O atentado contra o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ocorrido em um comício na Pensilvânia no último sábado (13/7), mobilizou políticos brasileiros de diversos alinhamentos ideológicos. No Brasil, a notícia gerou uma onda de manifestações de solidariedade, repúdio à violência política e comparações com eventos semelhantes na política nacional.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi um dos primeiros a se pronunciar, expressando solidariedade e desejando pronta recuperação a Trump. Em uma publicação no X (antigo Twitter), Bolsonaro classificou Trump como "o maior líder mundial do momento" e reforçou a expectativa de um futuro encontro entre ambos.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), também usou o X para repudiar o ataque. Ele destacou que a Câmara dos Deputados, como casa do povo e da democracia, condena veementemente qualquer ato de violência política, afirmando que as divergências devem ser resolvidas por meio do voto e da vontade popular.
O deputado Rodrigo Valadares (União-SE), membro da Comissão de Relações Exteriores, afirmou que “independente de posições ideológicas, ataques como esses são inaceitáveis. Precisamos nos unir para garantir a segurança e a integridade de nossos representantes. Lamentavelmente, já vivenciamos isso no Brasil com o presidente Bolsonaro, e não aceitamos que isso ocorra em lugar nenhum isso”.
No espectro político oposto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou o ataque como inaceitável, afirmando que todos os defensores da democracia devem repudiar veementemente tal ato.
“O atentado contra o ex-presidente Donald Trump deve ser repudiado veementemente por todos os defensores da democracia e do diálogo na política. O que vimos hoje é inaceitável”, disse o chefe do Executivo.
O Ministério das Relações Exteriores se manifestou oficialmente sobre o atentado. O Itamaraty informou que “o governo brasileiro condena o atentado ocorrido hoje, 13 de julho, contra o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. Ao manifestar veemente repúdio ao atentado e desejo de pronta recuperação do ex-presidente, o Brasil reafirma ser inaceitável qualquer forma de violência política em sociedades democráticas e acompanha com atenção o pleno esclarecimento dos fatos” .
No entanto, algumas vozes dissonantes ecoaram no campo progressista. O deputado Bohn Gass (PT-RS) declarou que “tão lamentável quanto o suposto atentado contra Trump é saber que este episódio horroroso pode ajudá-lo a se tornar, novamente, presidente da maior economia do planeta. Trump é mitômano de direita, mas deve ser combatido no campo das ideias, na política, não com tiros.”.
Já o deputado André Janones (Avante-MG) ironizou o incidente, sugerindo que poderia ser uma encenação. “Agora sabemos o que o miliciano foi fazer nos EUA assim que deixou a presidência. É a ‘Fakeada’ fazendo escola”, afirmou o mineiro, em alusão à facada sofrida por Jair Bolsonaro em 2018.
A fala de Janones gerou repercussões imediatas. Os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO) acionaram a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil solicitando o cancelamento do visto americano do parlamentar autor dos comentários jocosos.
Outro comentário que chamou atenção foi do presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e ex-interventor do Distrito Federal, Ricardo Cappelli. O ex-braço direito de Dino no Ministério da Justiça disse que “tiro raspou em Trump e acertou o peito de Biden”.
“A política é feita de símbolos, atributos, o eleitor vota no "futuro projetado". De um lado um homem altivo e forte que, ensanguentado após sofrer um ataque, levanta o punho: ‘Lutem!’ Do outro, um senhor visivelmente cansado. O tiro raspou em Trump e acertou o peito de Biden.”, afirmou Cappelli.
O ataque em Butler, na Pensilvânia, onde Trump foi retirado às pressas do palco após tiros interromperem seu discurso, teve sérias consequências. O ex-presidente americano teve sua orelha atingida de raspão e foi rapidamente levado pela equipe de segurança. O atirador e um dos apoiadores de Trump foram mortos no incidente, conforme informou o promotor do Condado de Butler, Richard Goldinger.
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