Políticos lendo a mente dos cidadãos? Fim das eleições? Confira as perspectivas de Klaus Schwab, fundador do Fórum Econômico Mundial para sua vida

O poder de Klaus Schwab

Schwab é um dos homens mais influentes do mundo. Seu Fórum reúne os presidentes dos principais países e empresas do mundo, levando projetos e ideias para seus países.

Em seu discurso diante de representantes de governo e líderes de grandes empresas na Cúpula Mundial de Governos, no Fórum realizado em fevereiro de 2024, Klaus disse:

"Vislumbrando um futuro impulsionado pelas tecnologias da quarta revolução industrial, vemos um novo amanhecer da civilização humana - um que harmonize a tecnologia com as necessidades e aspirações mais profundas da humanidade”.

Na sua visão de futuro, ele vislumbra que o ser humano passará por uma:

“fusão de nossas dimensões físicas, digitais e biológicas em um novo mundo”.

Ele continuou:

“Esta missão desenvolve-se numa sociedade onde a inteligência artificial, a robótica, a Internet das Coisas, a impressão 3D, a engenharia genética e a computação quântica se tornam os alicerces da nossa vida cotidiana, mas são guiados por um profundo respeito pelos valores humanos, pela criatividade e pela mundo natural”.

E como seria a organização social após as pessoas se "fundirem a tecnologia"? Em sua fala no FEM de 2017, Schwab imaginou cenários para o futuro.

• Veja o discurso de Javier Milei contra o socialismo no FEM.

Fim das eleições e leitura de mentes

Ao falar sobre inteligências artificiais e implantes cerebrais para uso de tecnologias com Sergey Brin, cofundador e ex-presidente do Google, Schwab imaginou o seguinte cenário:

"A tecnologia agora tem principalmente um poder analítico. Agora, entramos no poder preditivo e vimos os primeiros exemplos. Sua empresa está muito envolvida nisso.

Mas então o próximo passo poderia ser entrar no modo prescritivo, o que significa que você nem precisa mais realizar eleições porque já pode prever [o resultado].

E depois, você pode dizer,  por que precisamos de eleições?  Porque sabemos qual será o resultado. Você consegue imaginar tal cenário?”.

O cofundador do Google respondeu:

"Eu acho que é imaginável. [Mas] é quase impossível de advinhar".

"Você não terá nada e será feliz"

Em 2016, o Fórum Econômico Mundial publicou um vídeo com "previsões" para 2030 que causaram controvérsia internacionalmente. As que mais chamaram a atenção foram:

"1 - Você não terá nada e será feliz. Você irá alugar as coisas e elas virão em um drone";

"4 - Você comerá menos carne, [...] para o seu bem e do meio ambiente";

"5 - Milhões de pessoas terão que se mudar por causa das mudanças climáticas, teremos que receber bem os imigrantes";

"6 - As empresas terão que pagar por emissão de carbono";

"8 - Os valores Ocidentais serão postos a prova".

Schwab e o globalismo

Para pesquisadores como Alexandre Costa e Olavo de Carvalho, as medidas de Schwab buscam avançar uma ideologia chamada globalismo. Segundo Alexandre:

“Nova Ordem Mundial é um mundo desejado, mais que uma nova sociedade, uma nova civilização, baseada em valores e princípios muito diferentes daqueles que se cristalizaram ao longo dos últimos dois milênios e sustentam até hoje as estruturas daquilo que se conhece como Ocidente. 

Um novo ordenamento que pretende transformar cada um dos aspectos da vida, e desta forma criar o novo homem adequado a essa nova civilização”.

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Poucas pessoas moldando o futuro da humanidade?

Críticos de Klaus Schwab, como o jornalista Paul Joseph Watson e o filósofo brasileiro Olavo de Carvalho, afirmam que a visão de organizações como o Fórum Mundial Economico e de Klaus Schwab são intrinsicamente prejudiciais pelo fato dos dirigentes quererem determinar como outras pessoas viverão suas vidas, prejudicando seu livre arbítrio.

A busca por moldar as sociedades é um dos principais tópicos do fórum. Nos dias 12 e 14 de fevereiro de 2024, líderes de governos e grandes corporações se reuniram em mais uma edição do World Governments Summit (Cúpula Mundial de Governos), evento anual realizado em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. 

O tema da edição foi: "Moldando os governos do futuro", em tradução livre.