O ministro Alexandre de Moraes declarou que as explosões na Praça dos Três Poderes são resultado do ódio político que se estabeleceu no Brasil nos últimos anos. Nesta quinta-feira, 14 de novembro, também disse que o atentado está ligado a ações incentivadas pelo “gabinete do ódio" durante a gestão Jair Bolsonaro. Tais iniciativas incluem um contexto maior de ataque às instituições, incluindo o STF.
Também afirmou que usar a liberdade de expressão de modo indevido para a prática de ações criminosas, como ameaça e coerção, não é liberdade, mas sim crime.
As declarações foram concedidas em um evento do Conselho Nacional do Ministério Público em Brasília. Inicialmente restrito apenas a membros do MP, o evento teve uma parte aberta à imprensa a pedido do próprio Moraes.
O ministro destacou também que não existirá pacificação no país sem a devida punição aos responsáveis. E se opôs de forma incisiva à proposta de anistia aos condenados pelo 8 de janeiro, pauta defendida por alguns parlamentares de oposição ao governo Lula:
“O que ocorreu ontem não é um fato isolado do contexto. Queira Deus que seja um ato isolado, este ato. Mas o contexto se iniciou lá atrás, quando o famoso “gabinete do ódio” começou a destilar discurso de ódio contra as instituições, contra o Supremo Tribunal Federal, principalmente. Contra a autonomia do Judiciário, contra os ministros do Supremo e as famílias de cada ministro”.
Ele argumentou que a impunidade apenas fomenta novos atos de agressão.
Dentro do Supremo Tribunal Federal (STF), cresce a possibilidade de que o ministro Alexandre de Moraes assumirá a relatoria da investigação sobre os atentados com explosivos ocorridos na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Caso seja confirmada a conexão com os ataques de 8 de janeiro, a distribuição do inquérito pode ocorrer por prevenção, dado o vínculo com outras investigações em andamento.
Embora não tenha sido relatado diretamente ao ex-presidente Jair Bolsonaro, Moraes afirmou que figuras de alto escalonamento do país incitaram atos violentos que resultaram até mesmo no uso de explosivos.
O ministro também enfatizou a importância da colaboração entre o Judiciário, o Ministério Público e o Congresso Nacional para a defesa da democracia e para garantir que os responsáveis por ações antidemocráticas sejam devidamente responsabilizados.
O trabalho da Polícia Federal foi elogiado por Moraes, especialmente pelo sucesso na neutralização de possíveis novos atentados. Durante a operação de segurança, a PF conseguiu localizar e desarmar duas bombas na residência de Francisco Wanderley Luiz, homem apontado como responsável pelos recentes explosões.
Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, era chaveiro e ex-candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL) em Santa Catarina, utilizando o nome de Tiü França.
Antes de sua morte, ele fez publicações nas redes sociais com conteúdo de teor político e religioso, indicando uma possível utilização ideológica para os atentados.
O atentado ocorreu em um momento de grande tensão política no Brasil, quando sessões na Câmara dos Deputados e no Senado estavam em andamento,e poucos dias antes do G20, em que autoridades internacionais estarão no Brasil.
Ambas as sessões foram interrompidas pela notícia de sua morte. Durante a operação de desarmamento, seu corpo foi removido da Praça dos Três Poderes após uma equipe de segurança ter neutralizado os explosivos. As investigações seguem em ritmo acelerado, com a cooperação entre as diversas esferas do governo, identificando os responsáveis por esse e outros possíveis ataques. O Brasil aguarda mais detalhes sobre os desdobramentos dessa investigação, especialmente as possíveis conexões entre os atendidos e os eventos de 8 de janeiro, quando o país foi alvo de invasões nas sedes dos Três Podere
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