Hoje (26/04), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, autorizou oficialmente a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre os atentados aos prédios públicos de Brasília no dia 8 de janeiro. O grupo de investigação será composto por 16 deputados e 16 senadores titulares, ainda a definir.
O pedido de investigação foi feito por André Fernandes, deputado da oposição ao governo Lula. Segundo André e aliados do parlamento, os atos de 8 de janeiro possuem incongruências que devem ser investigadas.
Alguns dos principais pontos levantados pela oposição são:
“Não estamos lá para fazer showzinho, política ou voltar a repetir o que acontecia na CPI da Covid, um desrespeito com o parlamento e com o povo brasileiro. Mesmo sendo oposição à figura do Lula, o que a gente quer e o que eu propus foi justamente que a verdade aparecesse. Que a verdade fosse esclarecida” disse André Fernandes em entrevista.
Parlamentares da base do governo Lula criticaram a criação da CPMI. O senador Humberto Costa, vice-presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), afirmou que não era da vontade do governo que a investigação acontecesse:
“O STF, a polícia civil e outros órgãos já estão investigando os atentandos, não tem motivos para o Congresso também fazê-lo, temos outros projetos para trabalhar.
[...] O governo vai investir pesadamente para que os parlamentares sejam convencidos de que não é o melhor caminho e, se o instrumento for a retirada das assinaturas, que assim se faça”, disse entrevista ao jornal Poder360.
O senador Randolfe Rodrigues, líder da base de Lula no Congresso, manifestou como será a atuação do grupo:
"[Atuaremos] compreendendo o 8 de Janeiro não como um ato isolado, um raio de sol, mas como um processo que começou com a eleição do presidente Lula em outubro de 2022, que teve estágios preparatórios. O 8 de Janeiro foi a conclusão de uma intentona golpista. É este o tom que daremos na CPI”.
A criação da CPMI partiu da atuação de membros da direita brasileira, mas como está a organização da oposição? A direita tem condições de reassumir o poder e o debate público?
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