O desaparecimento de uma menina de 16 anos em abril do ano passado trouxe à luz os perigos das redes sociais e das plataformas de conteúdo adulto. Segundo reportagem da agência de notícias Reuters, ao investigar o sumiço da menina, a polícia descobriu que conteúdo pornográfico envolvendo menores de idade estava sendo vendido numa plataforma de vídeos adultos.
A garota foi encontrada parcialmente nua em uma casa alugada com o homem de 22 anos. O criminoso Ethan Diaz confessou ter postado dezenas de vídeos e imagens sexuais da garota e os estava vendendo por $20 dólares cada.
A menor havia enviado fotos e vídeos íntimos para um homem, que estava vendendo o material na plataforma. Diaz foi acusado de tráfico humano e outros crimes, mas se declarou inocente.
A plataforma se dedica e comercializar conteúdo erótico ou pornográfico que permite ao usuário lucrar com a venda de vídeos e fotos íntimos. A pessoa posta o vídeo e cobra um valor para que o usuário tenha acesso a esse conteúdo.
A CEO da empresa garante que a companhia consegue detectar a idade dos usuários da plataforma. O executivo garante que monitora todos os usuários e conteúdos, removendo rapidamente qualquer material relacionado à abuso sexual infantil.
"Nenhuma criança é permitida, ninguém com menos de 18 anos pode entrar e permanecer na na plataforma", afirma em entrevista Keily Blair.
O caso ocorrido na Flórida contradiz as alegações de Blair. Cerca de 30 boletins de ocorrência contra a OnlyFans foram registrados nos Estados Unidos entre 2019 e junho de 2024. As denúncias citam mais de 200 vídeos e imagens explícitas de crianças, inclusive bebês. Numa das queixas, vários vídeos de um menor de idade permaneceram por mais de um ano na plataforma.
Diversos estudos têm investigado os malefícios da pornografia para o ser humano. Ao menos 40 estudos neurológicos já avaliaram o impacto da pornografia no cérebro de um usuário. A situação se torna ainda mais grave quando se trata de crianças, a partir de 12 anos, em contato com conteúdo pornográfico.
As pesquisas comprovam que usuários podem ainda desenvolver comportamentos compulsivos, disfunção erétil e aumento dos níveis de ansiedade. Podem ainda desenvolver maior tendência a normalizar comportamentos violentos e degradantes contra as mulheres.
Miguel Soriani é um ex-viciado em pornografia que explica a fundo a questão no Travessia da Família, formação da Brasil Paralelo que visa ajudar os pais a conduzir a educação de seus filhos. Com quase 15h de conteúdo, o Travessia da Família aborda desde os princípios de um bom relacionamento até como educar o caráter da criança. Clique aqui e assista.
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"Depois que descobri sobre o vídeo, não conseguia sair de casa sem medo de que alguém tivesse visto meu rosto".
O relato é de um jovem de 15 anos em depoimento a um tribunal de Massachusetts. A gravação do garoto tendo relações sexuais ser comercializada na plataforma.
Dos 30 casos ocorridos nos últimos 5 anos, pelo menos três levaram à condenação dos acusados. A maioria envolvia pessoas acusadas de exploração sexual de menores visando a venda de conteúdo pornográfico no site.
Foi apurado também que menores conseguiram burlar a verificação do OnlyFans para vender seu próprio material.
É o caso da menina de 15 anos da Flórida. Ela criou uma conta no OnlyFans para dinheiro postando imagens nuas de mulheres tiradas da internet, fingindo que eram dela mesma.
Alguns desses menores acabam entrando em desespero quando as coisas saem de seu controle e procuram a polícia por si mesmos. Um morador de Boston de 17 anos denunciou que um voluntário estava vendendo um vídeo sexual dele no OnlyFans. Kharee Louis-Jeune, de 36 anos, acabou condenado por estupro infantil, distribuição de material de abuso sexual infantil e posse de pornografia infantil.
Casos como o acima revelam a importância de estar sempre vigilante e conversar com seus filhos sobre os perigos online. Ainda que as plataformas garantam coibir o acesso de crianças e adolescentes ao conteúdo, a responsabilidade em proteger é da família.
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