Aos 54 anos Cristina Graeml (PMB), entrou para a história política de Curitiba ao se tornar a primeira mulher a disputar o segundo turno das eleições municipais.
No primeiro turno, ela recebeu 291.523 votos, o que representou 31,17% dos votos válidos. Perdeu para o atual prefeito, Eduardo Pimentel (PSD), por 2,34% dos votos.
No segundo turno, Graeml obteve 390.254, que representa 42,36% dos votos. Pimentel foi eleito com 531.029, 57,64% do total.
Antes de entrar para a política,tornou-se conhecida como jornalista de emissoras como TV Mirante RPC TV (afiliada da rede Globo no Paraná), onde passou 26 anos. Também integrou a equipe de comentaristas da Revista Oeste, nos programas Oeste Sem Filtro e Estúdio Oeste.
Trabalhou também na Jovem Pan, nos programas “Os Pingos nos Is”, Jornal da Manhã e 3 em 1.
Dentre suas reportagens mais memoráveis está uma gravação especial na Antártida.
Após deixar a RPC TV, Graeml se juntou à Gazeta do Povo em 2018, onde começou a revelar seu alinhamento ao conservadorismo.
Estreou o programa "Hora do Strike" do jornal, em 5 de julho de 2021, ao lado de influenciadores como Kim Paim e Gustavo Gayer, e do jornalista Luís Ernesto Lacombe.
O programa alcançou grande audiência, chegando a superar 3 milhões de espectadores em algumas edições.
Transmitida ao vivo, a atração se tornou popular entre o público de direita, especialmente por suas críticas à CPI da Covid e defesa de tratamentos alternativos para o Coronavírus.
Em seguida, Graeml se transferiu para a Jovem Pan, onde continuou a defender ideias conservadoras, criticar o Supremo Tribunal Federal e parte da imprensa tradicional. Ao longo do tempo, seu trabalho se tornava cada vez mais alinhado ao conservadorismo Cristina foi demitida da emissora em novembro de 2022, mas já havia conquistado um grande público.
Em seu canal no YouTube, Graeml denunciou a perseguição aos conservadores nas universidades, defendeu a liberdade de expressão e fez entrevistas com escritores conservadores.
Cristina Graeml nasceu em Curitiba e é trineta de Trajano Reis, o primeiro médico da cidade e deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).
Formou-se em Comunicação Social, com ênfase em jornalismo, na Universidade Federal do Paraná (UFPR) em 1992.
Após deixar a Jovem Pan, Graeml se filiou ao Partido da Mulher Brasileira (PMB) para concorrer à prefeitura de Curitiba.
Sua campanha foi inicialmente vista como improvável, mas ganhou força ao se apresentar como "direita raiz". Ficou em segundo lugar no primeiro turno, com uma diferença pequena em relação ao primeiro colocado, Eduardo Pimentel.
Graeml destacou-se como uma candidata "antissistema", apesar de não ter tempo de propaganda eleitoral no rádio e na TV.
Sua campanha ganhou força nas redes sociais, especialmente entre eleitores conservadores e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Ela conseguiu superar a marca de votos de Gleisi Hoffmann, que em 2008 foi a mulher mais votada nas eleições municipais de Curitiba até então. Na época, a presidente do PU teve 183.027 votos ou 18,17%.
Durante a campanha eleitoral, enfrentou críticas por seu desconhecimento por propostas polêmicas, além de lidar com denúncias contra seu vice, Jairo Ferreira Filho.
Ainda que não tenha vencido as eleições, consolidou-se como nome forte na direita. É possível que sua força política cresça a partir de agora.
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