Conhecido por ser amigo e aliado de Israel, principalmente do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, Donald Trump venceu as eleições para a presidência dos Estados Unidos da América.
Diferente de parte dos políticos e público do partido Democrata, Trump e seu partido são aliados de longa data do Estado de Israel. O primeiro governo de Trump foi marcado por ordens de ataque militar a líderes do Irã e o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel.
Após o resultado das últimas eleições, âncoras do jornal canal 14 da televisão israelense comemoraram ao vivo a eleição de Trump. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que a vitória de Trump foi “o maior retorno da história [...] uma vitória incrível".
Com um novo mandato de Trump, é possível que os EUA aumentem o apoio na guerra em Israel?
O novo governo tem planos para uma intervenção mais forte, e talvez direta, no Oriente Médio?
Veja falas de Trump e análises de especialistas sobre o assunto.
Em um comício de campanha na Geórgia,Trump afirmou que sua gestão “vai cuidar de Israel", afirmando que o governo isrealense agiu bem ao contra-atacar seus inimigos.
O presidente americano aproveitou a oportunidade para elogiar o governo israelense por não ter seguido as indicações de Biden para não atacar estações petrolíferas e possíveis áreas de produção de bombas nucleares.
Ao longo da campanha, Trump fez declarações fortes sobre como responderá aos ataques contra os americanos, bem como acenou positivamente ao auxílio para a contra ofensiva de Israel:
“Inimigos ao redor do mundo: queremos nossos reféns de volta e é melhor que eles voltem antes que eu assuma o cargo. [...] Darei a Israel o apoio necessário para vencer, mas quero que eles vençam rápido”.
Mesmo defendendo a contra ofensiva, Trump se posicionou contra o prosseguimento de iniciativas militares por Israel:
“Eu o encorajei [Benjamin Netanyahu] a acabar logo com isso. Você quer acabar logo com isso. Tenha a vitória, conquiste sua vitória e acabe logo com isso. Isso tem que parar, a matança tem que parar”.
Segundo o jornal The Israel Times, uma fonte do governo americano e uma fonte do governo israelense afirmaram que Trump foi ainda mais rígido nas conversas internas.
Nessa versão, Trump teria dito a Netanyahu que Israel deveria encerrar a guerra em Gaza antes de ele retornar à Casa Branca.
Em setembro de 2024, Trump declarou em uma coletiva de imprensa:
“A guerra tem que acabar. O mundo não vai mais tolerar isso. Estamos chegando em um ponto em que eu acredito que [a guerra] vai acabar em breve. Mas isso é inaceitável, tudo que está ocorrendo ali é inaceitável.
O 7 de outubro nunca teria acontecido se eu fosse presidente!".
Segundo Trump, sua política externa busca encerrar guerras, não começar. Para o presidente eleito, as respostas militares devem ser fortes e restritas à legítima defesa.
Em seu discurso de vitória, Trump disse:
"Não vou começar guerras, vou acabar com as guerras. Não tivemos guerras, por quatro anos não tivemos guerras. Exceto quando derrotamos o Estado Islâmico”.
Para especialistas, o novo governo prosseguirá com as tradicionais políticas americanas de apoio a Israel.
Em entrevista à Agência Brasil, o professor do Departamento de História da UnB, Virgílio Caixeta Arraes, afirmou:
“No Oriente Médio, a política dos EUA é uma política de Estado. Não de governo. Portanto, não se alterará nenhuma linha geral, a despeito do partido político vencedor”.
Já para o Dr. Farshid Bagherian, especialista em ciências políticas e morador do Irã, Trump representa um período mais pacífico para o mundo.
“[...] elegendo Trump como novo presidente, algo vai mudar. [...] Com Trump, eles estão tentando oferecer uma nova doutrina ao mundo, que não estamos buscando guerra e estamos tentando espalhar a paz ao redor do mundo.
O principal fator é que o Trump, após seu primeiro discurso de vitória, anunciou que está tentando manter o processo de paz com o Irã, e o Irã é o principal item.
[...] A guerra em si é uma questão importante para todas as pessoas no Oeste Asiático, não apenas na Ásia, mas também para a Índia e a China, porque estamos sofrendo com algo como embargo, guerra, fome, nacionalismo alimentar e outras coisas”.
Para entender mais a fundo a guerra no Oriente Médio e os possíveis caminhos de escalada ou de paz, assista From the River to the Sea. A equipe da Brasil Paralelo foi até o Oriente trazer informações de primeira mão que muitas vezes passam despercebidas pela mídia do Ocidente.
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