Quando se fala no projeto HAARP, muitas pessoas podem ficar confusas ou até receosas. Afinal, surgiram diversas teorias da conspiração em torno desse programa do governo americano.
HAARP é a sigla para High Frequency Active Auroral Research Program (em tradução livre: Programa de Pesquisa da Aurora Ativa de Alta Frequência) e é financiado pela Força Aérea dos Estados Unidos, pela Marinha e pela Universidade do Alasca.
Com o surgimento dessas teorias, várias perguntas começaram a ser levantadas, como por exemplo:
Essas são algumas das perguntas feitas na internet. Neste artigo, exploraremos esses e outros aspectos do projeto americano.
O texto foi elaborado com base na entrevista do geólogo Sérgio Sacani para Arthur Morisson e Lara Brenner no programa Conversa Paralela.
Algumas teorias afirmam que certos desastres naturais ocorridos ao redor do mundo não aconteceram de forma natural, mas teriam sido provocados ou estimulados intencionalmente pelo projeto HAARP.
Entre essas especulações, está a ideia de que o HAARP teria causado as fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul em abril de 2024, resultando na inundação de centenas de cidades gaúchas.
Em maio de 2024 a BBC News Brasil trouxe uma matéria explicando as causas das chuvas no estado gaúcho. A repórter Giulia Granchi, ouvindo especialistas como o professor Thiago Rangel da Universidade Federal do Mato Grosso, afirmou que as chuvas ocorreram por três fatores:
Mesmo com explicações científicas, alguns eventos foram associados ao projeto HAARP. Aqueles que acusavam o projeto de "fabricar" essas catástrofes chegaram a rotulá-lo como uma arma climática.
De acordo com essas teorias, o governo americano, por meio do HAARP, teria a capacidade de controlar o clima global, possibilitando a criação de desastres naturais com o potencial de causar destruição em massa.
De acordo com o site oficial do projeto HAARP, não há possibilidade de controle ou manipulação do clima pela iniciativa, afirmando que isso seria fisicamente impossível.
“As ondas de rádio nas faixas de frequência que o HAARP transmite não são absorvidas nem na troposfera nem na estratosfera — os dois níveis da atmosfera que produzem o clima da Terra. Como não há interação, não há como controlar o clima”.
E continua:
“Além disso, se as tempestades ionosféricas causadas pelo próprio sol não afetam o clima da superfície, não há chance de que o HAARP também possa”.
No Conversa Paralela, Sérgio Sacani, ao comentar sobre a suposta manipulação climática, afirma:
“Mexer com esse negócio é muito complicado, porque o clima é um sistema caótico (...) Você altera qualquer coisa no clima, você não tem controle do que vai acontecer”.
Concluindo o trecho da entrevista, Lara Brenner faz a seguinte indagação:
“Resumindo, esse projeto Haarp, não tem nada a ver com o Rio Grande do Sul?”.
Após a pergunta, Sérgio Sacani conclui:
“Não tem nada a ver com o Rio Grande do Sul. (...) Somente na conspiração”.
O geólogo formado pela Universidade de São Paulo é, atualmente, um dos maiores influenciadores e divulgadores da ciência no Brasil.
Sacani esteve presente no podcast Conversa Paralela e, além de discutir o projeto HAARP, também falou sobre:
Assista a entrevista completa.
Conduzido por Arthur Morisson, Lara Brenner e convidados especiais, esse podcast da Brasil Paralelo fará você aprender conteúdos de alto nível sem se dar conta que está aprendendo.
No site oficial do projeto há a seguinte definição:
“O High-frequency Active Auroral Research Program, ou HAARP, é um esforço científico que visa estudar as propriedades e o comportamento da ionosfera”.
A ionosfera é uma camada que se estende entre aproximadamente 60 e 1.000 km de altitude e contém partículas carregadas (íons e elétrons). Essa camada é essencial para filtrar parte da radiação solar e é por meio dela que os sinais de rádio são propagados.
Os íons e elétrons presentes na ionosfera podem interagir com ondas de rádio, sendo aquecidos para criar perturbações semelhantes às que ocorrem naturalmente. Com isso, os cientistas conseguem controlar esses fenômenos e medir seus efeitos.
A construção do projeto HAARP teve início em 1993. Ele consiste em um conjunto de 180 antenas localizado em Gakona, no Alasca, com capacidade, segundo o site oficial, de 3,6 megawatts (ou 3.600 quilowatts).
A irradiação feita pelas antenas do HAARP na ionosfera permite o aquecimento de ondas de baixa frequência presentes nessa camada, podendo criar brilhos luminosos semelhantes às auroras. Esse é um dos motivos pelos quais o projeto está localizado no Alasca, uma região conhecida como zona auroral.
A criação de auroras artificiais foi mencionada pelo geólogo Sérgio Sacani ao ser questionado sobre o objetivo do projeto HAARP:
“O Projeto Haarp é um projeto criado para estudar as auroras. Trata-se de um grande conjunto de antenas que existem lá no Alasca e elas emitem uma radiação em altíssima frequência. Essa radiação chega na Ionosfera e ali os átomos começam a interagir, os elétrons mudam de camada, gerando Auroras. Eles fazem isso para estudar a Ionosfera da Terra”.
Durante a entrevista com Sérgio Sacani, os apresentadores do Conversa Paralela ainda o provocam com perguntas sobre teorias da conspiração envolvendo o projeto HAARP.
A Brasil Paralelo é uma empresa de entretenimento e educação cujo propósito é resgatar bons valores, ideias e sentimentos no coração de todos os brasileiros. Em sua história, a empresa já produziu documentários, filmes, programas e cursos sobre história, filosofia, economia, educação, política, artes e atualidades.
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