Começou hoje (12/07) a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a prática da transição de gênero em crianças no Estado de São Paulo. Os deputados estaduais instauraram a comissão após a notícia de que crianças estão fazendo tratamento para mudar de sexo no Hospital das Clínicas, da Universidade de São Paulo.
Segundo o texto oficial da CPI, os deputados buscarão:
" [...] apurar e investigar as práticas adotadas pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo no diagnóstico, acompanhamento e tratamento de menores de idade com suspeita ou diagnóstico de incongruência de gênero ou transgêneros e, em especial, a submissão de crianças e adolescentes a hormonioterapias para transição de gênero realizadas pelo hospital em possível violação às disposições do conselho federal de medicina".
A CPI foi convocada pelo deputado estadual Gil Diniz. O parlamentar denunciou o uso do dinheiro público no procedimento, a imoralidade e a possível ilegalidade dos procedimentos.
Em discurso na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, Gil Diniz afirmou:
"Não é possível ver essa cena [crianças na parada gay com o cartaz 'crianças trans existem'] e achar normal. No Estado de São Paulo, não é permitido que sejam produzidas armas de brinquedo para supostamente não estimular as crianças a praticar violência, mas no Estado de São Paulo é permitido que uma criança inicie um processo de mudança de sexo.
É essa sociedade que nós queremos? [...] Existem diversos casos de pessoas que fizeram a cirurgia de transição e se arrependeram. O que fazer após ter sido amputado? Tudo isso é feito com dinheiro público! Em São Paulo falta ônibus, remédio, segurança pública, mas dinheiro para criança 'trocar' de sexo não falta".
Os deputados favoráveis à CPI vão analisar se o Hospital das Clínicas está violando as disposições do Conselho Federal de Medicina e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) ao realizar o procedimento.
Os cargos da CPI já foram estabelecidos:
Beth Sahão iniciou sua fala defendendo o trabalho do Hospital das Clínicas, afirmando que "o trabalho do hospital é sério e responsável". Segundo ela:
"Estamos aqui para defender o trabalho da ciência. O juízo de valor nós temos que deixar da porta para fora. Da porta para dentro, vamos ouvir os profissionais e entender esse trabalho magnífico que eles realizam há anos".
Guilherme Cortez (PSOL) declarou:
“A gente está falando de um tema muito sério, não é um tema ideológico, moral, é o respeito à medicina, ao Estatuto da Criança e do Adolescente, aos direitos humanos”.
Contraponto Beth e Guilherme, o deputado Tomé Abduch (Republicanos) afirmou:
“Eu gostaria que alguém pudesse me explicar cientificamente o que uma criança entre 5 e 11 anos de idade pode decidir sobre sua própria sexualidade.
Eu estou cansado dessa briga ideológica, nós temos de pregar o respeito. Eu como hétero, cis, branco, hoje me sinto desrespeitado. A impressão que dá é que, quando discorda de alguma coisa, a gente passa a ser homofóbico, e na verdade a vida de todos nós é pautada em divergências”.
Médicos do Hospital das Clínicas e outros especialistas no assunto serão convocados pelos deputados nas sessões da CPI.
A ideologia de gênero passa a se disseminar cada vez mais pelo mundo. Recentemente, o jornal americano Daily Wire denunciou diversas grandes empresas que estão doutrinando crianças em prol da agenda LGBTQI+ , já que os pais não são informados do conteúdo.
Para entender essa questão, a Brasil Paralelo produziu o documentário As Grandes Minorias.
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