, que foi utilizado em projetos na Amazônia, em parceria com jornalistas, acadêmicos e outros influenciadores.
Veja a postagem no X:
Segundo o influenciador, sua equipe jurídica já está tomando as devidas providências contra os acusadores.
A polêmica da USAID é uma das muitas questões que ganharam protagonismo após a eleição de Donald Trump. Tenha acesso à analise completa no programa Cartas na Mesa. Assista gratuitamente.
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